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Bitcoin desaba mais 4% e recua para US$ 56 mil com touros ‘queimando’

Os touros não conseguiram romper com o nível de US$ 60 mil e falharam em segurar o suporte de US$ 58 mil. Com isso, o BTC recuou fortemente para US$ 56 mil, registrando uma queda de mais de 4%

A principal criptomoeda do mercado, o BitcoinBTC está cotada na manhã desta quarta-feira (04), em R$ 318.920,70. Os touros não conseguiram romper com o nível de US$ 60 mil e falharam em segurar o suporte de US$ 58 mil. Com isso, o BTC recuou fortemente para US$ 56 mil, registrando uma queda de mais de 4%.

“Nos dados on-chain tivemos o acúmulo de 8 mil Bitcoin por parte dos investidores de longo prazo (LTH). No Ethereum foram 46 mil ETH colocados em staking. Nos ETFs de Bitcoin tivemos a saída de 287 milhões de dólares. Nos ETFs de ether foram 47 milhões de dólares de saída”, destaca André Franco, especialista do MB Research do Mercado Bitcoin.

Andrew Mate, WO & OF at Dogen, destaca que com a queda a capitalização total do mercado de criptomoedas caiu para US$ 1,98 trilhão e com isso ficou abaixo da linha de suporte psicológico que atraiu compradores durante a maior parte de agosto e é o nível mais baixo desde 8 de agosto.

“A natureza do declínio no início do dia sugere outra onda de ordens de parada durante um período de liquidez reduzida, então é muito cedo para dizer que o suporte de US$ 2 trilhões foi violado. O Bitcoin caiu para US$ 55,5 mil no pico do declínio antes de se estabilizar em US$ 56,4 mil. Os níveis atuais atuaram como suporte durante os declínios de maio e julho, mas a tendência de mínimas locais mais baixas configura uma reversão em US$ 54 mil”, disse.

Ryan Lee, analista-chefe da Bitget, acredita que os efeitos macroeconômicos causaram a queda, incluindo as especulações do presidente do FED, Powell, sobre um possível corte nas taxas durante o mês de setembro. 

“O efeito “vender as notícias” mencionado pelos analistas da Bitfinex é de fato comum nos mercados financeiros. Os investidores muitas vezes realizam lucros depois de notícias positivas serem percebidas, o que pode levar a um declínio do mercado no curto prazo.

Portanto, a sua visão, baseada em dados históricos, tem um certo nível de validade. No curto prazo, o sentimento do mercado e o comportamento dos investidores podem, de facto, exercer pressão sobre os preços do Bitcoin e de outros ativos”, disse

Segundo ele, ao contrário dos cortes nas taxas durante a crise financeira de 2007-2008, os atuais cortes nas taxas são mais preventivos. Esta diferença de contexto poderia, de facto, levar a uma reação diferente do mercado. As atuais reduções das taxas visam prevenir potenciais abrandamentos econômicos, em vez de responder a uma crise que já ocorreu. Como resultado, o mercado poderá reagir de forma mais moderada a estes cortes “preventivos” nas taxas, razão pela qual os analistas antecipam menos volatilidade.

“Além disso, isto sugere que, embora um corte nas taxas possa desencadear uma retração no curto prazo, no longo prazo, o mercado deverá recuperar e beneficiar de uma política monetária mais acomodatícia. Como tal, os investidores devem considerar esta distinção ao formular estratégias de investimento, em vez de se concentrarem apenas nas flutuações de preços de curto prazo”, aponta Lee.

Rodrigo Miranda, criador da Universidade do Bitcoin aponta que a semana será tensa com o dado mais importante sendo o payroll que virá na sexta-feira.

“Provavelmente teremos uma volatilidade maior na sexta-feira no mercado de renda variável por consequência do mercado cripto. Ontem nós já tivemos uma realização de quase um trilhão de dólares do índice SP500 e muitas realizações. Muitos traders e muitos profissionais se perguntam: será que os dados de sexta-feira virão ruins e por isso o mercado já está nos antecipando essas possíveis más notícias? E isso é muito difícil, a gente não tem como saber.”, disse.

Ainda segundo Miranda, há outros fatores macroeconômicos que devem impactar o mercado, como o último trimestre do ano que tende a performar bem a renda variável, como também as eleições americanas. No geral, em ano de eleição, o mercado negocia lateralmente ou com uma pequena alta.

“Mas não é só isso, temos vários fatores que estão influenciando nessa realização. O próprio índice de medo ontem subiu quase 30%. A questão da tensão Irã x Israel, a questão da guerra da Rússia x Ucrânia também contribuem para deixar esse índice alto. Isso faz com que muitos investidores saem do mercado de renda variável para migrar para outros mercados, principalmente o de renda fixa”, aponta.

Segundo ele, no decorrer da semana o BTC deve voltar a testar a resistência de US$ 60.000, mas, casos os touros não mostrem força a queda atual pode se estender para US$ 50 mil e buscar um fundo em US$ 42 mil.

Portanto, o preço do Bitcoin em 04 de setembro de 2024 é de R$ 318.920,70. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0031 BTC e R$ 1 compram 0,0000031 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 04 de setembro de 2024, são: Bitcoin SV (BSV), Helium (HNT) e Fasttoken (FTN) com altas de 4%, 2% e 1% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 04 de setembro de 2024, são: Notcoin (NOT), Toncoin (TON) e Polygon (MATIC) com quedas de -11%, -10% e -9% respectivamente.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.

Fonte: CoionTelegraph
Imagem: Roy Buri por Pixabay



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