Os touros estão lutando contra os ursos pelo suporte de US$ 95 mil que, caso seja perdido pode levar o BTC a testar US$ 90 mil, nível crítico no qual muitas baleias podem aproveitar para vender
A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin BTC está cotada na manhã desta quinta-feira (13), em R$ 556.741,42. Os touros estão lutando contra os ursos pelo suporte de US$ 95 mil que, caso seja perdido pode levar o BTC a testar US$ 90 mil, nível crítico no qual muitas baleias podem aproveitar para vender, já que há uma grande média de compra em US$ 87 mil e os grandes investidores não vão querer arriscar ficar no prejuízo.
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Beto Fernandes, analista da Foxbit, destaca que havia certa esperança por parte do mercado de que a inflação norte-americana poderia vir abaixo do esperado e dar uma trégua sobre a pressão do tarifaço de Trump. Porém, o indicador veio acima do previsto, colocando pressão em praticamente todos os mercados, com a maioria operando no negativo.
Segundo ele, essa aceleração da inflação afetou o Bitcoin, com um aumento da liquidez do mercado. Apesar da queda de preços rápida e relativamente extensa, os investidores compraram o mergulho, colocando a criptomoeda de volta no positivo.
Este é um sinal de que não só há uma resiliência dentro do mercado de criptomoedas, como também pode estar acontecendo um processo de adaptação à inflação. Afinal, as apostas já eram de que o FED poderia fazer apenas um corte nas taxas este ano… E só em setembro. Então, o fato da inflação ter vindo aquecida não muda muito o que os investidores já estavam fazendo até então.
As falas de Powell no Congresso hoje tampouco trouxeram novidades. Mais uma vez, eles se esquivou de comentar o tarifaço de Trump. Entretanto, ele afirmou que o banco central deve manter sua política restritiva por mais tempo. E aí a gente volta para este cenário de que, por mais que a inflação tenha aumentado, essa projeção de não corte de juros já estava precificada, amenizando a oscilação do BTC.”, disse
Além das políticas tarifárias impulsionadas por Trump, eventos macroeconômicos mais amplos, como dados do CPI (Índice de Preços ao Consumidor) acima do esperado, fizeram os rendimentos subirem e as ações caírem.
Após o anúncio do CPI, o Bitcoin caiu temporariamente para US$ 94.000, mas atualmente está em torno de US$ 96.000. Essa dinâmica rápida de alta e baixa destaca o quão sensíveis os mercados se tornaram à incerteza macroeconômica e geopolítica. Em meio a essa incerteza, analistas apontam que o Bitcoin está se comportando mais como um ativo de risco do que como uma reserva de valor pura.
De acordo com um relatório, as taxas de financiamento do BTC permaneceram abaixo de 10% e o interesse em aberto para Bitcoin diminuiu, indicando uma menor alavancagem no mercado. O valor do Ethereum continuou a cair, enquanto os tokens relacionados à IA também foram fortemente impactados e estão com desempenho abaixo do esperado.
“Os funcionários do Federal Reserve também manifestaram preocupações sobre o potencial inflacionário das tarifas em larga escala. Embora tenham evitado vincular explicitamente essas políticas às suas futuras decisões de política monetária, os alertas são significativos. As próximas semanas serão decisivas. Se os EUA continuarem nesse caminho de imposição agressiva de tarifas sem alcançar concessões comerciais significativas, podemos ver uma inflação elevada e uma volatilidade sustentada no mercado.”, disse Agne Linge, Head of Growth da WeFi.
No entanto, Mike Ermolaev, analista cripto e fundador da Outset PR aponta que os ETFs estão comprando mais Bitcoin do que os mineradores podem produzir, sinalizando um choque de oferta que deve impulsionar o BTC para novas máximas históricas.
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“A análise do gráfico do BTC indica que a quinta e última onda está em andamento e pode estar próxima da conclusão. Neste estágio avançado do ciclo, pode ser prudente aguardar maior clareza antes de tomar novas posições. Assim, estamos próximos de uma possível reversão no Bitcoin e no mercado cripto, sinalizando para alta”, disse.
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Assim, como Ermolaev, Rafael Bonventi, analista da Bitget, destaca que a estrutura continua de bull, mas precisa ser confirmada com um movimento de cinco ondas para cima a partir da mínima recente no domingo passado.
“Se o preço romper abaixo de US$ 96.468, o próximo suporte crítico a ser observado é US$ 93.630, onde os compradores devem aparecer. Por outro lado, se continuarmos subindo, a resistência chave a ser monitorada está em US$ 99.229, e um rompimento acima dessa região pode indicar continuidade da alta. Enquanto o preço se mantiver acima de US$ 96.468, a estrutura de alta permanece intacta”, disse.
Portanto, o preço do Bitcoin em 13 de fevereiro de 2025 é de R$ 556.741,42. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0017 BTC e R$ 1 compram 0,0000017 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 13 de fevereiro de 2025, são: Sonic (S), Lido Dao (LDO) e Official Trump (TRUMP), com altas de 19%, 13% e 11% respectivamente.
Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 13 de fevereiro de 2025, são: Mantra (OM), Bitget Token (BGB) e Raydium (RAY) , com quedas de -6%, -5% e -2% respectivamente.
Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil e do Caderno Baiano. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.
Fonte: CoinTelegraph
Imagem de Eivind Pedersen por Pixabay