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Bitcoin: touros lutam para romper com US$ 69 mil e atingir nova máxima histórica

Fábio Plein, Diretor Regional da Coinbase para as Américas, destaca que as próximas eleições nos EUA continuam sendo a principal preocupação dos mercados

A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin BTC está cotada na manhã desta segunda-feira (21) em R$ 388.203,75. Fábio Plein, Diretor Regional da Coinbase para as Américas, destaca que as próximas eleições nos EUA continuam sendo a principal preocupação dos mercados.

Segundo ele, o resultado provavelmente será o impulsionador mais significativo para o desempenho geral da classe de ativos criptográficos em nossa visão, devido às implicações que isso pode ter no futuro ambiente regulatório.

“Ambos os candidatos presidenciais adotaram agendas pró-cripto — Kamala Harris registrou outra declaração pró-cripto, enquanto o ex-presidente Donald Trump lançou uma nova venda de tokens — o que nos leva a acreditar que o resultado final deve ser positivo para a classe de ativos em qualquer cenário”, disse.

Já Daniel González, analista de cripto da Bitso, aponta que o Bitcoin parece estar bem posicionado para um “Uptober” devido a vários fatores-chave. Os ciclos de liquidez nos Estados Unidos estão mostrando sinais de alívio, o que pode aumentar o apetite por ativos de maior risco, como as criptomoedas.

Além disso, segundo ele, os cortes nas taxas de juros tanto nos EUA quanto na China, estão tentando estimular suas economias, criando um ambiente mais propício para o crescimento do BTC. Com investidores buscando melhores retornos, o Bitcoin pode destacar-se como uma opção atraente e segura.

Outro fator positivo, segundo González, é que, historicamente, o Bitcoin entra em um período de acumulação com tendência de alta antes das eleições presidenciais dos EUA, que esse ano, acontecem em 5 de novembro. Embora o curto prazo possa trazer volatilidade assim que o resultado eleitoral for revelado, a tendência histórica é de que o mercado se recupere após a definição política, o que costuma beneficiar o BTC. Os mercados valorizam a estabilidade, e o Bitcoin geralmente reage positivamente à clareza política.

“Setembro também trouxe boas notícias: o BTC registrou um retorno de 7,9%, o melhor desempenho para o mês desde 2012. Este resultado é significativo, pois setembro é historicamente o pior mês para o ativo, apelidado de “Recktember” ou “SeptemBear”. Quando o Bitcoin fecha o mês no positivo, os meses seguintes tendem a trazer crescimento. Com o BTC atualmente em torno de US$ 67 mil, as expectativas para um “Uptober” e um quarto trimestre otimista estão ainda mais fortes”, disse.

Pauline Shangett, CMO da ChangeNOW, disse que o mercado de criptomoedas manteve sua trajetória ascendente, com a capitalização total subindo mais de 7% em sete dias para US$ 2,39 trilhões, a mais alta desde o final de julho. O Índice de Medo e Ganância de Criptomoedas está na faixa de 71-73 (ganância) pelo sexto dia, também replicando o desempenho do final de julho.

“O Bitcoin atingiu novas máximas em quase três meses, chegando a US$ 69,5 mil na manhã de segunda-feira, devido a um aumento nos fluxos para o ETF BTC. O preço agora está avaliando as máximas do final de julho, e o topo duplo de maio-junho logo abaixo de US$ 72 mil parece ser o próximo alvo dos touros”, aponta.

Para Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, o Bitcoin tem demonstrado força nos últimos meses, impulsionado por um cenário macroeconômico favorável e pelo crescente interesse institucional. Após concluir uma pernada de alta entre os meses de agosto e outubro, o BTC formou um padrão de bandeira de alta no gráfico mensal, sugerindo a continuidade do movimento de alta.

“Recentemente, o Bitcoin visitou uma linha de resistência importante na região dos U$ 68.390. Se ultrapassar essa resistência e o fluxo comprador continuar predominando, a próxima meta será os U$ 70.000. Um rompimento convincente acima dos U$ 70.000 abriria caminho para novas altas, com o próximo alvo em US$ 71.200.

No entanto, é importante ressaltar que o BTC ainda pode enfrentar algumas correções no curto prazo. A região dos US$ 63.280 agora atua como um suporte importante, e um fechamento abaixo desse nível pode indicar um enfraquecimento da tendência de alta. Nesse caso, o BTC poderia buscar suporte na região dos US$ 61.058″, analisa.

De acordo com uma análise feita pelo ETC Group, os sinais técnicos indicam uma possível alta para a principal criptomoeda nas próximas semanas. Segundo a empresa, o Índice de Sentimento de Criptoativos voltou a apontar para um cenário otimista, marcando o nível mais alto desde março de 2024.

“Atualmente, 13 dos 15 indicadores estão acima de suas tendências de curto prazo, o que reforça a expectativa de valorização”, explicou a análise.

Entre os indicadores que sustentam essa previsão estão o viés de opções de 25 delta do BTC e o Índice de Medo e Ganância Cripto, que subiu significativamente na última semana. “O aumento no Índice de Medo e Ganância para um nível de ‘Ganância’ é um claro sinal de que o mercado está mais confiante, o que pode gerar uma nova onda de compras”, aponta.

Além dos sinais técnicos, o fluxo de investimentos também tem chamado a atenção dos especialistas. O ETC Group registrou uma forte aceleração nos fluxos de entrada em ETPs (produtos negociados em bolsa) de criptomoedas. Somente na última semana, o mercado global de ETPs de Bitcoin viu uma entrada líquida de US$ 2,086 bilhões.

Desse total, US$ 2,131 bilhões foram destinados aos ETFs de Bitcoin à vista dos EUA. “Esse volume é expressivo e reflete um renovado interesse por parte dos investidores institucionais, principalmente nos EUA, o que pode ser um fator decisivo para impulsionar o preço do Bitcoin”, destaca.

Outros fatores, como o desempenho superior de altcoins em relação ao Bitcoin, também foram analisados. Embora a maioria das altcoins não tenha conseguido superar o desempenho da criptomoeda líder na última semana, o Ethereum registrou uma performance superior.

No entanto, o analista alerta que o aumento no desempenho de altcoins geralmente sinaliza uma maior disposição dos investidores a assumir riscos, algo que ainda não se concretizou plenamente.

“O desempenho das altcoins não foi forte o suficiente para sugerir um aumento significativo no apetite por risco, o que pode indicar que o mercado está aguardando mais sinais claros de valorização do Bitcoin antes de se posicionar de forma mais agressiva”, concluiu.

Portanto, o preço do Bitcoin em 21 de outubro de 2024 é de R$ 388.203,75. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0026 BTC e R$ 1 compram 0,0000026 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 21 de outubro de 2024, são: Apecoin (APE), Cat in a dog world (MEW) e Cosmos Hub (ATOM), com altas de 13%, 11% e 10% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 21 de outubro de 2024, são: Immutable X (IMX), Aerodrome Finance (AERO) e AAVE (AAVE), com quedas de -4%, -3% e -2% respectivamente.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil e do Caderno Baiano. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão

Fonte: CoinTelegraph
Imagem: Vecteezy

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