BitcoinCriptomoedasEconomiaEconomia Descentralizada

Bitcoin busca nova ATH, mas esbarra em resistência de US$ 68.500

Os touros chegaram a elevar o preço do BTC em US$ 68.500, mas não conseguiram segurar o valor diante da forte barreira de vendas que se formou na resistência e com isso o preço voltou para US$ 67.500 ainda com uma alta de 1%.

A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin BTC está cotada na manhã desta sexta-feira (25) em R$ 382.896,10. Os touros chegaram a elevar o preço do BTC em US$ 68.500, mas não conseguiram segurar o valor diante da forte barreira de vendas que se formou na resistência e com isso o preço voltou para US$ 67.500 ainda com uma alta de 1%.

Beto Fernandes, analista da Foxbit, destaca que o ambiente macroeconômico também ajudou na valorização. Os pedidos por seguro-desemprego nos Estados Unidos apresentaram queda, colocando um pouco de panos quentes nos receios da recessão. Ao mesmo tempo, os PMIs, inclusive o industrial, aceleraram, o que também apoiou a percepção de menor cautela.

Segundo ele, olhando diretamente para o Bitcoin, os institucionais mostraram ainda estar interessados na criptomoeda, adicionando mais US$ 192 milhões aos fundos. A força compradora também aparece nas baleias que, hoje, com cerca de 670 mil BTCs, estão segurando o maior volume de sua história.

“Com isso, a gente segue observando que a demanda por BTC permanece aquecida, e as correções parecem muito mais reorganizações de posições, do que uma falta de procura pelo ativo. Mas, claro, a inconsistência pode voltar a aparecer no mercado, já que no próximo dia 5 de novembro, ocorrem as eleições presidenciais nos Estados Unidos. Isso tende a trazer grande volatilidade aos ativos”, aponta.

Também olhando para o cenário macroeconômico, Diego Kolling, head do Bipa Premium, afirma que duas afirmações recentes, uma do Banco Central Europeu (BCE) e outra do Banco Central Americano de Minnesota, trazem pontos bastante dúbios sobre o Bitcoin.

Ele destaca que o BCE argumenta que quem não investe em Bitcoin ficará mais pobre, considerando que o Bitcoin apenas redistribui riqueza sem agregar valor, e sugere taxar ou proibir a criptomoeda para corrigir essa “injustiça”. Essa posição é uma reviravolta em relação a 2022, quando minimizavam o Bitcoin, mas agora reconhecem seu potencial.

Por outro lado, o Banco Central Americano defende a teoria monetária moderna, que permite déficits perpétuos, uma vez que o governo deve a si mesmo. Eles acreditam que isso não gera problemas, mas, ao ignorar o impacto disso sobre os mais pobres, criam um sistema em que a dívida constante se torna normal.

“O problema é que o Bitcoin impede que esse raciocínio seja levado a cabo pois, se as pessoas podem comprar Bitcoin ao invés da nossa dívida soberana, então o endividamento perpétuo não será possível. Ambas as afirmações têm suas verdades, mas as conclusões são problemáticas.

Se extrapolarmos, é como se o BCE quisesse taxar não apenas o Bitcoin, mas também os ativos que enriqueceram alguns. E o Banco Central Americano parece ignorar que viver eternamente endividado não é sustentável. Afinal, a meritocracia e a liberdade de escolha são fundamentais. Se o Bitcoin for uma alternativa viável, a estratégia de endividamento do Estado pode ser ameaçada”, disse.

Além disso, segundo ele, os BRICS estão ganhando destaque, com 26% da população e 45% do PIB global, em contraste com o G7, que tem apenas 10% da população e 44% do PIB. Putin menciona um mundo multipolar, e legisladores russos afirmam que mineradores de Bitcoin poderão vender suas criptomoedas para estrangeiros, que as usarão para pagar importações da Rússia.

“Isso reforça a ideia de que o Bitcoin pode ser uma alternativa viável, especialmente em um cenário de crescente desglobalização e multipolaridade” finaliza.

Análise preço Bitcoin

Olhando para a análise técnica, o analista Manish Chhetri, destaca que se o nível de US$ 66.000 continuar como suporte, o BTC poderá subir para recuperar sua alta de segunda-feira de US$ 69.519.

Assim, um rompimento bem-sucedido e um fechamento acima de US$ 70.000 podem estender a alta para testar novamente sua próxima barreira principal, que já é o máximo histórico de US$ 73.777 visto em meados de março.

“O indicador do Índice de Força Relativa (RSI) no gráfico diário marca 60 e aponta para cima depois de saltar em torno do nível neutro de 50 na quarta-feira, indicando que a dinâmica de alta está ganhando força”, disse.

Segundo ele, por outro lado, se o BTC romper e fechar abaixo do suporte de US$ 66.000, ele poderá cair 5,8% para testar novamente seu próximo suporte em US$ 62.055, seu nível de retração de Fibonacci de 61,8% (retirado da alta de julho de US$ 70.079 até a baixa de agosto de US$ 49.072).

Rodrigo Miranda, criador da Universidade do Bitcoin, destaca que o Bitcoin continua enfrentando muita dificuldade de ultrapassar a base dos US$ 68.500, US$ 69.000 por causa da LTB, a linha de tendência de baixa do semanal.

“Essa base que ele está enfrentando como resistência, ele já está enfrentando essa base desde março, abril desse ano, ele está com sete meses de acumulação. Então no geral o mercado está andando em um canal de baixa, um grande canal de baixa no semanal e o Bitcoin está enfrentando muita dificuldade de ultrapassar”, disse.

Segundo ele, o BTC nesse momento, ele entra num ponto de decisão, pois já esticou bem após entrar numa zona de compra ali dos US$ 60.000, US$ 59.500. Nesse ponto estamos em uma zona forte de compra, onde os touros seguraram o preço e agora essa zona do US$ 68.500, US$ R$ 69.000 é uma zona forte de venda.

“Então ele entra num nível de decisão nesse momento. Precisa tomar uma decisão, se vai romper ou se ele vai cair. Só que o mercado está parado, ele está lateralizado nesses últimos dias com uma volatilidade baixa. Ele reduziu a volatilidade, a volatilidade tá baixa. Eu acredito que os traders estão meio que aguardando pra ver pra onde vai.

Os fluxos de ETFs à vista ainda estão positivos na semana. Temos aí o mês de outubro que está terminando, e possivelmente fecharemos positivo o mês de outubro, mas o mercado precisa romper essas resistências agora de cima, principalmente a resistência dos US$ 71.000, US$ 72.000, então agora o mercado onde ele fica lateral ele fica chato”, apontou.

Portanto, o preço do Bitcoin em 25 de outubro de 2024 é de R$ 382.896,10. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0026 BTC e R$ 1 compram 0,0000026 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 25 de outubro de 2024, são: Chainlink (LINK), cat in a dogs world (MEW) e BEAM (BEAM) com altas de 5%, 4,4% e 4,3% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 25 de outubro de 2024, são: Popcat (POP), Jupter (JUP) e Mantra (OM), com quedas de -7%, -6% e -5% respectivamente.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil e Caderno Baiano. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão

Fonte: CoinTelegraph
Imagem: PxHere

Related posts

Simm oferece vagas de emprego e estágio nesta segunda-feira (23)

Fulvio Bahia

Bitcoin sobe 1,3% e touros tentam mostrar que estão vivos

Fulvio Bahia

Videoclipe sobre comunidade artesã de Maragogipinho é lançado em Nazaré

Fulvio Bahia

Deixe um comentário

Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência. Nós assumimos que você concorda com isso, mas você pode desistir caso deseje. Aceitar Leia Mais