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Bitcoin se mantém nos US$ 57 mil e registra leve alta de 1,1%

Os touros conseguiram segurar o preço do BTC acima de US$ 57 mil em uma leve alta de 1,1% que pode ajudar a recuperar o nível de US$ 58 mil

A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin BTC está cotada na manhã desta terça-feira (9) em R$ 314.142,09. Os touros conseguiram segurar o preço do BTC acima de US$ 57 mil em uma leve alta de 1,1% que pode ajudar a recuperar o nível de US$ 58 mil.

“No cenário atual vemos que os Long Term Holders (LTH) jogaram a tolha com relação ao bitcoin. Em meio a queda, eles continuam vendendo. Por outro lado, os Short Term Holders (STH) também estão desistindo e pararam de acumular. Isso é um claro sinal de retorno do pessimismo no mercado”, destaca a analista Lorena Amaro.

bitc

Beto Fernandes, analista da Foxbit, destaca que começa a ocorrer uma abertura semanal com poucos dados macroeconômicos relevantes, o que tende a deixar o mercado mais tranquilo. Segundo ele, hoje e quinta-feira quando Powell fala e a inflação sai nos Estados Unidos, pode haver uma volatilidade mais acentuada.

“Porém, o Bitcoin parece estar indo um pouco na contramão desta “calmaria”, fazendo novos testes do fundo em US$ 54 mil, mas recuperando até que rapidamente seu preço. Na análise técnica, o gráfico diário aponta que uma queda aos US$ 50,5 mil é uma possibilidade, o que fecharia “perfeitamente” o desenho de Bart – em referência ao personagem Bart Simpson”, disse.

Segundo ele, neste padrão, há uma subida de preços forte, seguido por uma lateralização com picos e fundos bem definidos, para depois finalizar com uma queda e terminar de desenhar a cabeça. Caso este fundo seja rompido, o último canal lateral pode ser o próximo fundo, em US$ 44 mil.

Beto aponta que o desempenho do BTC ainda segue acompanhando a parte inferior da banda de Bollinger, que está em tendência de baixa. Ou seja, a volatilidade tende a ficar mais espremida e reduzir a expectativa de uma alta mais expressiva. No momento, o indicador sugere que o ativo teria força para avançar aos US$ 66 mil, mas pode continuar caindo.

“Já quando adicionamos o RSI à análise, temos o início de uma possível divergência entre indicador e candles. No caso, o preço do BTC segue em baixa, mas o RSI indica subida. Ou seja, mesmo que a criptomoeda esteja sofrendo para manter seu desempenho positivo, a força do mercado está fluindo mais para a mão dos compradores do que para os vendedores. Então, podemos ver uma quebra de preços para cima, caso esse padrão seja confirmado. Mas fato é que ainda estamos em um território de venda, com o indicador marcando os 35 pontos”, destacou.

Fernando Szterling, Head of Bipa, destaca que apesar da queda recente, a criptomoeda acumula uma valorização de 33,3% em 2024, embora esteja distante do seu recorde histórico, atingido há 116 dias. O valor de mercado do Bitcoin está em torno de US$ 1,11 trilhões, com um hash rate de 557,89 EH/s e um hashprice de US$ 47,41 por PH/s por dia. As taxas de transação, sem prioridade, são de 4 satoshis por byte.

“O sentimento do mercado permanece em um estado de medo, com o índice de medo e ganância marcando 28. Nos mercados tradicionais, o S&P 500 subiu 0,10%, alcançando 5.572,85 pontos, enquanto o Bovespa teve uma alta de 0,12%, fechando em 126.420,81 pontos. A cotação do dólar frente ao real desvalorizou 0,25%, sendo negociado a R$ 5,47 por US$ 1,00”, afirmou.

Ele também aponta que no cenário econômico mais amplo, os mercados tradicionais dos EUA mostraram pouca volatilidade após o feriado de 4 de julho, e os dados de inflação (CPI) que serão divulgados na quinta-feira podem trazer novas movimentações.

