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BTC mantém alta de 3%, fica firme em US$ 102 mil e traders aguardam nova máxima histórica

Os touros estão animados e buscando manter US$ 102 mil como novo suporte para impulsionar o BTC rumo a uma nova máxima histórica acima de US$ 109 mil

A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin BTC está cotada na manhã desta sexta-feira (09) em R$ 585.995,89. Os touros estão animados e buscando manter US$ 102 mil como novo suporte para impulsionar o BTC rumo a uma nova máxima histórica acima de US$ 109 mil.

Bitcoin análise macroeconômica

André Franco, CEO da Boost Research, afirmou que os mercados globais registraram ganhos impulsionados por um acordo comercial entre os EUA e o Reino Unido, além das novas medidas de estímulo econômico anunciadas pelo Bank of England.

Nesse cenário, o dólar se manteve resiliente frente ao iene, o que beneficiou os principais índices japoneses. Além disso, o petróleo avançou, enquanto o ouro registrou sua terceira queda consecutiva, sinalizando uma menor demanda por ativos de proteção.

“Já o Bitcoin, por sua vez, teve uma disparada de preço, superando os US$ 103.000, impulsionado pelo aumento do apetite por ativos de risco, estimulado pelas medidas de estímulo econômico de algumas das principais economias globais. Para o curto prazo, o cenário segue positivo para o Bitcoin, desde que o otimismo com os estímulos e os avanços nas negociações comerciais continue prevalecendo”, destaca.

Beto Fernandes, analista da Foxbit, afirma que houve uma grande euforia em todo o mercado, com o Bitcoin tendo muito a comemorar depois do rompimento dos US$ 100 mil, já que o valor não era visto desde fevereiro deste ano.

Segundo ele, os gatilhos para a alta eram conhecidos, mas faltava alguém apertar o botão. No caso, um singelo movimento de flexibilização do tarifaço já foi capaz de trazer o bom humor ao mercado novamente.

Logo pela noite, o otimismo veio com o anúncio “misterioso” de Trump, que se consolidou em um acordo comercial com o Reino Unido. Mais cedo, ele indicou também que as taxas à China não devem passar dos 145%, além de se dizer esperançoso para uma resolução entre norte-americanos e chineses no final de semana.

“Se o discurso se tornar prática, podemos, sim, ver um otimismo cada vez mais generalizado nos mercados, o que pode impactar de forma bastante positiva o Bitcoin. Entretanto, não é exatamente o que a história nos conta. Afinal, Trump já voltou atrás em suas decisões diversas vezes, e separar narrativa de fato tem sido uma proteção importante para os investidores.

Por isso, é importante acompanhar como essas próximas reuniões e até mesmo a própria postura de Donald Trump vão se apresentar. Como vimos recentemente, a volatilidade pode ser alta, e é bom estar preparado para ela”, afirma.

Além disso, a recente decisão do Escritório do Controlador da Moeda dos EUA (OCC) de permitir que bancos nacionais comprem, vendam e custodiem criptoativos por meio de terceiros marca uma virada histórica na aceitação institucional das criptomoedas. Essa medida representa uma clara mudança de postura em relação às restrições anteriores e reforça a integração dos ativos digitais ao sistema financeiro tradicional.

“Essa orientação regulamentar elimina as incertezas que impediam muitas instituições financeiras de se envolverem diretamente com criptomoedas. Agora, os bancos têm uma base jurídica clara para atuar no mercado cripto, o que deve impulsionar a adoção mainstream”, afirmou Valentin Fournier, analista-chefe de pesquisa da BRN,.

Essa mudança ocorre em um momento de alta para os criptoativos. Na última sessão, o Bitcoin (BTC) registrou alta de 4,2%, atingindo US$ 103.750 e superando novamente a marca psicológica dos US$ 100 mil. O Ethereum (ETH) destacou-se com um avanço impressionante de 18%, atingindo US$ 2.250 — sua melhor performance diária em mais de um ano. Enquanto isso, o Solana (SOL) subiu 8,6%, embora ainda atrás do desempenho do Ethereum.

Segundo Fournier, o aumento de preço foi impulsionado não apenas pela regulamentação, mas também por eventos locais, como a decisão de New Hampshire de adicionar Bitcoin às suas reservas.

“O mercado já vinha se fortalecendo, mas a decisão do OCC foi o catalisador necessário para um verdadeiro rompimento de resistência. Isso traz novos compradores, especialmente agora que as instituições possuem clareza regulatória”, explicou o analista.

Bitcoin análise técnica

Rodrigo Miranda, criador da Universidade do Bitcoin, aponta que o BTC rompeu os US$ 98.500, e agora precisa calçar o preço para se manter acima dos US$ 102 mil.

“Se ele conseguir se manter acima desses US$ 102 mil, US$ 103 mil, possivelmente veremos o BTC buscando a máxima histórica, e, rompendo a máxima histórica, nosso alvo é US$ 124 mil, como dito nas análises anteriores. Nosso alvo é para US$ 124.000 nesse trimestre, ou, mais tardar, início do semestre que vem. Nosso alvo BTC para 2025 está entre US$ 148 a US$ 156 mil. “, disse.

