O cânhamo é capaz de conectar inovações, sustentabilidades e práticas de governança responsáveis no Brasil
Quem cultiva o cânhamo desempenha um papel importante no meio ambiente, recebendo, por sua vez, um valor por essa prática agrícola, que beneficia tanto o clima quanto o ecossistema. Essa é a visão do advogado Konstantin Gerber, em sua coluna “O Cânhamo e o Meio Ambiente”, no Portal Sechat.

Compartilhando esse pensamento, e acompanhando as necessidades ambientais, as empresas do setor canábico estão adotando o modelo de gestão ESG, que se refere a Ambiental, Social e Governança (do inglês “Environmental, Social and Governance”). Segundo Rafael Arcuri, presidente da Associação Nacional do Cânhamo (ANC), o Brasil pode se beneficiar de uma regulação madura e estratégica para o cânhamo.
“Chegar depois não significa ficar para trás. Essa obra é uma ferramenta para empresários, reguladores e acadêmicos entenderem o valor estratégico do cânhamo para o desenvolvimento econômico sustentável no Brasil”, afirma Arcuri.
O que é ESG?
ESG é um conceito utilizado para avaliar a gestão de negócios de uma empresa, com base em três pilares: o ambiental, o social e o de governança. Esse conceito é crucial para minimizar os impactos ambientais das empresas, construir um mundo mais justo e responsável e garantir a competitividade e perenidade das organizações.
No pilar ambiental, o ESG aborda questões como aquecimento global, poluição, biodiversidade, desmatamento, eficiência energética, gestão de resíduos e escassez de água. Ele busca coordenar ações globais que melhorem a vida no planeta, garantindo uma administração mais eficiente e responsável.
Futuro verde e o potencial do cânhamo
Com foco em como o cânhamo pode contribuir para a sustentabilidade e a inovação no Brasil, a ANC lançou o livro Futuro Verde: O Cânhamo e as Práticas de ESG.
O livro contém capítulos escritos por especialistas que apresentam diversas perspectivas sobre sustentabilidade, inovação e políticas públicas, destacando o impacto do cânhamo na agenda ESG. Entre os temas envolvidos estão:
– O cânhamo na agricultura regenerativa;
– Sua contribuição para a saúde do solo;
– A sustentabilidade na economia circular;
– O potencial da planta para redução de carbono e sua inclusão na agenda ESG;
– Políticas públicas nacionais e internacionais, além de oportunidades econômicas no mercado de carbono.
Para Juliana Bernardo, coordenadora do livro, a obra é um marco pioneiro de extrema relevância para o país, “resultado da coragem e dedicação dos autores em criar um propósito coletivo de sustentabilidade real”, comenta.
Fonte: Sechat
Foto: Divulgação