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BTC mantém movimento lateral em US$ 108 mil sinalizando rompimento

Criptomoeda opera com baixa volatilidade; analistas apontam influência do cenário macro, ETFs recordes e possível rotação para altcoins

A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin BTC está cotada na manhã desta quinta-feira (29) em R$ 621.589,39. O BTC mantém a negociação lateral que tem se firmado nesta semana e, com isso sinaliza um rompimento que deve estar ligado a um novo catalisador no cenário macroeconômico.

Bitcoin análise macroeconômica

André Franco, CEO da Boost Research, afirma que os mercados globais reagiram positivamente após um tribunal federal dos EUA bloquear as tarifas de importação propostas pelo presidente Donald Trump, conhecidas como “tarifas do Dia da Libertação”.

A decisão judicial, que considerou que Trump excedeu sua autoridade ao impor tarifas generalizadas, impulsionou as ações asiáticas e os mercados futuros de Wall Street. O dólar americano também se fortaleceu frente a moedas consideradas refúgios seguros, como o iene japonês e o franco suíço.

Enquanto isso, o Bitcoin manteve-se relativamente estável, com uma leve queda de 0,44% no dia, refletindo a perda momentânea de atratividade como reserva alternativa diante do fortalecimento do dólar. Ainda assim, a tendência de curto prazo se torna levemente positiva, impulsionada pelo alívio nos mercados tradicionais e por um apetite momentâneo por ativos de risco — cenário que pode se reverter rapidamente caso a equipe de Trump recorra da decisão judicial que bloqueou as tarifas do Dia da Libertação.

Para Beto Fernandes, analista da Foxbit, o atual movimento do BTC segue o dilema da taxa de juros norte-americana. De um lado, Trump segue com seu vai e volta tarifário, enquanto o FED começa a enxergar riscos para uma alta da inflação e aumento do desemprego.

Isso pressionou o clima sobre os investidores, que não sabem ao certo para qual direção as políticas de Trump vão levar a economia do país. Como consequência, isso acaba diminuindo as percepções de corte de juros e afastando os players do maior risco.

Ao mesmo tempo, o mercado sabe que o BTC não só bateu a máxima histórica, como corrigiu menos de 5% no período. Isso deixa um sinal amarelo ligado, já que uma realização de lucros mais extensa ainda pode acontecer, mesmo que os ETFs e a demanda das baleias continue agressiva.Como houve uma demanda muito forte entre abril e maio, o investidor vai ter que ficar de olho sobre o quanto esse fôlego ainda vai permitir novas máximas no curto prazo. Caso contrário, será preciso esperar o mercado se reajustar.”, disse.

Além disso, as atas do FOMC de 28 de maio mostraram um tom mais hawkish do que o mercado esperava, destacando preocupações com a inflação persistente e o aumento do desemprego, avaliou Valentin Fournier, analista-chefe de pesquisa da BRD.

“O tom cauteloso do Fed, combinado com incertezas sobre tarifas e riscos de recessão, reduziu as expectativas de cortes iminentes nos juros – alimentando uma pressão de curto prazo sobre ativos de risco.” aponta;

Apesar disso, Fournier destaca que o Bitcoin segue beneficiado por sua posição como ativo de proteção e reserva de valor de longo prazo.

“A adoção corporativa continua sólida, com mais empresas alocando reservas em BTC. No entanto, ações como Trump Media (–24%) e Gamestop (–11%) recuaram após anunciar compras de Bitcoin, em grande parte por entrarem próximo às máximas históricas – o que levanta dúvidas quanto ao retorno de curto prazo.”

Bitcoin análise técnica

Sobre os ETFs, ele pontua que os fluxos seguem positivos mesmo com uma reação contida do mercado: “Os ETFs de BTC registraram US$ 433 milhões em entradas, enquanto os de ETH somaram US$ 85 milhões. A dinâmica esfriou, mas vemos liderança emergindo em algumas altcoins.”

O analista ainda comentou sobre o desempenho geral do mercado: “A capitalização total cripto se manteve praticamente estável em US$ 3,43 trilhões (–0,03%), com performance mista entre os principais ativos. O BTC caiu 0,9% para US$ 107.700, enquanto o ETH subiu 3,52% para US$ 2.720. Já o SOL recuou 1,1% para US$ 172.”

