O preço do BTC recuou mais de 2% voltando para o suporte chave de US$ 93 mil, após notícias de que o Departamento de Justiça dos EUA autorizou a venda de US$ 6,5 bilhões em Bitcoin provenientes da Silk Road
A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin BTC está cotada na manhã desta quinta-feira (09) em R$ 575.682,39. O preço do BTC recuou mais de 2% voltando para o suporte chave de US$ 93 mil, após notícias de que o Departamento de Justiça dos EUA autorizou a venda de US$ 6,5 bilhões em Bitcoin provenientes da Silk Road.
Em 8 de janeiro, a saída líquida total de ETFs spot de Bitcoin foi de US$ 583 milhões. IBIT, FBT e ARKB registaram saídas de US$ 124 milhões, US$ 258 milhões e US$ 148 milhões, respectivamente.
“Apesar da queda, o BTC ainda mantém seu movimento lateral que tem sido o mote do mercado após a alta para US$ 108 mil. Para quebrar este ciclo e iniciar uma nova alta, ele precisa romper os US$ 102 mil, ja no lado negativo, caso ocorra um fechamento abaixo de US$ 90 mil, então a queda pode se prolongar”, afirma Rodrigo Miranda, criador da Universidade do Bitcoin.
Olhando para o cenário macroeconômico, Beto Fernandes, analista da Foxbit, destaca que a nova queda era esperada, pois parte do mercado ainda estava buscando uma realização de lucros depois de sete dias consecutivos de ganhos.
“O impacto foi visto quase imediatamente no mercado de derivativos, com a liquidação de quase US$ 700 milhões em posições de compra alavancada pela manhã. O volume de compra dos ETFs também praticamente paralisou. Depois de registrar um fluxo positivo de quase US$ 2 bilhões em apenas dois dias, a terça-feira fechou com uma entrada bem tímida de US$ 52 milhões”, disse.
Segundo ele, esse mau-humor começa com os dados de emprego nos Estados Unidos que vieram acima do esperado, trazendo a especulação de que o FED poderia até voltar a subir os juros.
Já a ata do FOMC, divulgada ontem, traz uma visão até que “calma”, em relação à coletiva de Jerome Powell no final do ano passado. Fernandes argumenta que o tom foi relativamente menos agressivo. Porém, segundo ele, fica nítida a cautela do Banco Central nesta troca de governos, citando um possível aquecimento da inflação a partir das mudanças na política de comércio com o exterior e também da imigração.
“Então, fica uma sensação de que o FED não está confiante o suficiente para lançar mais um corte os juros na reunião do final de janeiro. Isso, claro, também atrapalha a busca do investidor de risco. Além disso, as coletivas recentes de Donald Trump tem gerado muitas tensões com Europa e China, o que acarreta em mais incertezas para o mercado lidar. Como consequência, o mercado de criptomoedas sofre com a pressão”, afirma.
Olhando para os gráficos, o analista Ali Martinez, disse que as condições macroeconômicas atuais, alinhando com as métricas técnicas, estão reacendendo os temores de uma possível queda expressiva no preço do ativo digital.
“O Bitcoin pode cair para US$ 60 mil, pelo menos é isso que alguns dos analistas mais renomados estão dizendo”, afirmou Martinez em uma série de postagens recentes. Ele destacou que a criptomoeda enfrenta resistências significativas e que o comportamento dos traders, aliado aos indicadores técnicos, aponta para um cenário de volatilidade.
Do ponto de vista técnico, o indicador TD Sequential apresentou um sinal de compra no gráfico de 4 horas do BTC. “Isso sugere um possível movimento de recuperação, mas tudo dependerá de o Bitcoin conseguir manter o suporte em US$ 93.500”, explicou Martinez.
Entretanto, ele alertou para uma zona de liquidação significativa: cerca de US$ 35 milhões serão liquidados caso o preço alcance US$ 98.600, e outros US$ 66 milhões se ultrapassar os US$ 103.300.
Embora muitos traders na plataforma Binance permaneçam otimistas, com 61,28% apostando na alta do Bitcoin, Martinez adverte que o mercado apresenta sinais de precaução. “No curto prazo, o Bitcoin pode atingir US$ 98.600, mas o contexto macroeconômico sugere cautela”, destacou.
Caso o preço caia abaixo de US$ 92.000, um recuo para a faixa de US$ 78.000 a US$ 74.000 poderia estar no horizonte. Segundo Martinez, isso se alinha à possibilidade de formação de um padrão de ombro-cabeça-ombro, que costuma antecipar correções significativas.
“Uma forte superação de US$ 100.000 é crucial para invalidar essa perspectiva baixista e abrir caminho para novos recordes históricos”, enfatizou.
Além disso, o Bitcoin enfrenta um forte bloqueio de oferta entre US$ 98.000 e US$ 100.000, que atualmente atua como resistência.
“A recuperação acima desse nível é essencial para que o mercado retome uma tendência de alta sustentada”, concluiu o analista.
Pauline Shangett, CMO da ChangeNOW, aponta que as baleias Bitcoin estão descarregando silenciosamente à medida que um possível mercado de baixa se aproxima. Segundo ela, as superbaleias (mais de 10.000 BTC) começaram a ser vendidas em setembro, acelerando nas últimas 2 semanas. As baleias (1–10.000 BTC) agora também estão aumentando as vendas.
Ainda segundo ela, seguindo o padrão da teoria das Ondas de Elliott, atualmente, o movimento está posicionado na Onda C, caracterizada como uma estrutura corretiva em ziguezague. Esse padrão sugere que o preço pode buscar suporte em níveis estratégicos antes de retomar a tendência de alta.
A previsão é que a Onda C teste o nível de US$ 87.525, marcando uma região de suporte crítico. Essa zona também coincide com a igualdade entre as Ondas A e C, reforçando sua relevância. Além disso, o movimento deve testar o limite inferior do canal de preços, indicando um momento potencial de reversão.
“Os traders interessados no par BTC/USD devem observar atentamente a faixa entre US$ 87.525 e US$ 86.220. Essa região pode oferecer boas oportunidades de compra, desde que a Onda C seja concluída de forma clara. A estratégia recomendada é aguardar o fim da correção para entrar na tendência de alta, minimizando os riscos associados ao movimento corretivo.
Do ponto de vista técnico, o preço do Bitcoin permanece acima da Média Móvel de 200 períodos (MA200), o que indica que a tendência de alta geral ainda é dominante. O oscilador de onda também aponta para um momentum de alta, o que reforça a perspectiva de recuperação após a conclusão da Onda C”, afirmou.
Portanto, o preço do Bitcoin em 09 de janeiro de 2025 é de R$ 575.682,39. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0017 BTC e R$ 1 compram 0,0000017 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 09 de janeiro de 2025, são: XDC Network (XDC), Maker (MKR) e Kaspa (KAS) altas de 3,2%, 3% e 2% respectivamente.
Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 09 de janeiro de 2025, são: ai16z (AI16Z), dogwifhat (WIF) e Pudgy Penguins (PENGU) com quedas de -18%, -13% e -9% respectivamente.
Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil e do Caderno Baiano. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.
Fonte: CoinTelegraph
Imagem: Pexels