A entidade, que fez aniversário no último sábado (2), dividiu o prêmio recebido da World Athetics como a melhor federação do mundo com toda a comunidade em 2023; 15.448 atletas, 659 treinadores, 6.035 árbitros são alguns dos números de uma confederação protagonista no olimpismo do Brasil
A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) comemoru no último sábado (2), os 46 anos de fundação, ocorrida no Rio de Janeiro, quando a Confederação Brasileira de Desportos (CBD), que gerenciava os esportes no País, foi desativada. A CBAt começou a operar normalmente no começo de 1979, no Rio de Janeiro.
O ano de 2023 foi de compartilhar e dividir o prêmio de melhor federação do mundo – dentre as 214 federações-membro da World Athletics. “É um orgulho para o atletismo brasileiro chegar aos 46 anos de vida carregando o título de melhor confederação do mundo”, destacou Wlamir Motta Campos, presidente do Conselho de Administração da CBAt. “Em nome do Conselho agradeço, saúdo e aplaudo a todos que ajudaram na construção da história vitoriosa do atletismo brasileiro.”
A sede da CBAt é na cidade de Bragança Paulista (SP) desde janeiro de 2019, numa área de cerca de 81 mil metros quadrados. Também funciona no local o Centro Nacional Loterias Caixa de Desenvolvimento do Atletismo (CNDA), grande orgulho da modalidade, com estádio para competições e estrutura para treinamento.
A entidade conta neste início de dezembro com o número expressivo de 15.448 atletas (9.597 no masculino e 5.851 no feminino), habilitados a participar de competições no País. São 659 treinadores em atividade e 6.035 árbitros, além de corredores de rua, de trilha e de montanha, incluindo ultramaratonistas. Ainda tem médicos, fisioterapeutas, massoterapeutas, psicólogos e nutricionistas cadastrados. Uma comunidade gigante e que se orgulha por integrar uma modalidade que é número 1 no programa olímpico.
“A CBAt chega aos 46 anos como uma das confederações protagonistas do olimpismo em nosso País, uma entidade forte, respeitada e reconhecida no meio esportivo e junto ao Governo, ao mercado publicitário, aos patrocinadores e a sociedade. São 46 anos construindo uma história vitoriosa, transformando vidas e criando ídolos. E temos a certeza de que a CBAt se consolida e se fortalece ano a ano, fruto do trabalho dos seus atletas, treinadores, colaboradores, membros de comissões multidisciplinares, árbitros, gestores, federações, clubes e de todos que fazem o atletismo”, ressaltou Wlamir Motta Campos sobre a data.
Agradeceu a todos os patrocinadores: Loterias Caixa, Puma, Prevent Senior NewOn, Solst, Pista e Campo, Max Recovery e PlayPiso. “Em especial ao Comitê Olímpico do Brasil (COB) e as Loterias Caixa, que tem uma história de 22 anos com a CBAt”, acrescentou Wlamir.
Nas pistas, a CBAt comemorou a realização de um Troféu Brasil icônico, pela primeira vez na Região Centro-Oeste do País, em Cuiabá (MT). O 42º Troféu Brasil Loterias Caixa Interclubes de Atletismo – a principal competição do gênero na América Latina – reuniu 625 atletas (281 no feminino e 344 no masculino) de 114 clubes, 22 Estados e o Distrito Federal.
O sucesso foi traduzido por resultados técnicos expressivos – dois índices para o Mundial, um índice olímpico, oito recordes do Troféu, 37 melhores marcas pessoais e 43 melhores marcas da temporada. E também pela audiência – 250 mil pessoas assistiram ao vivo os quatro dias de competições em pool de canais formados por TV Atletismo Brasil, Canal Olímpico do Brasil, Primeira Página e UOL. E pela presença do público – mais de 7 mil compareceram ao Centro Olímpico de Treinamento Olímpico da Universidade Federal do Mato Grosso.
A CBAt realizou 22 competições em 2023, 18 delas nacionais e quatro internacionais. Recebeu quase 6.000 inscrições de atletas e levou o atletismo a 11 Estados do Brasil.
Se o Troféu Brasil foi destaque, na outra ponta o Brasileiro Interclubes Loterias Caixa de Atletismo Sub-16 – para os atletas é a porta de entrada nas competições nacionais -, evidenciou o ótimo trabalho dos Centros de Formação da CBAt: 17 dos 56 centrinhos de iniciação, descoberta e formação de talentos foram ao pódio em Recife (PE). Foram 4 recordes brasileiros e 5 do campeonato quebrados, 89 clubes com pontuação no quadro final.
O atletismo brasileiro formou 12 seleções em 2023 para a disputa de competições internacionais. Dez foram disputadas no Exterior e duas no Brasil. Um total de 389 convocações de atletas foram feitas com destaque para o Mundial de Budapeste, na Hungria, em que o Brasil teve 55 atletas e levou a medalha de bronze com Caio Bonfim na marcha atlética 20 km. Nos Jogos Pan-Americanos a seleção foi com 75 atletas e fez a segunda melhor campanha do Time Brasil (COB): 23 medalhas (7 de ouro, 10 de prata e 6 de bronze), top 2 na disputa por países, atrás dos Estados Unidos.
O Brasil sediou o 53º Campeonato Sul-Americano Adulto, no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP), em São Paulo, e manteve a hegemonia no Continente com 44 medalhas (19 de ouro, 15 de prata e 10 de bronze). Mais de 420 mil pessoas assistiram a transmissão pela TV Atletismo Brasil, Canal Olímpico do Brasil e Cazé TV e o estádio foi palco dos 100 metros mais rápido já realizado em solo nacional, com três atletas com tempos abaixo dos 10 segundos, inclusive o primeiro brasileiro na história (Erik Cardoso, em 9.97, com 0.8). O Sul-Americano teve a participação de 379 atletas de todos os 13 países do continente.
Fonte: CBAt
Foto: Divulgação