Fournier observou também sinais de rotação no mercado: “TON subiu 9% e diversos tokens de segunda camada avançaram 5%, o que indica uma fase de realocação de lucros em andamento.”

Por fim, ele conclui com a visão estratégica do time: “Apesar dos obstáculos de curto prazo, os catalisadores de longo prazo – como acumulação institucional e regulações futuras – seguem relevantes. Mantemos uma forte exposição em Bitcoin, com leve redução no risco das altcoins.”

Posicionamento atual indicado pelo analistaCaixa: 10%BTC: 85% – Narrativa dominante; apoiado por fluxos e atividade institucionalETH: 10% – Potencial de alta com novo impulsoSOL: 5% – Exposição de alta volatilidade; em revisão para possível ajuste

Já o analista-chefe da Coinext, Taiamã Demaman, destaca que o mercado de Bitcoin segue mostrando força, especialmente no segmento futuro. O Long/Short Ratio, que mede a proporção entre posições compradas e vendidas no mercado de derivativos, permanece abaixo de 1 desde abril, atualmente em 0,58,  o que mostra que muitos traders ainda apostam na queda, mesmo com o BTC acima de US$110 mil. Isso indica que há espaço para liquidações caso a pressão compradora continue. E com o Open Interest em alta, esse movimento pode se intensificar.

Ao mesmo tempo, os ETFs à vista atingiram US$44,495 bilhões em alocações, um novo recorde que reafirma a força do fluxo institucional como principal motor da atual valorização. Por outro lado, é preciso considerar a oferta real de BTCs no mercado. Incluindo os ativos sob custódia dos ETFs e os fundos liberados da Mt. Gox, estima-se mais de 2,8 milhões de unidades em circulação ativa, o que reduz a percepção de escassez”, disse.

Segundo Demaman, no mercado de opções, US$10,19 bilhões vencem em 30 de maio. O “max pain”, nível de maior prejuízo aos compradores, subiu para US$98 mil, o que limita o risco imediato, mas exige atenção à volatilidade. Ainda assim, o equilíbrio entre fluxo institucional, estrutura técnica e liquidez reforça que o cenário segue construtivo para novas altas.

“Do ponto de vista técnico, o suporte em US$106 mil segue como referência. Projeções indicam alvos entre US$116 mil e US$122 mil, mas uma quebra do atual suporte pode abrir espaço para recuo até US$101 mil.”, afirmou.

Altseason está chegando

Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, afirma que a fórmula da Altseason está em modo de espera, carregando.

“Para ter uma altseason precisamos de três coisas: BTC lateralizado, liquide e momentum. O BTC começa a dar sinais de lateralização com um suporte forte em US$ 100 mil mas na liquidez ainda há muitas dúvidas sobre as políticas de Trump e os rumos dos juros nos EUA, atrapalhando também o momentum. Então, logo que o cenário ficar mais claro as definições do mercado devem apontar para uma alta moderada no Bitcoin e uma forte valorização em alts”, afirma.

Olhando para a Solana, Mike Ermolaev, destaca que está observando um cenário de alta no curto prazo. Segundo ele, o gráfico ainda pode ser interpretado de duas formas, mas com uma relação risco/retorno decente, há uma oportunidade real de alta.

“No meu caso, estou favorecendo um pequeno recuo no curto prazo, seguido por um impulso altista mais forte. Vou me posicionar de acordo com essa expectativa”, completou.

Portanto, o preço do Bitcoin em 29 de maio de 2025 é de R$ 621.589,39. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0016 BTC e R$ 1 compram 0,0000016 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 29 de maio de 2025, são: SPX6900 (SPX), Toncon (TON) e Pepe (PEPE), com altas de 12%, 9% e 7% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 29 de maio de 2025, são: Fartcoin (FARTCOIN), Pi Network (PI) e XDC Network (XDC), com quedas de -5%, -4% e -3%.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil e do Caderno Baiano. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.

Fonte: CoinTelegraph
Imagem de Christopher Muschitz por Pixabay

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