Os números alarmantes da violência contra a mulher na Bahia, divulgados recentemente, acendem um alerta para a necessidade de políticas públicas mais eficazes e de um combate mais rigoroso a esse tipo de crime. Segundo os dados da Central de Atendimento à Mulher, Ligue 180, o estado registrou um crescimento significativo nos atendimentos em 2024, totalizando 63.330 casos, um aumento de 42% em relação ao ano anterior. Além disso, o número de denúncias formais cresceu 11,6%, passando de 8.143 em 2023 para 9.090 em 2024.
Diante desse cenário preocupante, a vereadora Ireuda Silva (Republicanos), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher na Câmara Municipal de Salvador, reforçou a necessidade de fortalecer os mecanismos de proteção às vítimas e responsabilizar com mais rigor os agressores. “Os números não mentem. O crescimento da violência contra a mulher na Bahia nos mostra que o problema não está diminuindo, pelo contrário, está se agravando. Precisamos de ações mais concretas e imediatas para garantir segurança e dignidade para todas as mulheres”, afirmou.
Ireuda destacou ainda a importância de programas como a Patrulha Guardiã Maria da Penha, idealizado pelo seu mandato, que visa proteger mulheres vítimas de violência doméstica. “Nosso mandato tem atuado fortemente na ampliação e fiscalização dessas iniciativas. No entanto, é fundamental que haja um esforço conjunto entre os poderes públicos, a sociedade e as forças de segurança para combater esse mal que destrói tantas vidas”, completou.
Outro ponto ressaltado pela vereadora foi o aumento da procura pelos canais de denúncia, com 8.199 ligações realizadas para o Ligue 180 e 641 pelo WhatsApp. “Esse aumento revela que as mulheres estão buscando ajuda, o que é positivo, mas também evidencia a necessidade de fortalecer a rede de apoio e garantir um atendimento eficiente e humanizado para essas vítimas”, disse Ireuda.
Além disso, as mulheres têm buscado, cada vez mais, a Justiça como refúgio contra a violência de gênero. Na Bahia, isso é comprovado pelas 26.432 Medidas Protetivas de Urgência concedidas pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) em 2024, conforme a Lei Maria da Penha. “Esses números mostram que as mulheres estão denunciando e buscando proteção. Precisamos garantir que essas medidas sejam eficazes na proteção das vítimas e na punição dos agressores”, ressaltou a vereadora.
Para a parlamentar, além do fortalecimento das leis, é imprescindível investir na conscientização da sociedade, na capacitação das forças de segurança e na criação de políticas públicas eficazes para a prevenção da violência. “A luta pelo fim da violência contra a mulher deve ser constante. Não podemos normalizar ou banalizar esses números. Nossa missão é continuar trabalhando para que Salvador e toda a Bahia sejam lugares mais seguros para as mulheres”, concluiu.
Fonte / Foto: Ascom ver Ireuda Silva – Republicanos