Carnaval

Camarotes Acessíveis promovem inclusão e fazem a alegria de foliões pelo sexto ano no Carnaval

Pelo sexto ano, idosos e pessoas com deficiência podem curtir o Carnaval de Salvador com segurança e uma visão privilegiada dos circuitos nos Camarotes Acessíveis. No espaço localizado no Campo Grande, foliões de longa data mataram a saudade da festa e aproveitaram as atrações que passaram pelo circuito Osmar no último domingo (19).

Chicleteira das antigas, Maria Júlia, 77 anos, aproveitou o Camarote Acessível do Campo Grande pela segunda vez. A primeira foi em 2020, antes da pandemia, quando também visitou o espaço localizado no circuito Dodô, em Ondina. Neste domingo, saiu de Stella Maris, acompanhada da filha, para vir ao Centro. “Daqui a pouco, vou descer e tomar uma”, garantiu, enquanto a filha atestava as boas condições de saúde da mãe. 

Eleita Rainha do Carnaval no Abrigo Dom Pedro II, Heloísa Portela, 78 anos, era pura animação no camarote, apesar das dificuldades de se locomover, que a obrigam a usar um andador. Ela vive no abrigo localizado em Piatã, gerido pela prefeitura de Salvador por meio da Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), também responsável pelos Camarotes Acessíveis.

“É minha primeira vez no camarote. Está maravilhoso”, disse Heloísa, que relembrou os tempos em que ia para a rua. “Sempre fui da pipoca”, ressaltou. Antiga moradora da Liberdade, ela revelou que, entre suas preferências carnavalescas, sempre esteve acompanhar a saída do Ilê Aiyê no Curuzu.

Também morador do abrigo, Carlos Alberto Luz, 69 anos, estava ansioso pela passagem dos Commanches do Pelô, por causa das memórias de antigos Carnavais, quando costumava aproveitar muito a festa. “Eu ia demais para o Pelourinho e a Praça Castro Alves”, contou. Também visitante de primeira viagem do Camarote Acessível, ele elogiou a iniciativa da prefeitura.

São três camarotes montados nos circuitos. Além do espaço do Campo Grande, voltado apenas para idosos, há também um na Piedade (exclusivamente para pessoas com deficiência) e outro em Ondina, este voltado para ambos os públicos. Foram disponibilizadas pela prefeitura 120 vagas no Campo Grande, 150 na Piedade e 200 em Ondina.

Banda da Guarda Civil – Além das atrações que passaram pelo circuito Osmar, a banda de música da Guarda Civil Municipal também fez a alegria do público do camarote acessível com marchinhas.

“O nosso objetivo é levar música para aquelas pessoas que não conseguem chegar nos circuitos. A prefeitura, felizmente, tem esse camarote, mas mesmo assim algumas pessoas não têm acesso”, disse o guarda civil Leandro Magalhães, encarregado da banda de música. Durante o Carnaval, a banda da Guarda também se apresentou em locais como as Obras Sociais Irmã Dulce e o Instituto de Cegos da Bahia, acrescentou Leandro.

Fonte e Foto: SECOM

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