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BTC rompe com sequência de alta e volta par US$ 92 mil com queda de 1%

Os touros não conseguiram segurar o BTC acima de US$ 94 mil, mostrando que o nível pode ser uma importante resistência no curto prazo e, com isso, o preço do Bitcoin voltou para US$ 92 mil com uma queda de 1%.

A principal criptomoeda do mercado, o BitcoinBTC está cotada na manhã desta quinta-feira (24) em R$ 530.805,96. Os touros não conseguiram segurar o BTC acima de US$ 94 mil, mostrando que o nível pode ser uma importante resistência no curto prazo e, com isso, o preço do Bitcoin voltou para US$ 92 mil com uma queda de 1%.

“Outro ponto a se destacar é a performance de várias altcoins, com destaque para a SUI, crescendo mais de 20%, juntamente com todos os ativos do seu ecossistema, e para a AERO, que é a principal Exchange descentralizada na rede da Base, crescendo mais de 15%”, aponta Caio Villa, CIO da Uniera.

Beto Fernandes, analista da Foxbit, destaca que não houve grandes gatilhos macroeconômicos, o que favoreceu uma pausa para o desempenho do Bitcoin. Já foram quatro dias de altas consecutivas, somando mais de 11% de ganhos, um fluxo de capital forte para os ETFs mais uma vez. 

“E apesar de a realização de lucros não estar necessariamente acontecendo agora, o apetite foi reduzido. Com isso, o BTC se direciona para um zero a zero, esperando se os investidores vão comprar mais ou vender suas posições. Em determinado momento do dia, o mercado até chegou a especular um pouco sobre os dados prévios dos PMIs norte-americanos, que mostraram um salto da indústria, mas uma retração do setor de serviços. Esse “desalinhamento” mantém as preocupações dos investidores com a saúde econômica dos Estados Unidos”, disse.

Rodrigo Miranda, criador da Universidade do Bitcoin, destaca que nos níveis de US$ 94 mil e, possivelmente, US$ 96 mil, os touros devem encontrar muita resistencia, pois foi exatamente a ruptura deles que levou o mercado para o fundo do ano em US$ 73 mil.

“Então, entre US$ 94 mil até US$ 96 mil, é uma zona de muita realização e de muita defesa. E a gente continua acreditando agora que o BTC, para ele buscar os alvos do US$ 98 mil, US$ 100 mil, ele podia se manter, se sustentar acima dos US$ 92.500/ US$  93 mil. Se ele conseguir acumular dentro dessa zona de preço, possivelmente ele vai buscar nos próximos dias US$ 98 mil a US$ 100 mil”, disse.

Análise Bitcoin

Mesmo com o entusiasmo crescente de investidores institucionais, o mercado de criptoativos começa a mostrar sinais de fadiga. Na terça-feira (23), os fundos de índice (ETFs) de Bitcoin registraram entradas de US$ 917 milhões, aproximando-se da simbólica marca de US$ 1 bilhão em um único dia, segundo dados compilados pelo analista-chefe da BRN, Valentin Fournier.

“Estamos vendo uma demanda institucional muito sólida, que reforça nossa tese de alta estrutural para o setor”, afirmou Fournier. “Mas é evidente que os preços não estão acompanhando esse fluxo, o que nos leva a crer que o mercado entrou em uma fase de consolidação.”

Enquanto o Bitcoin recuou 1,3% e o Ethereum caiu 1,2%, outras criptos como Solana sofreram perdas mais expressivas, com queda de 2% no dia. No total, o valor de mercado dos ativos digitais caiu 1%, mesmo diante dos dados otimistas sobre o interesse institucional.

Fora do universo dos ativos mais consolidados, as memecoins políticas também chamaram atenção. O token TRUMP, inspirado na figura do ex-presidente dos EUA, saltou 30% após um anúncio inusitado: os 220 maiores detentores do ativo receberão convites para um jantar exclusivo promovido por apoiadores da campanha de Trump.

“Esse tipo de utilidade simbólica costuma atrair especuladores e sinaliza um apetite de risco elevado por parte dos investidores, o que muitas vezes precede movimentos voláteis ou correções pontuais”, alertou Fournier.

O principal ponto de atenção, segundo o analista, está na divergência entre a entrada maciça de capital via ETFs e o desempenho lateral dos preços. Fournier acredita que isso sugere uma pressão vendedora vinda do varejo e realização de lucros após uma forte alta.

“É provável que estejamos no início de uma correção saudável, antes que o mercado retome um ciclo de aceleração ainda mais intenso. O suporte em torno de US$ 93.500 se tornou uma barreira clara”, explicou.

Diante desse cenário, a equipe de análise liderada por Fournier mantém uma exposição reduzida ao mercado de criptoativos, com 60% alocados em caixa. A estratégia inclui posição sobreponderada em Bitcoin, neutralidade em Solana e posição subponderada em Ethereum, considerada esticada após os últimos ganhos.

“Seguimos otimistas no longo prazo, mas estamos aguardando pontos de entrada melhores diante da possível correção”, concluiu o analista.

Bitcoin pode continuar subindo

Segundo a especialista Sarah Uska, do Bitybank, apesar da queda o BTC está mantendo o suporte de US$ 90 mil, fundamental para romper e se manter acima da resistência de US$ 94 mil, caso o otimismo de curto prazo se mantenha.

“Há um movimento claro de valorização impulsionado pela melhora no apetite por risco e pelas sinalizações de abertura dos EUA para negociações com a China”, destacou Uska. “O Bitcoin se fortalece nesse cenário como uma reserva de valor em tempos geopolíticos menos tensos.”

Além da movimentação do BTC, o panorama político nos Estados Unidos também vem influenciando os mercados. O presidente Donald Trump defendeu cortes imediatos nos juros, enquanto Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, prefere aguardar os impactos das tarifas. A tensão entre os dois provocou uma queda no dólar e reacendeu o interesse por ativos não fiduciários, como Bitcoin e ouro, que atingiu seu pico histórico.

“A confiança nas instituições está sendo abalada, o que tradicionalmente leva os investidores a buscar alternativas fora do sistema financeiro tradicional”, explicou a analista.

Uma pesquisa recente da EY apontou que 83% dos investidores institucionais planejam aumentar sua exposição a criptoativos até 2026, durante a gestão Trump. A empresa de Michael Saylor, por exemplo, comprou 6.556 bitcoins por US$ 555 milhões, reforçando essa tendência.

“Esse movimento indica maturação do mercado cripto, que começa a ser integrado de forma mais estratégica às carteiras institucionais”, afirmou Uska. “Combinado a avanços regulatórios, o setor pode atingir um novo nível de legitimidade e estabilidade.”

Portanto, o preço do Bitcoin em 24 de abril de 2025 é de R$ 530.805,96. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0018 BTC e R$ 1 compram 0,0000018 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 24 de abril de 2025, são: Official Trump (TRUMP), Pol (POL) e Sui (SUI), com altas de 30%, 7% e 3% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 24 de abril de 2025, são: Immutable X (IMX), Bonk (BONK) e Pepe (PEPE) com quedas de -12%, -11 e -7% respectivamente.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil e do Caderno Baiano. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.

Fonte: CoinTelegraph
Foto: Pexels

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