Os touros estão lutando para manter o suporte de US$ 95 mil e impedir uma queda ainda maior para o preço do BTC. que já acumula uma queda de 2% no dia
A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin BTC está cotada na manhã desta quarta-feira (12) em R$ 555.385,69. Os touros estão lutando para manter o suporte de US$ 95 mil e impedir uma queda ainda maior para o preço do BTC, que já acumula uma queda de 2% no dia.
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Beto Fernandes, analista da Foxbit, afirma que no caso da macroeconomia, não houve nenhum dado muito relevante, mas Powell discursou no Congresso e se esquivou bastante de assuntos polêmicos envolvendo Donald Trump e voltou a reafirmar que o FED pode cortar os juros, caso o mercado de trabalho se enfraqueça. Entretanto, ele demonstrou também que não há pressa para flexibilizar a política monetária, mantendo o estado de incerteza dentro do mercado.
Segundo Fernandes, essa incerteza afastou o investidor de risco do mercado, que colocou as bolsas no zero a zero, mas levou o ouro a uma nova máxima histórica. Com isso, o capital, que poderia estar fluindo para o Bitcoin, por exemplo, foi destinado a um ativo considerado de maior segurança.
“Mas para além da macroeconomia, tivemos também especulação interna, sobre uma possível venda de BTCs alocados nas reservas da Binance. Apesar de isso ter sido desmentido pela corretora, houve receios de que esse movimento gerasse uma liquidez em cascata e empurrasse ainda mais a criptomoeda para baixo”, disse.
Para o analista, a expectativa fica, agora, para um novo ciclo de choque entre oferta e demanda, já que o número de Bitcoins depositados nas exchanges é de 2,5 milhões de unidades. Este número equivale à mínima dos últimos três anos, mostrando que o HODL tem sido uma atividade intensa neste ciclo.
“Com menos BTCs nas exchanges, as chances de um sell-off muito rápido é menor, restando apenas negociações via OTC ou peer-to-peer, o que leva um certo tempo para refletir no preço do ativo”, destaca.
Bitcoin luta para não cair
Já Israel Buzaym, diretor de comunicação e especialista em cripto do Bitybank, destaca que nesta semana, os investidores globais estarão atentos a uma série de indicadores econômicos dos Estados Unidos, que podem influenciar diretamente os mercados financeiros e ativos de risco.
Buzaym, afirma que o principal destaque será a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) nesta quarta-feira, 12 de fevereiro, um dos termômetros mais relevantes para medir a inflação no país. Na quinta-feira, 13 de fevereiro, serão apresentados o Índice de Preços ao Produtor (PPI) e os pedidos iniciais de seguro-desemprego, dados que ajudam a compreender a dinâmica da economia americana.
“Esses números são fundamentais para definir os próximos passos da política monetária do Federal Reserve. Caso o banco central sinalize um aumento nas taxas de juros, os mercados de renda variável, incluindo criptomoedas, podem sofrer quedas significativas. Se a decisão for pela manutenção, o impacto tende a ser neutro ou ligeiramente positivo, enquanto uma redução nos juros poderia impulsionar fortemente o apetite por ativos de risco”, disse.
Segundo ele, no setor cripto, há novidades relevantes que podem influenciar os preços e a adoção de longo prazo. O Ethereum se prepara para testar a atualização ‘Pectra’ em suas redes de teste Holesky e Sepolia, trazendo melhorias focadas em carteiras e validadores, o que deve aumentar a segurança e eficiência da rede.
O analista afirma que essas atualizações podem ajudar o token ETH a performar melhor, uma vez que tem sido um dos piores criptoativos nas últimas duas semanas após as liquidações-recorde. Já a Solana segue em evidência, consolidando-se como uma das principais plataformas para aplicações descentralizadas e finanças digitais, com transações rápidas e custos reduzidos. O token SOL tem performado bem e é uma ótima opção convexa para investidores iniciantes, com grande potencial de valorização.
