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Bitcoin acumula queda de 6% e fica preso abaixo de US$ 60 mil

Apesar da leve alta nas últimas 24h, o BTC acumula uma queda de 6% nos últimos 7 dias e fica preso abaixo de US$ 60 mil com os touros aparentemente sem forças para testar as resistências

A principal criptomoeda do mercado, o BitcoinBT está cotada na manhã desta terça-feira (03) em R$ 331.558,50. Apesar da leve alta nas últimas 24h, o BTC acumula uma queda de 6% nos últimos 7 dias e fica preso abaixo de US$ 60 mil com os touros aparentemente sem forças para testar as resistências.

Julio Andreoni, especialista em criptomoedas do Bitybank, aponta que o cenário macroeconômico continuará sendo o principal fator a ser monitorado no mercado de cripto esta semana. Na sexta-feira, será divulgado o relatório de emprego (payroll) nos Estados Unidos, e os números poderão indicar o tamanho do corte de juros pelo Fed.

“Isso é crucial, pois o último relatório, que apresentou números muito abaixo do esperado, resultou em uma grande queda no mercado no início de agosto, conhecido como “Black Monday.” A preocupação com uma possível recessão, juntamente com a questão do carry trade da moeda japonesa, voltou à tona. Dependendo dos novos dados, podemos esperar alta volatilidade no mercado”, disse.

Segundo Andreoni, no contexto mais específico do mercado de cripto, é importante acompanhar a nova atualização da Cardano, realizada ontem. A rede passou por um hard fork, uma grande atualização que transformou o token ADA em um token de governança, permitindo que os holders participem das decisões do projeto.

“Isso pode aumentar a transparência e mitigar riscos regulatórios. Comparando com uma atualização similar em 2021, que resultou em uma valorização de mais de 120%, existe a possibilidade de um aumento no preço dos tokens ADA, dependendo do cenário macroeconômico e outros fatores”, aponta.

A análise recente da Bitfinex destaca que as decisões de taxa de juros dos EUA neste mês devem ter um impacto significativo tanto na volatilidade de curto prazo quanto na trajetória de longo prazo do Bitcoin. Desde o início de agosto, o Bitcoin registrou um aumento de mais de 32%, impulsionado pelas expectativas dos traders de que o Federal Reserve adotaria uma postura mais moderada.

Segundo a análise, “um corte de 25 pontos-base provavelmente sinalizará o início de um ciclo típico de afrouxamento, o que pode levar a uma valorização do preço do Bitcoin a longo prazo, à medida que a liquidez aumenta e os temores de recessão diminuem.”

Por outro lado, a Bitfinex alerta que “um corte mais agressivo de 50 pontos-base pode causar um pico imediato no preço, mas pode ser seguido por uma correção à medida que as preocupações com a recessão aumentam.” Nos últimos dias, observou-se uma tendência de “detentores de spot desinvestirem, enquanto especuladores do mercado perpétuo tentam ‘comprar na baixa'”, mantendo um interesse significativo em posições longas em contratos perpétuos de Bitcoin.

A análise ainda sugere que, caso ocorra um corte nas taxas, “poderíamos esperar uma queda de 15-20% com um fundo entre $40-50k para o BTC.” Essa previsão se baseia no fato de que o pico do ciclo em termos de retorno percentual diminui cerca de 60-70% a cada ciclo, e a correção média do mercado altista também se reduziu.

Além disso, a Bitfinex observa que, historicamente, setembro tem sido um mês volátil para o Bitcoin, com um retorno médio de -4,78% e uma típica queda do pico ao vale de cerca de 24,6%. Essa volatilidade, aliada ao potencial de uma reação de “vender na notícia” após um corte na taxa de juros, poderia apresentar tanto riscos quanto oportunidades para os traders.

A análise também aponta que “a crescente correlação do Bitcoin com ativos de risco tradicionais, como o S&P 500, sugere que seus movimentos de preço continuarão intimamente ligados às condições macroeconômicas globais.”

Ações de outros grandes bancos centrais, como uma possível pausa nos aumentos de taxas pelo BCE, a abordagem cautelosa do BOJ e as medidas de liquidez direcionadas pelo PBOC, também devem ter efeitos em cascata nos mercados globais e influenciar ativos digitais como o Bitcoin.

“Estes são tempos incertos para os traders”, concluí a análise.

Do ponto de vista da análise técnica, segundo o analista do Cointelegraph Rakesh Upadhyay, os touros tentarão empurrar o preço acima das médias móveis. Se conseguirem, o par BTC/USDT pode subir para US$ 65.000.

“Espera-se que esse nível atue como um obstáculo formidável no curto prazo. Isso manterá o par dentro da grande faixa entre US$ 55.724 e US$ 73.777 por mais alguns dias. Por outro lado, se o preço cair da EMA de 20 dias (US$ 60.007), os ursos farão mais uma tentativa de puxar o preço abaixo de US$ 55.724. Se tiverem sucesso, o par pode cair para a mínima intradiária de 5 de agosto de US$ 49.000”, disse.

Portanto, o preço do Bitcoin em 03 de setembro de 2024 é de R$ 331.558,50. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0030 BTC e R$ 1 compram 0,0000030 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 03 de setembro de 2024, são: Mantra (OM), dogwifhat (WIF) e Aave (AAVE) com altas de 12%, 11% e 10% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 03 de setembro de 2024, são: Tron (TRX), Immutable X (IMX) e Leo Token (LEO) com quedas de -1,6%, -1% e -0,5% respectivamente.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não são necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.

Fonte: CoinTelegraph
Imagem de ZT_OSCAR por Pixabay

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