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BTC em forte alta de 3% sobe acima de US$97 mil

 Antecipando uma decisão positiva do FED, os traders elevaram o preço do BTC em mais de 3%, devolvendo o ativo para US$ 97 mil e com fortes chances de testar US$ 100 mil.

A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin BTCestá cotada na manhã desta quarta-feira (07) em R$ 554.260,86. Antecipando uma decisão positiva do FED, os traders elevaram o preço do BTC em mais de 3%, devolvendo o ativo para US$ 97 mil e com fortes chances de testar US$ 100 mil.

Bitcoin análise macroeconômica

André Franco, CEO da Boost Research, aponta que os mercados asiáticos e os futuros dos principais índices americanos iniciaram o dia em alta, impulsionados pelo avanço nas negociações comerciais entre EUA e China e, principalmente, pelas novas medidas de estímulo econômico anunciadas pelo governo chinês — incluindo cortes nas taxas de juros e apoio ao setor imobiliário.

“O dólar se fortaleceu frente ao iene e ao euro, enquanto o yuan chinês se desvalorizou após os anúncios. Já o ouro recuou 1,4% e o petróleo subiu 0,5%. Para o Bitcoin, o impacto de curto prazo foi e tende a ser positivo, refletindo o maior apetite por risco diante do otimismo global e dos estímulos da China. No entanto, é importante destacar que a decisão do Federal Reserve sobre os juros, que será anunciada hoje às 15h, pode influenciar significativamente o mercado e definir o ritmo para o restante da semana”, destacou.

Isac Honorato, CEO do Cointimes, destaca que se Jerome Powell alterar o tom do discurso ou surpreender com qualquer nova sinalização sobre os juros, a reação pode ser imediata. E, nesse cenário, o Bitcoin tende a sair ganhando como já vem demonstrando desde o início de 2024, ao se firmar como um ativo de proteção em tempos de instabilidade monetária.

“A próxima grande oscilação está no horizonte e quem estiver preparado pode estar diante de uma das últimas boas oportunidades de entrada antes de uma nova pernada de alta”, afirmou.

A recente sinalização de redução de tarifas entre China e Estados Unidos trouxe um alívio para o mercado financeiro global. O Ministério do Comércio da China confirmou estar aberto a negociações sobre cortes tarifários, após os EUA tomarem a iniciativa. A rápida e favorável resposta chinesa indica que ambos os lados enxergam incentivos econômicos claros para reduzir as tensões comerciais.

“A disposição da China em dialogar sugere que um acordo está próximo. Isso pode remover um obstáculo significativo para o comércio global e para ativos de risco”, afirmou Valentin Fournier, analista-chefe de pesquisa da BRN.

Segundo ele, o aquecimento no cenário macroeconômico pode beneficiar o Bitcoin e outros ativos digitais, que tendem a se valorizar em ambientes econômicos mais abertos e amigáveis ao risco.

Bitcoin análise técnica

Apesar do otimismo, os fundos de índice (ETFs) voltados para criptomoedas registraram saídas significativas após um período de forte entrada de capital. Os ETFs de Bitcoin perderam cerca de US$ 86 milhões, enquanto os de Ethereum tiveram saídas de US$ 18 milhões.

Fournier ponderou que, embora o suporte institucional de longo prazo possa enfraquecer, as instituições ainda estão acumulando ativos, ajudando a manter a escassez dos tokens ao longo do tempo. “Apesar das saídas recentes, a acumulação continua, especialmente por parte de grandes players que veem potencial de valorização no longo prazo”, destacou.

“O Bitcoin claramente liderou a recuperação, e sua dominância pode aumentar no curto prazo, especialmente se o mercado altcoin não apresentar um impulso sólido”, avaliou Fournier. No entanto, ele ressaltou que a pressão de compra institucional e corporativa permanece fraca. “Sem um suporte mais robusto, o BTC pode precisar de mais tempo para ultrapassar a marca dos US$ 100 mil”, comentou.

Os investidores aguardam com cautela a próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) para entender a posição do FED sobre a economia dos EUA e possíveis cortes nas taxas de juros. A política monetária americana continua sendo um fator crítico para o desempenho dos ativos digitais, que permanecem sensíveis às mudanças de liquidez.

“Esperamos que o mercado passe por uma fase de acumulação antes de um rompimento claro para cima. No momento, mantemos 50% em caixa, 35% em Bitcoin, 8% em Solana e 7% em Ethereum”, informou o analista. Ele ainda destacou que a expectativa é de um possível recuo do BTC para a casa dos US$ 85 mil antes de uma nova alta sustentada.

