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BTC tenta acalmar traders e manter seu valor acima de US$ 81 mil

Os touros buscam evitar uma nova queda abaixo de US$ 80 mil, como ocorrida ontem, e lutam para sustentar o preço acima de US$ 81 mil para acalmar os traders que estão pessimistas com o mercado

A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin BTC está cotada na manhã desta terça-feira (11), em R$ 480.773,68. Os touros buscam evitar uma nova queda abaixo de US$ 80 mil, como ocorrida ontem, e lutam para sustentar o preço acima de US$ 81 mil para acalmar os traders que estão pessimistas com o mercado e marcando “medo extremo”.

“Está surtindo algum efeito, se analisarmos os juros americanos dos próximos 10 anos, caiu bastante, está em 4,17%. Os dos próximos 5 anos também caíram, está em 3,94%, e, nas bolsas de apostas, a reunião do Fed de maio está ganhando agora que vai haver uma queda já em maio e não apenas em junho como era previsto. Vamos ver se isso se mantém, mas isso está sendo precificado pelos apostadores, um sinal que toda essa movimentação está surtindo efeito dentro do mercado de renda variável”, disse Caio Villa, CIO da Uniera

Ele aponta que, no curto prazo, isso é péssimo para o mundo cripto, porque são considerados ativos com uma volatilidade muito grande, mesmo o Bitcoin. E com todos os mercados despencando, como o Nasdaq, o S&P 500, Dow Jones e outros, o mercado cripto acaba sofrendo bastante também no curto prazo.

“Mas, no longo prazo, nada se altera. Ainda é um cenário extremamente otimista para o mercado cripto por tudo de positivo que vem acontecendo em nível institucional. Mas, no curto prazo, ainda vamos sofrer um pouco, sobretudo as altcoins”, finaliza.

Kai Warwzinek, cofundador da Impossible Cloud Network, destacou que o tão aguardado encontro de Donald Trump sobre criptomoedas foi um exercício exemplar de relações públicas. Embora tenha prometido grandes mudanças para o setor, o presidente dos EUA entregou quase nada.

Ele também aponta que a tão elogiada reserva de Bitcoin consistirá em Bitcoin que o governo já possui, enquanto os tokens alternativos que Trump curiosamente mencionou no Twitter antes de citar o Bitcoin serão apenas ‘considerados’ para inclusão.

“Superficialmente, Trump cumpriu sua promessa à indústria cripto com a criação dessa reserva, mas se isso retribui a contribuição que o setor fez para sua vitória eleitoral é questionável.

O setor cripto despejou mais de US$ 245 milhões nos cofres da campanha, representando metade de todo o financiamento corporativo. Sem planos concretos para comprar mais moedas e, com Trump enfatizando que o contribuinte não pagaria um único centavo por esse empreendimento, a criação de uma reserva com cripto que já estavam em posse do governo parece um acordo bastante fraco”, destacou como principal motivo da queda atual do BTC.

Beto Fernandes, analista da Foxbit, destacou que o Bitcoin e as ações de forma geral estão repercutindo todos os ruídos que passaram a fazer parte do cotidiano do investidor desde a posse de Trump.

Segundo ele, os grandes problemas a serem enfrentados a partir de agora estão em torno dos impactos que o tarifaço norte-americano pode gerar em torno de sua própria economia e também para os outros países. Afinal, com uma taxa mais agressiva, e a reciprocidade dessas tarifas pelos outros governos, os produtos e matérias-primas tendem a encarecer, expandindo uma possível inflação para todo o mundo.

Além disso, ele destaca que os Estados Unidos anunciaram um programa de demissão voluntária em massa para funcionários públicos. Somando isso aos dados pouco convincentes sobre a saúde do mercado de trabalho no país na última semana, começa a se especular uma possível recessão.

“A gente ainda precisa lidar com o recente aquecimento dos conflitos geopolíticos. Neste caso, temos o recuo dos EUA em relação à Ucrânia, o tom agressivo de Trump à Gaza, assim como as ameaças francesas contra o governo russo. Tudo isso gera muita incerteza dentro do mercado, o que afasta o investidor de ativos de maior risco.

