Iniciativa é uma parceria do mandato da vereadora Eliete Paraguassu e entidades ligadas à proteção ambiental
O Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Baía de Todos os Santos (OTSS-BTS) começa a ser estruturado em Salvador e deve ser implantado até o final de 2025, como comemora a vereadora Eliete Paraguassu (PSOL). O passo inicial foi dado na noite de segunda-feira (24), no Programa de Pós-graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia.
Um encontro reuniu movimentos sociais organizados da sociedade civil e comunidades tradicionais, pesquisadores, professores, representantes de instituições de ciência e tecnologia e de órgãos públicos que vivem na Baía de Todos os Santos (BTS).
A iniciativa de implementação do OTTS-BTS em Salvador é uma articulação entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Mandato Popular das Águas da vereadora Eliete, o Conselho Pastoral dos Pescadores e Pescadoras (CPP), o Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho (PPGSAT/Ufba) e comunidades tradicionais, dentre elas as comunidades quilombolas de Ilha de Maré.
A vereadora explica que o Observatório tem o objetivo de ser um espaço tecnopolítico de geração e troca de conhecimentos, com a atuação das comunidades tradicionais, pesquisadores populares e da academia para o desenvolvimento de estratégias que promovam sustentabilidade, saúde e direitos para o bem-viver dessas comunidades em seus territórios.
“Esse observatório é um sonho antigo das comunidades tradicionais da Baía de Todos os Santos para que tenhamos mais uma ferramenta na garantia de que os territórios sejam livres, saudáveis e sustentáveis”, destaca Eliete Paraguassu, primeira quilombola vereadora de Salvador.
A iniciativa de um espaço para a promoção da saúde e do desenvolvimento sustentável dos territórios de comunidades tradicionais surgiu na região Sudeste do país, com o Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Bocaina (OTSS).
“A experiência da Fiocruz com o Fórum de Comunidades Tradicionais do Rio de Janeiro e São Paulo, que reúne caiçaras, indígenas e quilombolas, tem tido um relativo sucesso na defesa dos modos de vida dos povos e comunidades tradicionais”, diz Edmundo Gallo, pesquisador da Fiocruz e coordenador-geral da OTTS de Bocaina, que participou do encontro em Salvador.
Fonte: Ascom CMS
Foto: Josefh Macedo