CiênciaCiênciaPesquisasSaúdeTratamentoTratamento Alternativo

Cannabis medicinal como importante aliada no tratamento do TEA

A experiência de Mariana e Danilo mostra como o uso de óleos de CBD e CBG pode transformar a qualidade de vida de crianças com autismo, desafiando preconceitos e reforçando a importância da personalização terapêutica

A busca por alternativas eficazes no tratamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA) levou Mariana Scarpato Valverde a explorar o uso da Cannabis medicinal para o filho Danilo Silva, de 10 anos.

Sob a supervisão do Dr. Paulo Rocha, Mariana relata como a decisão de incorporar óleos de Canabidiol (CBD) e Canabigerol (CBG) transformou a qualidade de vida do menino e mudou sua percepção sobre os estigmas em torno da planta.

Do tratamento convencional à busca por alternativas

Danilo iniciou o uso de medicamentos convencionais para o TEA aos seis anos, incluindo Risperidona e Fluoxetina. Apesar de avanços, a família não se sentia satisfeita com os resultados.

“Não queríamos aumentar as doses e buscávamos algo diferente,” explica Mariana. A entrada da Cannabis no tratamento veio após conversas com profissionais e pesquisas que indicaram seu potencial para auxiliar nos sintomas do TEA.

Primeiros resultados e ajuste da composição ideal

Os primeiros meses de tratamento com óleo de CBD trouxeram melhoras na comunicação e agitação de Danilo. Contudo, a família percebeu que o foco e a concentração necessitavam de ajustes. Atualmente, estão testando a associação de CBG ao óleo de CBD para calibrar a combinação ideal para a criança. 

 Melhora na socialização e estereotipias 

“Algumas estereotipias foram diminuindo até sumirem, e a socialização melhorou bastante,” destaca Mariana. O acompanhamento, hoje, ocorre sob demanda, com consultas para ajustes dos componentes. Segundo a mãe, a evolução no tratamento com Cannabis medicinal impactou a qualidade de vida da família: “Danilo está mais centrado para aprender coisas novas e interagir socialmente.”

O desafio do estigma e o poder da informação

Mariana reflete sobre o preconceito que ainda cerca o uso da Cannabis medicinal. “Muitas pessoas não sabem diferenciar o consumo medicinal do uso recreativo. Mostrar exemplos reais de melhora é fundamental para quebrar barreiras.” Ela acredita que disseminar informações claras e acessíveis é essencial para mudar a opinião pública.

A experiência de Mariana e Danilo reforça o papel da Cannabis medicinal como uma ferramenta complementar no tratamento do TEA, especialmente quando os medicamentos tradicionais não oferecem os resultados esperados. Além disso, destaca a importância da personalização terapêutica e do combate à desinformação sobre o tema.

Vale reforçar que, no Brasil, o uso medicinal da Cannabis é permito. Porém, é fundamental indicação e acompanhamento atento de profissionais qualificados. 

Fonte: Cannabis e Saúde
Imagem: Kindel Media

Related posts

Governo do Estado entrega maior hospital estadual em ortopedia e traumatologia do Brasil

Fulvio Bahia

CCR Metrô Bahia comemora o junho vermelho com serviços de bem-estar e saúde gratuitos na Estação Imbuí de Metrô

Fulvio Bahia

Conselho de Política sobre Drogas elege membros da sociedade civil

Fulvio Bahia

Deixe um comentário

Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência. Nós assumimos que você concorda com isso, mas você pode desistir caso deseje. Aceitar Leia Mais