Por isso, é compreensível que o Bitcoin perca força e volte a flertar com níveis abaixo dos US$ 80 mil. O que pode ser um “alívio” de médio prazo, porém, é que carteiras mais expressivas, que possuem 10 ou mais BTCs, começaram a se comportar de maneira acumulativa. Assim, imaginar que estamos em um fundo de preços não seria algo tão fora da realidade.

Entretanto, o mercado de criptomoedas é muito dinâmico. E a gente sabe que poucas faíscas já são o suficiente para trazer movimentos agressivos. Neste sentido, vai ser importante que o mercado lembre como é o cotidiano com Trump na presidência para ter um controle um pouco maior desses ruídos”, afirmou.

Analisando o momento gráfico, Pedro Gutiérrez, diretor Latam da CoinEx, afirmou que tecnicamente, o Bitcoin continua em tendência de baixa, com suporte-chave em torno de US$ 75 mil e resistência próxima de US$ 90 mil. A média móvel de 50 dias cruzou abaixo da média móvel de 200 dias, formando um “death cross”, um sinal tradicionalmente baixista, enquanto a Nuvem de Ichimoku sugere forte resistência acima dos níveis atuais. 

“Ao adotar uma visão estratégica de mercado e uma abordagem cautelosa, é essencial reconhecer que, embora as políticas governamentais e as tensões macroeconômicas impactem o Bitcoin, a volatilidade inerente ao mercado exige uma gestão de risco cuidadosa. O mercado é altamente imprevisível, e qualquer análise está sujeita a mudanças a qualquer momento. Sempre considere os fatores de risco e esteja preparado para movimentos inesperados”, afirmou.

Em meio a estas tensões, a BlackRock acaba de vender mais de 1135 Bitcoins, aumentando a pressão no lado vendedor.

Já Rafael Bonventi, analista da Bitget, destaca que o Bitcoin segue sob forte pressão vendedora, respeitando o cenário baixista previsto, com a tendência claramente de queda enquanto permanecer abaixo das principais resistências.

Segundo ele, os níveis críticos de suporte a serem observados estão em US$ 78.200 (mínima de fevereiro), US$ 77.500 e US$ 75.327, com US$ 75.000 sendo um alvo chave devido à confluência de fatores técnicos. Caso a pressão vendedora continue, suportes mais profundos em US$ 72.180 e US$ 69.000 podem ser testados. 

“Do lado da resistência, o nível que precisa ser rompido para mudar a estrutura de baixa é US$ 83.557, com zonas de resistência menores servindo como obstáculos de curto prazo. A contagem de Elliott sugere que o Bitcoin está na onda C de um diagonal terminal, possivelmente na fase final da onda 5, o que indica mais uma perna de queda antes de uma possível reversão. 

Enquanto o preço seguir imprimindo topos e fundos mais baixos, o viés segue baixista, e os traders devem se preparar para mais downside. Um suporte forte em US$ 75K é provável, mas se este nível for perdido, o preço pode buscar suportes ainda mais baixos. 

Até que o Bitcoin recupere resistências importantes, as vendas continuam sendo a melhor aposta, com o cenário permanecendo pessimista a menos que ocorra um rompimento convincente para cima ou uma reação significativa nos suportes mencionados acima”, afirmou.

Portanto, o preço do Bitcoin em 11 de março de 2025 é de R$ 480.773,68. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0020 BTC e R$ 1 compram 0,0000020 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 11 de março de 2025, são: Movement (MOVE), Story (IP) e Aptos  (APT), com altas de 8%, 4% e 1% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 11 de março de 2025, sãoArtificial Superintelligence Alliance (FET), Lido Dao (LDO) e Uniswap (UNI) com quedas de -14%, -13% e -10% respectivamente.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil e do Caderno Baiano. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.

Fonte: CoinTelegraph
Foto: Freepik

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