Bitcoin inicia a semana em alta, impulsionado por dados macroeconômicos positivos, aumento no acúmulo de longo prazo e otimismo global.
A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin – BTCestá cotada na manhã desta segunda-feira, 09/06/2025, em R$ 601.482,51. Os touros iniciaram a semana com uma alta de 2%, levando o BTC acima de US$ 107 mil o que pode impulsionar uma recuperação maior e um novo teste em US$ 110 mil.

Bitcoin análise macroeconômica
“As criptomoedas vêm superando as ações dos EUA há cerca de dois meses, mas os retornos de ambas as classes de ativos conseguiram a convergir recentemente, à medida que as ações americanas tentam recuperar o atraso. Estamos a cerca de um mês do prazo de 9 de julho para as taxas recíprocas suspensas para a maioria dos países, o que pode impactar o sentimento do mercado. Felizmente, parece que os EUA e a China concordaram em retomar as negociações comerciais, enquanto dados fracos de emprego nos EUA nesta semana reforçaram a especulação dos investidores sobre cortes nas taxas de juros pelo Fed em setembro.” destacou Fabio Plein, diretor regional para as Américas da Coinbase.
Já André Franco, CEO da Boost Research, aponta que os mercados asiáticos iniciaram o dia em alta, sustentados por dados positivos de emprego nos EUA e pela expectativa de novos diálogos comerciais entre EUA e China.
O relatório de empregos dos EUA mostrou a criação de 139 mil vagas em maio, superando as expectativas do mercado e impulsionando o apetite por ativos de risco. O dólar recuou frente ao iene e ao euro, enquanto o ouro perdeu força devido ao maior apetite por risco.
“O Bitcoin está em alta, negociado acima de US$ 107 mil, com perspectivas positivas para o restante da semana. Dados de emprego melhores que o esperado e a expectativa de avanços nas negociações comerciais entre EUA e China têm favorecido o apetite por risco nos mercados financeiros e a demanda por ativos alternativos como o Bitcoin”, disse.
Bitcoin análise técnica
Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, destaca que o BTC testou novamente a linha de tendência ascendente, recuperando-se dentro de sua estrutura ascendente. O preço está agora se aproximando do ponto de ruptura de US$ 107 mil, com a zona-alvo superior em torno de 111.500 à vista.
“O impulso sustentado aqui poderia alimentar uma nova etapa rumo a US$ 120 mil”, disse.
Já o analista da CryptoQuant, Axel Adler Jr, aponta que na última semana, o momentum de 30 dias do Bitcoin caiu de 7,7% para 2,5%, apontando para um enfraquecimento da tendência de alta. Mesmo com 7,7%, o indicador já mostrava aceleração fraca; a correção posterior quase o levou ao zero. Agora, ele oscila em +2,5%, bem abaixo da média de longo prazo (+10%), o que confirma uma fase de consolidação lateral.
“Momentum abaixo de 5% reforça a probabilidade de lateralização. Zona de 0%–5% é neutra: o preço tende a permanecer entre US$ 103 mil e US$ 105 mil até surgir um gatilho. Retorno do momentum acima de 20% com volume elevado sinalizará retomada da alta e novo teste de US$ 110 mil–US$ 112 mil.
Ele também compartilha um gráfico do mercado de opções e argumenta que as barras verdes se concentram nos strikes entre US$ 115 mil e US$ 130 mil. Os maiores volumes estão em: US$ 130 mil (16M), US$ 127,5 mil (14M) e US$ 125 mil (12M). Esse padrão indica hedge ativo para uma possível alta além do nível atual de Max Pain.
Já as ordens de puts, mostradas nas barras vermelhas dominam a faixa de US$ 90 mil a US$ 97,5 mil. Maior interesse em US$ 90 mil (7M), US$ 92,5 mil (4M) e US$ 95 mil (2M). Após os US$ 97,5 mil, os volumes de put caem drasticamente, revelando menor proteção de queda.
Comparando com a semana anterior o analista conclui que o Max Pain caiu de US$ 107 mil para US$ 106 mil, mostrando uma leve mudança nas apostas para níveis mais próximos do preço atual. Volumes de call nos strikes mais altos (US$ 125–130 mil) cresceram de 9–12M para 12–16M. Faixa média (US$ 112,5–120 mil) também teve aumento. Volumes de put entre US$ 85–90 mil caíram de 11–9M para 7M. Na faixa US$ 95–102,5 mil, caíram de 4–5M para 2–1M.
“Previsões. Cenário de alta: Manutenção dos US$ 106 mil e crescimento nos calls pode levar o preço a testar US$ 108 mil–US$ 110 mil, e, se romper com força, seguir até US$ 120 mil. Risco de correção: Rompimento dos US$ 106 mil com aumento nos puts pode puxar o preço para a faixa de US$ 102 mil–US$ 104 mil, onde se concentra a proteção “ursista”.