Olhando para os gráficos, Rodrigo Miranda, criador da Universidade do Bitcoin, destaca que o BTC está acumulando na base de cima dos US$ 96 mil, que é uma zona importante de aumento.

“Essa parte, essa linha de preço, é uma zona de corte. Mercado acima de US$ 93 mil, sai de uma tendência de baixa e volta para uma tendência de alta. O BTC tem alvos para US$ 98.430, US$ 99.600 e depois US$ 102 mil. Rompendo os US$ 102 mil, nós acreditamos que o mercado pode buscar US$ 124 mil. Então, para o BTC agora, para esse trimestre, ou no mais tardar, no próximo semestre, é para buscar os US$ 124 mil a US$ 142 mil”, disse.

O que esperar para maio

Em abril de 2025, o Bitcoin subiu mais de 28%. A alta representa uma melhora consistente no sentimento dos investidores e a retomada do fluxo institucional para o mercado. Em paralelo, o cenário macroeconômico global provocou forte volatilidade nas bolsas ao redor do mundo devido às idas e vindas na disputa tarifária entre EUA e China. Nos EUA, o S&P 500 chegou a despencar 15% durante o mês, refletindo a aversão ao risco por parte dos investidores enquanto enfrentam um período de políticas comerciais imprevisíveis.

“Um volume de 170.000 BTC (US$ 14 bilhões) foram movimentados por holders de médio prazo (3 a 6 meses). Apesar do risco de correções, isso gerou liquidez para o avanço dos preços e deu pistas importantes sobre a movimentação estratégica de grandes players”, disse Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio

Segundo ela, a evolução do sentimento do mercado foi clara: no início do mês o sentimento ainda marcava medo, teve uma transição gradual para ganância e atingiu o pico de 72 pontos no Fear and Greed Index no dia 22.

Assim. os ETFs Spot de Bitcoin atingiram US$ 896 bilhões em volume de negociação desde o seu lançamento em janeiro. O destaque mensal ficou com o ETF da BlackRock (IBIT) que registrou um enorme volume de negociação no dia 22, com mais de US$ 4.3 bilhões em volume.

“O aumento da atividade dos ETFs reflete o aumento da adoção institucional, que está diretamente empurrando os preços e reforçando a tese do Bitcoin como ativo de longo prazo. A Strategy ampliou sua posição em Bitcoin. No fim de março, a companhia adquiriu 22 mil BTC (cerca de US$1.92 bilhão). Suas reservas agora somam 528.185 Bitcoins”, aponta.

A analista destaca ainda que outro fator positivo que pode ter impulsionado a recuperação do Bitcoin foi a expectativa de que Trump irá suavizar as políticas tarifárias que afetam a indústria cripto. A especulação ganhou força após declarações recentes do presidente, que reforçou apoio aos negócios cripto, defendeu a auto-custódia e rejeitou a ideia de uma moeda digital controlada pelo banco central.

“Considerando um cenário mais otimista e sem surpresas ou aumento de tensões geopolíticas, o investidor pode se preparar para novas altas. Além de acompanhar os desfechos da guerra comercial, será importante estar antenado nos dados da inflação e política de juros nos EUA. Se mais cortes forem confirmados, o preço do Bitcoin pode ganhar um novo fôlego. Caso o cenário macroeconômico permaneça indefinido, podemos enfrentar mais um período de lateralização na faixa entre US$ 88.000 e US$ 95.000.

Em momentos onde a direção macro não está bem definida, mas os fundamentos do Bitcoin permanecem sólidos, a melhor estratégia é simples: exposição moderada, disciplina e visão de longo prazo. Encare as correções como oportunidades para investir mais barato. Também é importante evitar exposição desproporcional às Altcoins mais voláteis e sem bons fundamentos”, finalizou.

Portanto, o preço do Bitcoin em 07 de maio de 2025 é de R$ 554.260,86. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0018 BTC e R$ 1 compram 0,0000018 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 07 de maio de 2025, são: Stacks (STX), Litecoin (LTC) e Worldcoin (WLD), com altas de 14%, 12% e 9%, respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 07 de maio de 2025, são: Virtuals Protocol (VIRTUAL), Fartoin (FARTCOIN) e Optimism (OP), com quedas de -17%, -7 e -2% respectivamente.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil e do Caderno Baiano. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.

Fonte: CoinTelegraph
Imagem de Miloslav Hamřík por Pixabay

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