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Bitcoin perde nível de US$ 90 mil, mas touros não desistem e querem recuperação

Os ursos conseguiram baixar o preço do BTC em 2%, levando o ativo para baixo do nível de US$ 90 mil, mas os touros não devem desistir de uma recuperação ao longo do dia

A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin BTC  está cotada na manhã desta sexta-feira (15) em R$ 517.867,86. Os ursos conseguiram baixar o preço do BTC em 2%, levando o ativo para baixo do nível de US$ 90 mil, mas os touros não devem desistir de uma recuperação ao longo do dia.

Beto Fernandes, analista da Foxbit, Beto Fernandes, analista da Foxbit, destaca que a queda tem a ver com o sentimento dos investidores com os ativos de risco. Segundo ele, de um lado, o DXY ganhou força para manter sua valorização em relação a outras moedas internacionais, na busca por segurança. Do outro, o Bitcoin está corrigindo cerca de 2%, enquanto as bolsas norte-americanas seguem a mesma tendência de baixa.

“Quando a gente olha especificamente para o BTC, a retração é bastante natural. Desde 5 de novembro, a criptomoeda teve uma valorização que chegou próxima dos 40%. A realização de lucros é algo praticamente inevitável e segue ainda bastante tímida. Isso pode se intensificar em breve, já que alguns mineradores estão enviando parte de suas receitas para as exchanges.

Nos últimos dias, cerca de 25 mil BTCs foram transferidos, em um sinal de potencial venda. Mas os efeitos disso dependem também de uma queda na demanda, algo que não necessariamente está acontecendo neste momento”, disse.

Fernandes aponta ainda que o clima macroeconômico também não é dos mais simples. A inflação ao produtor deu uma leve acelerada, apesar de estar em linha com o esperado pelos analistas. À noite, dados da economia chinesa podem movimentar o preço dos ativos.

“Já na política, o ameaçado presidente da SEC fez um levantamento de sua história dentro do órgão regulador e disse ter feito um bom trabalho em relação às criptomoedas. Trump prometeu demitir Gensler assim que possível. Este vai ser um atrito que também tende a trazer volatilidade, conforme os pronunciamentos e ações são tomadas até a posse de Trump”, afirmou.

Pauline Shangett, CMO da ChangeNOW, aponta que o mercado cripto registra o terceiro dia consecutivo de recuo no sentimento altista. Ela aponta que esta dinâmica também está alinhada com o sentimento geral de aversão ao risco que prevaleceu nos mercados esta semana.

Até o final da semana, não podemos descartar uma correção mais profunda para o nível geral de US$ 2,73 trilhões, que é o nível de 61,8% do último impulso de crescimento e a área de consolidação de 10 a 11 de novembro. O Bitcoin está se consolidando abaixo de US$ 88 mil, abrindo e fechando dentro da faixa de US$ 88 mil-US$ 89 mil pelo quarto dia. No período diário, o RSI está prestes a cair abaixo do nível 80, o que pode desencadear uma sacudida mais profunda com um recuo para US$ 83 mil”, disse.

Lee Astley, porta-voz da Bet Ideas, disse que as chances de o Bitcoin ultrapassar a marca de US$ 100.000 este ano agora são de 4/6, o que implica que há 60% de chance de vermos um valor de seis dígitos nas próximas seis semanas.

“Embora o otimismo seja alto, fatores como mudanças econômicas e regulatórias podem impactar o caminho do Bitcoin e limitar seu crescimento entre agora e o final do ano, mas as probabilidades ainda sugerem que é mais provável que ele suba acima de US$ 100.000 do que não”, apontou.

Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, afirma que entre a mínima de novembro nos U$ 66.835 até a máxima histórica nos U$ 93.265, o preço do Bitcoin valorizou 39% e a dominância da principal criptomoeda do mercado está no pico de 60% frente às demais moedas.

Ela destaca que a alta do Bitcoin e as expectativas de um ambiente regulatório mais favorável nos EUA aumentaram o interesse de investidores institucionais no mercado cripto. U$ 40.5 bilhões foram negociados através dos ETFs à vista de BTC somente no mês de novembro. Além do Bitcoin, outras criptomoedas do mercado (com destaque para Ethereum e Solana) também valorizaram, refletindo o otimismo geral do mercado cripto.

“Através da análise gráfica, vemos que o preço do Bitcoin iniciou um novo rali de alta entre os períodos de 11 a 13 de novembro, quando partiu da cotação de US$ 78.473 e atingiu seu novo recorde nos US$ 93.265. Considerando a análise de fluxo, onde avalio o volume financeiro injetado no Bitcoin nos últimos dias, é possível observar que ao atingir seu novo recorde, entrou um alto volume financeiro no topo do gráfico, sugerindo que podemos passar por correções.

Se houver correção, o preço do Bitcoin poderá voltar a testar os suportes de curto e médio prazo na faixa de preço dos US$ 86.100 e US$ 81.680. No entanto, caso o fluxo comprador permaneça forte, o Bitcoin poderá revisitar a sua ATH e atingir patamares ainda maiores, buscando as faixas de US$ 100.000 a US$ 105.000″, afirmou.
 

Portanto, o preço do Bitcoin em 15 de novembro de 2024 é de R$ 517.867,86. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0019 BTC e R$ 1 compram 0,0000019 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 15 de novembro de 2024, são: Brett (BRETT), XRP (XRP) e Hedera (HBAR), com altas de 15%, 14% e 12% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 15 de novembro de 2024, são: Popcat (POPCAT), cat in a dog world (MEW) e dogwithat (WIF) com quedas de -14%, -13,6% e -13,5% respectivamente.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil e do Caderno Baiano. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.

Fonte: CoinTelegraph
Foto: Jonathan Borba / Pexels

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