No entanto, o Bitcoin ainda enfrenta pressões significativas. O governo alemão transferiu 15.000 BTC, no valor de US$ 866 milhões, para corretoras e bolsas, com intenção de venda. Além disso, mais de US$ 8 bilhões em BTC da massa falida do Mt. Gox foram transferidos para bolsas, o que pode aumentar a pressão de venda.

“A possibilidade de uma recessão também preocupa os investidores, pois pode afetar tanto os mercados tradicionais quanto o Bitcoin. Na semana passada, aproximadamente US$ 1 bilhão em posições alavancadas em Bitcoin foram liquidadas, o que contribuiu para a volatilidade. Apesar de uma recuperação no final de semana, o Bitcoin chegou a ser negociado a US$ 53.500 na segunda-feira”, disse.

Por outro lado, Szterling afirma que sinais de esfriamento na economia dos EUA poderiam levar a cortes de juros mais rápidos, o que potencialmente estimularia a demanda por Bitcoin. O mercado continua observando atentamente os próximos passos da economia global e suas implicações para a criptomoeda.

Portanto, o preço do Bitcoin em 09 de julho de 2024 é de R$ 312.267,20. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0032 BTC e R$ 1 compram 0,0000032 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 09 de julho de 2024, são: Bonk (BONK), Ethereum Name Service (ENS), MultiversX (EGLD) com altas de 12%, 11% e 9% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 09 de julho de 2024, são: Notcoin (NOT), Avalanche (AVAX), Render (RNDR) com quedas de -7%, -5% e -4% respectivamente.

Análise Bitcoin

Andressa Paiva, Head de comunicação do Allintra, também destaca que o mercado de criptomoedas pode finalmente sofrer uma reviravolta após a divulgação dos dados do CPI e PPI nesta semana. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, também apresentará seu testemunho semestral de política monetária ao HFSC. Com a perspectiva de um corte de 25bps nas taxas de juros, as coisas podem mudar rapidamente.

Ele afirma que níveis de inflação são avaliados usando indicadores econômicos como o PPI e CPI, que têm um impacto direto nas decisões de política monetária. Uma postura mais agressiva do Federal Reserve em relação às taxas de juros em resposta a uma inflação maior do que a esperada poderia impactar todos os mercados financeiros, incluindo as criptomoedas. Por outro lado, se a inflação parecer estar sob controle, os mercados podem sentir algum alívio, e o preço dos ativos digitais pode subir.

“O testemunho do presidente Powell também é um evento significativo, pois fornece informações sobre as perspectivas do Federal Reserve para a economia e seus planos para a política monetária futura”, disse.

De acordo com dados da Coinglass, posições alavancadas no valor de US$ 279,3 milhões foram liquidadas nas últimas 24 horas, com US$ 113 milhões consistindo de posições vendidas e US$ 165,7 milhões de posições compradas. A maior liquidação foi vista no Bitcoin com US$ 115,9 milhões, seguida por ETH com US$ 50 milhões e Solana
com US$ 15 milhões.

Enquanto 80.633 investidores foram liquidados nas últimas 24 horas, a maior liquidação individual ocorreu no par de negociação BTC/USDT no valor de US$ 22,24 milhões na exchange OKX.

Paiva destaca também que o mercado de criptomoedas está passando por um momento turbulento. Com resistência no nível da EMA de 200, o Bitcoin tem encontrado dificuldade em manter sua posição acima de US$ 55 mil. O Ethereum está lutando para manter seu impulso ascendente, atualmente negociado abaixo da marca de US$ 3 mil. Forças de mercado
mais amplas, como liquidações massivas e pressão de venda de diferentes entidades, estão agravando essas dificuldades técnicas.

“No entanto, alguns sinais apontam para uma possível recuperação. A expectativa de cortes nas taxas de juros nos EUA, o retorno dos investidores em ETFs de Bitcoin, e o crescimento da oferta monetária M2 dos EUA são fatores que podem impulsionar os preços das criptomoedas nos próximos meses”, afirmou.

Fonte: CoinTelegraph
Foto: Getty Image

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