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Carrefour x Aujjo: impasse judicial mantém imóvel fechado e trava geração de empregos em Salvador

Uma disputa imobiliária entre o Carrefour e a Aujjo tem impedido a reativação de um importante imóvel na Avenida ACM, em Salvador. Inicialmente, o Carrefour era proprietário de 70% do espaço, enquanto os 30% restantes pertenciam ao fundo de pensão Petros. Em 2024, a multinacional francesa decidiu vender sua participação majoritária para a Aujjo, tornando-se dona da maior parte do imóvel.


Para assumir o controle total da propriedade e garantir a implementação de um centro comercial com operação de um hipermercado operado pelo Grupo Mateus, empresa brasileira e nordestina, a Aujjo negociou diretamente com a Petros a compra dos 30% restantes. O fundo de pensão aceitou a proposta e encaminhou a venda para aprovação. Foi nesse momento que o Carrefour decidiu exercer seu direito de preferência e adquiriu a fatia da Petros, impedindo que a Aujjo se tornasse proprietária integral do imóvel, manobra, que aparentemente visa impedir a reativação do polo comercial, e consequentemente a geração de emprego e renda a população soteropolitana. Fazendo as contas do prejuízo social, só considerando a operação do Grupo Mateus, isto significaria cerca de 500 empregos indiretos e outros 600 diretos, que é a média de contratação da empresa em cada construção ou reforma de uma nova unidade.


Nessa queda de braço, a Aujjo acusa o Carrefour de ter agido de má-fé, não para investir no espaço, mas para impedir que um concorrente ocupasse o local, que se encontra inoperante e sem geração de nenhum benefício para a população há quase 2 anos.

Enquanto isso…quem perde com essa briga é a população de Salvador, além do impacto econômico (ou falta dele), o imóvel segue fechado, depreciado e marginalizado, sem gerar empregos ou movimentar a economia. O caso levanta questionamentos sobre abuso de poder econômico e restrição à livre concorrência, já que uma grande multinacional estaria bloqueando um investimento que beneficiaria a cidade de Salvador com centenas de famílias empregadas. Com a palavra, a justiça!

Foto: Reprodução

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