Os touros estão em busca de tornar US$ 87 mil como novo suporte visando romper com US$ 90 mil, no entanto, vão encontrar resistência dos ursos que pretendem uma nova queda abaixo de US$ 85 mil
A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin BTC está cotada na manhã desta terça-feira (25), em R$ 503.178,07. Os touros estão em busca de tornar US$ 87 mil como novo suporte visando romper com US$ 90 mil, no entanto, vão encontrar resistência dos ursos que pretendem uma nova queda abaixo de US$ 85 mil.
André Franco, CEO da Boost Research, destaca que parte da recuperação foi impulsionada pela Strategy, de Michael Saylor, que, com sua nova compra, agora acumula 500 mil Bitcoins.
“Tem sido um pouco da estratégia da Strategy fazer esse movimento e naturalmente aumentar a quantidade de Bitcoins no seu portfólio, que está chegando a patamar de mais de 2%, o que é muito relevante. E isso naturalmente é uma pressão compradora do Bitcoin, o que naturalmente traz uma perspectiva positiva não só para semana, mas naturalmente para os períodos seguintes”, disse.
Já Beto Fernandes, analista da Foxbit, desta que além da Strategy, o mercado reagiu bem à possibilidade de o tarifaço de Trump ser mais flexível e afetar apenas alguns produtos. Isso trouxe uma dose de certo otimismo ao mercado, que voltou para um comportamento mais comprador.
Porém, segundo ele, este alívio pode ser temporário, já que ainda há muitos ruídos na forma como Donald Trump tem se posicionado com a economia do país. E, até agora, o mercado não conseguiu separar quais discursos podem, de fato, se tornar uma ação.
Fernandes também aponta que os dados fracos do PMI industrial norte-americano hoje mostram que o setor está encolhendo. A indústria é um pilar importante no combate à inflação. Em tese, isso pode exigir uma ação mais assertiva do FED para o corte de juros, o que tende a favorecer investimentos de risco.
“O problema é que apostar em um corte de juros é bastante arriscado. Afinal, a taxa de desemprego nos EUA é relativamente baixa. Reduzir as taxas tende a aumentar o volume de contratação. Como consequência, também cresce o consumo e a inflação. Se de um lado isso pressiona o mercado de trabalho, pelo outro tende a facilitar a vida do mercado financeiro”, disse.
Análise gráfica preço do Bitcoin
Olhando para os gráficos, Rodrigo Miranda, criador da Universidade do Bitcoin, destaca que o BTC deve buscar US$ 92 mil.
“O Bitcoin buscou o nosso primeiro alvo, que seria o topo do canal na base de US$ 81.800 mil a US$ 89 mil. Conforme a nossa análise de uma semana atrás, o BTC estava segurando o preço entre US$ 79 mil e US$ 80 mil.
O SP&500 também parou num ponto importante de Fibonacci e isso fez com que o SP&500 fizesse um repique, fizesse um pullback e com isso o Bitcoin também subisse e fizesse um pullback. Próximos alvos agora do SP&500 está na base de 6 mil pontos e do BTC na base de US$ 92 mil”, disse Rodrigo Miranda, criador da Universidade do Bitcoin.
Kais Altabbaa, gerente de negócios da Bitget, destaca que analisando os indicadores técnicos, as Médias Móveis de 50 e 200 períodos estão convergindo, sugerindo uma possível alta no longo prazo. Além disso, o RSI indica uma posição neutra, sem sinais claros de sobrecompra ou sobrevenda.
“O histograma do MACD mostra uma leve diminuição no momentum de alta, o que pode sinalizar uma possível reversão de tendência. Considerando o cenário atual, podemos ver uma possível correção no curto prazo que pode levar o preço até região dos US$ 73.000. No entanto, a perspectiva de longo prazo permanece positiva”, disse.
Já Pedro Gutiérrez, diretor Latam da CoinEx, destaca que com a alta o BTC acaba de recuperar a média móvel de 200 dias (MA200) em ~85.000 e agora está testando a média móvel exponencial de 50 dias (EMA50) em ~89.000—um ponto de confluência de resistência crucial.
Segundo ele, essa tentativa de rompimento ocorre com volume de suporte e uma estrutura de Bandas de Bollinger mais estreitas, indicando uma possível expansão da volatilidade. A Nuvem de Ichimoku também volta a ser relevante: o preço está tentando reentrar na Kumo (nuvem), o que sinaliza uma transição de uma estrutura baixista para um cenário potencialmente neutro/altista.
“Se o BTC fechar acima de 89.000, o sentimento pode se inverter e abrir caminho para um ataque à próxima grande resistência entre 92.000–95.000, onde se encontram níveis anteriores de rejeição e uma forte barreira na nuvem.
O MACD, apesar de ainda estar abaixo da linha zero, está curvando para cima e pode formar um cruzamento altista, sugerindo um crescimento de momentum que apoia mais valorização no curto prazo. No entanto, se BTC falhar em romper a zona dos 89.000–90.000, poderemos ver um novo reteste da MA200 em 85.000, e correções mais profundas poderiam levar o preço de volta à zona de suporte entre 78.000–80.000″, afirma.
Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, aponta que se houver continuidade da alta, o preço do Bitcoin poderá buscar a resistência dos US$ 88.620 e se superada essa resistência, o próximo alvo de médio prazo será a região de liquidez dos US$ 94.840.
“Caso o preço do Bitcoin não supere as resistências acima citadas, o ativo poderá buscar os suportes de curto e médio prazo nas faixas de preços de US$ 84.225 e US$ 83.020”, disse.
Para o Ethereum, ela aponta que se o preço do ativo superar a resistência acima citada, o próximo alvo está na região de liquidez dos US$ 2.500. No entanto, se houver força vendedora revertendo o movimento, o Ethereum poderá buscar os suportes de curto e médio prazo nas faixas de preços de US$ 1.980 e US$ 1.830.
Segundo a analista, o destaque da semana vai para a Render, que entre os dias 13 e 24 de março teve uma valorização de 37.68%. A Render deixou de ser negociada por US$ 2.84 e atingiu a máxima de US$ 3.91 no período acima citado.
“Ao analisar o fluxo, é possível observar que há bastante força compradora, o que sugere que o movimento poderá dar continuidade até a resistência nas faixas de preços dos US$ 3.98 e IS$ 4.29.Os suportes de curto e médio prazo estão nas áreas de valor dos US$ 3.56 e US$ 3.21”, afirma.
Portanto, o preço do Bitcoin em 25 de março de 2025 é de R$ 503.178,07. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0019 BTC e R$ 1 compram 0,0000019 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 25 de março de 2025, são: Cronos (CRO), Berachain (BERA) e Story (IP) com altas de 28%, 13% e 9% respectivamente.
Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 25 de março de 2025, são: Kaspa (KAS), Hyperliquid (HYPE) e Official Trump (TRUMP) com quedas de -5%, -4% e -3,9% respectivamente.
Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil e do Caderno Baiano. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão
Fonte: CopinTelegraph
Imagem: Bitcoin Stock photos by Vecteezy