“Diante desse cenário, o mercado de criptomoedas deve continuar apresentando alta volatilidade, à medida que os investidores avaliam os impactos das decisões econômicas globais e os avanços tecnológicos nas principais redes blockchain. Permanecer atento a esses fatores será essencial para quem busca aproveitar as oportunidades e mitigar os riscos”, afirma.
Para a analista Lorena Almada, fevereiro registrou uma das maiores saídas de bitcoins das exchanges desde novembro de 2022, 47.331,9 BTC -avaliados em aproximadamente US$ 4,6 bilhões.
“Cerca de 67% desse montante saiu do mercado de derivativos, o que reduziu drasticamente a volatilidade no preço do Bitcoin”, disse.
O analista e fundador da Outset PR, Mike Ermolaev, destaca que o preço realizado das novas baleias está em torno de US$ 89,2 mil, que é essencialmente o nível de suporte mais forte para a consolidação atual.
“Portanto, qualquer sinal de uma queda perto de US$ 90 mil será um alerta para o mercado, pois é improvável que grandes players que compraram BTC a esse preço vendam com prejuízo e, ao sinal de uma movimento de baixa próximo a este suporte deve desencadear uma onda de liquidação que pode levar o preço do Bitcoin abaixo de US$ 85 mil”, disse.
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Rodrigo Miranda, criador da Universidade do Bitcoin, afirma que nesse momento o Bitcoin está com baixa liquidez e com baixa volatilidade e está encontrando uma grande resistência na base dos US$ 98.500. O mercado precisa superar esse preço de US$ 98.500 para buscar novos alvos. O mesmo continua lateral entre US$ 92 mil e US$ 93 mil como zona de compra ou suporte e resistência, US$ 99.500 a US$ 100 mil.
“O comportamento que o Bitcoin está tendo nesse exato momento é um comportamento parecido que ele fez em 2024 e 2023. Após uma grande pernada de alta, ele lateraliza, e isso faz com que o varejo, a pessoa física perca a paciência. Mas o Bitcoin está numa zona de acumulação para daqui a pouco fazer novas altas. Indicamos os investidores que tenham paciência e acumulem o máximo possível de Bitcoin e ativos que são mais consolidados e têm grande potencial de alta, como Ethereum, Solana, Chainlink, Aave e Uniswap”, disse.
Correção ainda mais profunda
O Bitcoin (BTC) pode enfrentar uma correção mais profunda nas próximas semanas, com possibilidade de formação de fundo em torno do dia 25 de fevereiro, de acordo com a análise do especialista Fábio B. Zampirão. Utilizando as técnicas de D.W. Gann, o analista aponta que se o BTC perder a região de US$ 94.500, pode buscar 50% da última onda como suporte.
“Se perder US$ 94.500 deve ir até 50% da última onda pelo menos, e por volta do dia 25/02 fazer fundo.”, afirma Zampirão.
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A análise também destaca um ponto crítico no S&P 500, relacionado a um preço de importância que pode influenciar os mercados, incluindo o Bitcoin. Um detalhe relevante é que a parte amarela do gráfico, que representa um possível fundo, foi projetada após a publicação original feita em 2 de fevereiro de 2024.
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Portanto, o preço do Bitcoin em 12 de fevereiro de 2025 é de R$ 555.385,69. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0018 BTC e R$ 1 compram 0,0000018 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 12 de fevereiro de 2025, são: BNB (BNB), OKB (OKB) e Sonic (S), com altas de 2%, 0,7% e 0,6% respectivamente.
Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 12 de fevereiro de 2025, são: Ethena (ENA), Celestia (TIA) e Kaspa (KAS), com quedas de -11%, -10% e -9% respectivamente.
Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil e do Caderno Baiano. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.
Fonte: CoinTelegraph
Imagem de Gerd Altmann por Pixabay