Análise de dados da rede Bitcoin
Analisando os dados da rede na semana passada para apontar os caminhos nesse novo ciclo, Adler destaca:
- Capitalização de MercadoSemana passada: US$ 2,079 triEsta semana: US$ 2,099 triVariação: +0,97%Alta modesta, mas reflete demanda crescente
- Hashrate da redeSemana passada: 1,016 EH/sEsta semana: 902 EH/sVariação: −11,18%Queda forte, provavelmente devido a manutenção de equipamentos, sem risco imediato à segurança da rede.
- Carteiras ativas (7d)Semana passada: 8,64 milhõesEsta semana: 7,46 milhõesVariação: −13,61%Queda de quase 14% indica consolidação e acumulação.
- Preço de mercadoSemana passada: US$ 104.720Esta semana: US$ 105.601Variação: +0,84%Crescimento leve, volatilidade baixa.
- Volume de transferências (7d)Semana passada: 4.074.555 BTCEsta semana: 4.109.535 BTCVariação: +0,86%Pequeno aumento no volume de transferências indica baixa atividade on-chain.
- Reservas de BTC em exchangesSemana passada: 2.432.990 BTCEsta semana: 2.364.327 BTCVariação: −2,82%Saídas contínuas de exchanges fortalecem a tendência de acumulação de longo prazo.
“Carteiras de varejo se consolidam: queda acentuada em endereços ativos (−13,6%) sinaliza modo HODL. Pausa técnica na mineração: a redução no hashrate decorre de manutenção, sem ameaças à rede. Acumulação firme: saídas de 2,8% das exchanges reforçam a base para futura alta.
Métricas on-chain
Ele aponta que o fornecimento de Bitcoin entre detentores de curto prazo (STH) e de longo prazo (LTH) passou por uma mudança significativa nos últimos dias. A métrica STH Supply representa o volume total de BTC que foi movimentado pela última vez há menos de 155 dias. Quando esse período é ultrapassado, essas moedas “envelhecem” automaticamente e passam a compor o suprimento dos detentores de longo prazo (LTH Supply).
Além disso ele aponta que recentemente, houve uma queda acentuada no STH Supply, causada pelo que se chama de “maturação” das moedas. Cerca de 1 milhão de BTC cruzaram simultaneamente esse limite de 155 dias, migrando da categoria de curto prazo para a de longo prazo.
Esse movimento indica que uma grande quantidade de moedas anteriormente consideradas de curto prazo foi mantida por seus donos, o que é um sinal positivo para o mercado, pois demonstra confiança e disposição para segurar os ativos.
Para entender se essa mudança representa de fato uma maturação e não uma venda, é necessário comparar a queda no STH Supply com duas variáveis: a dinâmica do LTH Supply e os fluxos de entrada líquida nas exchanges. Se o LTH Supply atinge um novo máximo e os fluxos para exchanges permanecem estáveis ou negativos (ou seja, mais retiradas do que depósitos), então é seguro afirmar que as moedas apenas envelheceram nas carteiras — e não foram vendidas”, disse.
Na prática, segundo o analista, quando o STH Supply cai, o LTH Supply sobe e os fluxos nas exchanges se mantêm neutros ou com saídas, o cenário aponta para acúmulo e fortalecimento das posições de longo prazo.
Essa recente transição de aproximadamente 1 milhão de BTC para o grupo de holders de longo prazo representa uma das maiores acumulações dos últimos tempos — o equivalente a mais de US$ 100 bilhões nas cotações atuais.
Diante disso, ele aponta que no curto prazo, a faixa entre US$ 103 mil e US$ 110 mil permanece como cenário-base. Os próximos catalisadores podem vir de dados do CPI/PPI dos EUA ou das negociações com a China. Até lá, os grandes compradores continuam retirando oferta — qualquer queda até US$ 100 mil será vista como oportunidade.
Portanto, o preço do Bitcoin em 09 de junho de 2025 é de R$ 601.482,51. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0016 BTC e R$ 1 compram 0,0000016 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 09 de junho de 2025, são: Internet Computer (ICP), SPX6900 (SPX) e Fartcoin (FARTCOIN), com altas de 13%, 12% e 11% respectivamente.
Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 09 de junho de 2025, são: Tokenize Xchange (TKX), TRON (TRX) e Fasttoken (FTN), com quedas de -2%, -1% e -0,1% respectivamente.
Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil e do Caderno Baiano. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.
Fonte: CoinTelegraph
Foto: Vecteezy