Os touros estão implacáveis nesta última semana de outubro buscando fazer jus ao apelido do mês de “Uptober”
A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin BTC está cotada na manhã desta terça-feira (29) em R$ 406.757,39. Os touros estão implacáveis nesta última semana de outubro buscando fazer jus ao apelido do mês de “Uptober” e, com isso, o BTC está em alta de 5%, superando a marca de R$ 406 mil e muito perto de romper com o ATH de US$ 73 mil.
Richard Ptardio, analista de criptomoedas, destaca que o BTC está perto de seu máximo histórico, mas uma corrida clara até a marca de US$ 100.000 está longe de ser garantida. Por um lado, há sinais de que uma parcela significativa dos investidores de varejo está abandonando o Bitcoin e entrando em memecoins altamente voláteis.
“O segmento memecoin registrou retornos robustos em 2024, um aumento de cerca de 200% em comparação com os 65% que o Bitcoin adicionou durante o mesmo período. Ao lado da memecoin original, Dogecoin, há uma lista de alternativas em rápido crescimento e cada vez mais bizarra. Uma história de sucesso recente viu uma moeda, SPX6900, aproximar-se de uma capitalização de mercado de mil milhões de dólares com a promessa ambiciosa de se tornar mais valiosa do que todo o S&P 500″, disse.
Já Pedro Gutiérrez, diretor Latam da CoinEx, destaca que a resistência imediata de US$ 71.362 continua a ser um obstáculo significativo, no entanto, se o Bitcoin conseguir ultrapassar essa resistência com volume, provavelmente atrairá novos compradores e iniciará uma tendência de alta, apoiada pela incerteza geopolítica e pelas expectativas de uma política monetária mais acomodativa do FED.
“No lado negativo, caso ocorra uma queda, o suporte em US$ 64.000 será essencial para evitar uma queda mais significativa, com o nível psicológico de US$ 60.000 servindo como suporte secundário em caso de uma correção prolongada.
No contexto macroeconômico, a combinação de tensões no Oriente Médio e a possibilidade de cortes nas taxas de juros nos EUA favorece o Bitcoin como ativo de proteção. Isso pode gerar uma demanda adicional, especialmente se os mercados tradicionais forem afetados”, afirmou.
Também olhando os gráficos, Ana de Mattos, Analista Técnica e Trader Parceira da Ripio, destaca que é possível observar que a força compradora prevalece, sugerindo que o Bitcoin rompa a resistência de curto prazo na faixa dos US$ 69.600 e atinja a resistência de médio prazo, nos US$ 71.230, o que pode impulsionar uma nova alta histórica.
Israel Buzaym, diretor de comunicação do Bitybank, está otimista com a alta do BTC e aponta que dados onchain indicam que as baleias continuam comprando, um sinal de confiança que pode sustentar os preços no médio prazo. Além disso, os ETFs de Bitcoin têm experimentado grandes inflows, reforçando a entrada de capital institucional no mercado.
“Entre os eventos a monitorar, acionistas da Microsoft terão a oportunidade de votar sobre uma possível compra de Bitcoin pela empresa. Apesar de o conselho administrativo ter recomendado que os acionistas votem contra, essa discussão coloca o Bitcoin ainda mais no radar de grandes corporações, o que pode impactar o mercado dependendo do resultado”, destaca.
Caio Leta, Head of Content e Research da Bipa, destaca que o BTC rompeu sua máxima histórica em reais, mas ainda precisa quebrar esta marca em dólares (US$ 73.135).
“Isso mostra que o real se deteriorou no período frente ao dólar devido a fatores internos da nossa política e economia. No ano, o Bitcoin cotado em dólar sobe 64,88% enquanto o bitcoin sobe 83,49% cotado em real, o que ilustra como o BTC, assim como o ouro e outras commodities, é dolarizado e age como um hedge contra a desvalorização cambial”, afirma.
Beto Fernandes, analista da Foxbit, aponta que apesar do otimismo, ainda é preciso ter certa cautela na semana, porque teremos dados importantes dos empregos nos Estados Unidos, assim como os resultados corporativos de diversas big techs ao longo da semana.
“Mesmo que mais distante, a correlação entre ações de tecnologia e BTC ainda prevalece. Além disso, as eleições presidenciais estão cada vez mais próximas, o que tende a aumentar a volatilidade. O que não esfriou nesse período foi a demanda. Apesar de o varejo ainda caminhar de forma tímida, os ETFs de Bitcoin viram a entrada de mais de US$ 400 milhões na última sexta-feira.
Soma-se a isso, os dados on-chain apontam que o número de carteiras com 100 BTCs ou mais cresceu 1,9% em apenas duas semanas. Então, a demanda permanece aquecida, sugerindo um momento de compra e acumulação”, destaca.
Pauline Shangett, CMO da ChangeNOW, acredita que US$ 78 mil pode ser o próximo ponto de parada para o BTC. Segundo ela, se o Bitcoin mantiver seu ímpeto ascendente, ele pode em breve se recuperar para testar novamente sua próxima barreira-chave de US$ 73.777.
“Um fechamento bem-sucedido acima desse nível pode abrir caminho para o BTC mirar o nível de extensão de Fibonacci de 141,40% (extraído da máxima de julho de US$ 70.079 para a mínima de agosto de US$ 49.072) em US$ 78.777”, afirma.
Portanto, o preço do Bitcoin em 29 de outubro de 2024 é de R$ 406.757,39. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0025 BTC e R$ 1 compram 0,0000025 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 29 de outubro de 2024, são: Dogecoin (DOGE), Ethena (ENA) e Popcat (POPCAT) com altas de 16%, 14% e 12% respectivamente.
Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 29 de outubro de 2024, são: Raydium (RAY), Celestia (TIA) e Mantra (OM), com quedas de -7%, -3% e -2% respectivamente.
Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil e do Caderno Baiano. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão
Fonte: CoinTelegraph
Imagem de Bartek Kopała por Pixabay