Ao longo de sua história, muitos desafios foram enfrentados. Neste campus em que estavam previstas as aberturas de dezenas de novos cursos, inclusive o de Medicina, sua expansão e consolidação foi bloqueada por uma obra paralisada desde 2018 por falta de recursos – e aqui cabe explicar: quando a construtora abandonou uma obra com mais de 70% de execução, precisávamos de mais ou menos R$4 milhões. Com a inflação, o valor necessário atualmente é de R$10,5 milhões.
É possível afirmar que esta obra ficou paralisada porque não interessava à elite que governou esse páis ver jovens negros do Brasil e da África, filhos e filhas da classe trabalhadora, formados em universidade pública.
Somente com o retorno do presidente Luís Inácio Lula da Silva e graças aos empenhos da comunidade acadêmica, dos parlamentares progressistas da Bahia, da Apubsindicato, da Assufba, do movimento estudantil, entre outros movimentos sociais e, principalmente, do governador @jeronimorodriguesba essa obra foi retomada.
A previsão é de que esteja concluída em janeiro de 2025.
Enquanto isso, os 94 docentes (todos com doutorado) e 42 técnicos administrativos altamente qualificados, além de todos os funcionários terceirizados, seguem promovendo revoluções com um ensino decolonial e antirracista, que preparou os mais de 1200 estudantes já formados para ingresso em programas de pós-graduação do Brasil e do exterior com grande mérito.
Hoje, 1026 estudantes estão com matrícula ativa nos cursos de graduação do Campus dos Malês – 641 brasileiros e 384 africanos de Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
Depois de 10 anos, a comunidade da UNILAB na Bahia reafirma sua importância para o território e as relações estabelecidas com a África mostram que é necessário seguir no trabalho por sua consolidação e expansão.
Viva o Campus dos Malês – com toda a força deste nome que carrega, e sua potência de educação superior negra, antirracista, democrática, inclusiva e cidadã.
Fonte / Imagem: Divulgação