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Brasil cai para a 10ª colocação em adoção global de criptomoedas, mas continua na liderança na América Latina

Índice Global de Adoção de Criptomoedas da Chainalysis de 2024 indica aumento da atividade com liderança de países da Ásia Central e Meridional e Oceania (CSAO)

A empresa de análise de blockchain Chainalysis divulgou nesta quarta-feira (11) o Índice Global de Adoção de Criptomoedas da Chainalysis de 2024, relatório anual que mede a adoção de criptomoedas no mundo. De acordo com o documento, o Brasil caiu da 9ª para 10% colocação enquanto a Índia de manteve na primeira colocação.

Em uma escala de 0 a 1, que é a pontuação da índia, o Brasil obteve 0,265. Na 14ª e 15ª colocação global, apareceram México e Argentina, que completaram o Top 3 da América Latina com respectivos índices de 0,185 e 0,181. Na América do Norte, a liderança é dos Estados Unidos, quarto país em adoção global com índice de 0,540. Score bem acima do Canadá, com pontuação de 0,129 e na 18ª posição global.

O Top 10 do Índice 2024 da Chainalysis é composto por Índia, Nigéria, Indonésia, Estados Unidos, Vietnã, Ucrânia, Rússia, Filipinas, Paquistão. Grupo formado majoritariamente por países da Ásia Central e Meridional e Oceania (CSAO), que dominam as três primeiras colocações e outras três do grupo. Porém, em termos de volume a CSAO responde por 16,6% do valor global recebido e ocupa a terceira colocação, atrás da América do Norte e da Europa Ocidental.

Segundo a empresa, os 151 países os quais a Chainalysis tem acesso a dados dos subíndices aferidos tiveram ponderadas classificações por características, incluindo tamanho da população e poder de compra. Nesses casos, a empresa de análise informou que pegou a média geométrica da classificação de cada país em todos os quatro subíndices e, em seguida, normalizou esse número final em uma escala de 0 a 1 para dar a cada país uma pontuação que determina sua classificação geral. 

Os subíndices foram calculados por estimativa dos volumes de transações dos países para diferentes tipos de serviços e protocolos de criptomoedas com base nos padrões de tráfego da web dos sites desses serviços e protocolos.

Apesar do uso de VPNs como possível gerador de erro de localização, a empresa ressaltou que “nosso índice contabiliza centenas de milhões de transações de criptomoedas e mais de 13 bilhões de visitas à web, é provável que qualquer volume de transação atribuído incorretamente devido a VPNs seja marginal, dado o tamanho do conjunto de dados”.

O quatro subíndices aferidos são: valor de criptomoeda on-chain recebido por serviços centralizados, ponderado pelo PIB per capita em uma base ajustada PPP [paridade do poder de compra], valor de criptomoeda de varejo on-chain recebido por serviços centralizados, ponderado pelo PIB per capita em uma base ajustada PPP, valor de criptomoeda on-chain recebido por protocolos DeFi, ponderado pelo PIB per capita em uma base ajustada PPP e valor de criptomoeda de varejo on-chain recebido por protocolos DeFi, ponderado pelo PIB per capita em uma base ajustada PPP.

O relatório apontou ainda que “entre o quarto trimestre de 2023 e o primeiro trimestre de 2024, o valor total da atividade global de criptomoedas aumentou substancialmente, atingindo níveis mais altos do que os de 2021 durante o mercado de alta de criptomoedas”. 

Em relação à medição anterior, quando o crescimento na adoção de criptomoedas foi impulsionado principalmente por países de renda média-baixa, o relatório atual mostrou que a atividade de criptomoedas aumentou em países de todas as faixas de renda, com uma retração em países de alta renda desde o início de 2024. Segundo a Chainalysis, o lançamento de fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin nos Estados Unidos desencadeou um aumento no valor total da atividade do Bitcoin em todas as regiões, com crescimento particularmente forte ano a ano em transferências de tamanho institucional e em regiões com países de renda mais alta, como América do Norte e Europa Ocidental”.

Por outro lado, o documento mostrou que o crescimento ano a ano de stablecoins foi maior entre transferências de varejo e de tamanho profissional, e está apoiando casos de uso do mundo real em países de baixa renda e renda média-baixa em regiões como África Subsaariana e América Latina, em particular. Já a atividade DeFi aumentou significativamente na África Subsaariana, América Latina e Europa Oriental, crescimento que provavelmente impulsionou um aumento na atividade de altcoins nessas regiões. 

Apesar do recuo, os investidores nacionais desafiaram a aversão ao risco e aportaram R$ 21,8 milhões em fundos de criptomoedas na última semana, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

Fonte: CoinTelegraph
Imagem de Photospirit por Pixabay

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