Ele também afirma que o Ethereum tem alvos para US$ 6.700 a US$ 7.200 nos próximos meses, e, no ponto de compra, entre US$ 2.100 e US$ 2.200, é uma ótima zona de compra para que os investidores possam acumular Ethereum.

Apesar do forte movimento de alta, os fluxos institucionais ainda não acompanharam totalmente os preços. O Bitcoin registrou entrada de US$ 117 milhões, enquanto o Ethereum apresentou saída de US$ 16 milhões. Valentin Fournier, analista-chefe de pesquisa da BRN, observou que isso não significa falta de interesse.

“O aumento dos volumes de negociação sugere que os investidores estão ponderando entre seguir a tendência atual ou esperar por uma correção. A clareza regulatória, no entanto, pode manter o impulso de alta, mesmo sem grandes fluxos de ETFs”, acrescentou.

Com os bancos dos EUA agora autorizados a negociar criptoativos, a expectativa é que o setor financeiro tradicional fortaleça seus laços com o universo das criptomoedas. Para Fournier, isso pode abrir caminho para novos picos de preço.

“O próximo alvo técnico para o Bitcoin é a máxima histórica de US$ 108.786. Se a adoção bancária se consolidar, podemos ver um movimento significativo para cima”, projetou.

Além disso, a posição dos ativos no portfólio da BRN reflete esse otimismo:

  • Caixa: 15%
  • BTC: 40% (Rompeu resistência, máxima histórica no radar)
  • SOL: 25% (Movimento forte, com potencial para alcançar o ETH)
  • ETH: 20% (Movimento explosivo; risco de correção no curto prazo)

Capital novo no mercado

O indicador “30-Day Capital Rotation (%)”, que mede a participação do capital realizado a partir de moedas “novas” (com menos de um mês de idade) em relação ao capital total realizado nos últimos 30 dias, registrou um nível de 16,7%. Isso indica que 16,7% das moedas vendidas recentemente mudaram de mãos para novos proprietários.

De acordo com Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, esse valor representa uma entrada constante de capital fresco no mercado, sem sinais de excesso especulativo.

“Quando o indicador atinge picos próximos a 35%, como em ciclos anteriores, vemos fases de especulação intensa e rápidas altas de preço. O atual patamar indica um fluxo saudável, sem a euforia característica de movimentos maníacos”, destacou Aragão.

O nível atual está distante do auge registrado em janeiro de 2021, quando o indicador atingiu 53%, refletindo um cenário de euforia especulativa desenfreada. Naquele período, os investidores se lançaram de maneira desenfreada ao mercado, comprando moedas recém-adquiridas e promovendo rápidas valorizações.

Segundo Aragão, o cenário atual é positivo para o mercado de criptomoedas, pois sugere um aumento gradual no interesse sem a presença de picos emocionais. “O mercado está absorvendo capital novo de forma equilibrada, o que pode indicar uma base mais sólida para futuras valorizações”, afirmou o analista.

Esse movimento é interpretado como um sinal de maturidade do mercado, indicando que os investidores estão entrando gradualmente, evitando o comportamento especulativo que historicamente leva a correções abruptas.

“O crescimento constante, sem euforia exagerada, tende a criar condições mais sustentáveis para o mercado cripto a médio e longo prazo”, concluiu Paulo Aragão.

Bitcoin e não ouro

Mike Ermolaev, analista e fundador da Outset PR, explica que o cenário atual não favorece o ouro.

“O otimismo crescente em relação aos acordos comerciais está enfraquecendo o apelo do ouro como ativo de proteção. Quando o mercado percebe perspectivas positivas para o comércio global, há uma natural migração para ativos de maior rendimento”, destacou Ermolaev.

Enquanto o ouro enfrenta quedas consecutivas, o Bitcoin segue em trajetória de alta, registrando um retorno mensal de 29,57%. Segundo Ermolaev, o movimento de valorização da criptomoeda reflete a busca por ativos digitais como alternativa às incertezas econômicas tradicionais.

“O Bitcoin continua a se beneficiar do apetite por risco dos investidores, enquanto o ouro perde espaço em meio às expectativas otimistas do comércio internacional”, analisou o especialista.

Esse contraste entre a queda do ouro e a ascensão do Bitcoin reforça o movimento de rotação de ativos no mercado financeiro, com os investidores buscando alternativas mais lucrativas diante de um cenário econômico global que começa a dar sinais de estabilização.

“Se as negociações entre EUA e China avançarem positivamente, é provável que o ouro continue sob pressão, enquanto o Bitcoin poderá manter seu ritmo de valorização”, concluiu Ermolaev.

Portanto, o preço do Bitcoin em 09 de maio de 2025 é de R$ 585.995,89. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0017 BTC e R$ 1 compram 0,0000017 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 09 de maio de 2025, são: Pepe (PEPE), Virtuals Protocol (VIRTUAL) e Wrapped stETH (WSTETH), com altas de 41%, 25% e 20%, respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 09 de maio de 2025, são: Bitcoin Cash (BCH), Leo Token (LEO) e Nexo (NEXO), com queda de -0,9%, -0,2% e -0,1% respectivamente.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil e do Caderno Baiano. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão

Fonte: CoinTelegraph
Foto: Pexels

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