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Com Brasil na mira, golpes com vírus bancários cresceram 20%

O Brasil continua sendo um alvo preferencial dos golpes com vírus bancários. No começo de 2023, o índice de ataques dessa categoria aumentou 20% na comparação com o primeiro trimestre de 2022, enquanto o nosso país representou mais de 60% de todos os incidentes desse tipo registrados na América Latina.

Smartphones com o sistema operacional Android são cada vez mais os principais alvos de malwares desse tipo. Os números são da Kaspersky, especializada em segurança digital, que contrastam esse número com uma baixa de 29% no incide geral de ataques contra dispositivos, mostrando que os aparelhos celulares se tornam cada vez mais os protagonistas dos cenários de ameaça.

Segundo o levantamento da empresa, os trojans bancários assumem o centro desse palco, principalmente em golpes que envolvem telas sobrepostas ou a captura de credenciais de acesso a aplicativos de bancos ou carteiras de criptomoedas. A Kaspersky também chama a atenção para vírus de acesso remoto, que permitem a realização de operações à distância pelos criminosos, sem a necessidade de interação pelo usuário.

Nos números globais, foram mais de 4,9 milhões de tentativas de ataques a dispositivos móveis bloqueadas entre janeiro e março de 2023. Enquanto os trojans bancários prevalecem no Brasil, os adwares são a ameaça mais popular no mundo, com 34,8% das detecções envolvendo vírus que exibem anúncios fora de lugar ou os substituem por propagandas que geram fundos aos criminosos.

Editores de fotos, muitos deles publicados na loja oficial do Android, a Google Play Store, costumam ser os vetores mais comuns de ataques. A prática também conversa diretamente com o interesse em softwares que envolvem inteligência artificial para realizar as alterações e acabam viralizando nas redes sociais.

Como se proteger de vírus no celular?

“É preciso ter atenção com o que clicamos e instalamos em nossos smartphones”, explica Fabio Assolini, diretor da equipe global de pesquisa e análise da Kaspersky para a América Latina. “Temos todos os nossos dados no celular, desde informações pessoais até senhas e credenciais de banco. Uma vez [que tudo isso] é comprometido, o resultado final pode ser devastador.”

O especialista chama a atenção para os principais vetores de ataques desse tipo, como os e-mails infectados e anúncios que levam a páginas perigosas. Sites ilegítimos ou que disponibilizam apps pirateados também costumam usar esses caminhos para chegar aos usuários, bem como os links em mensagens enviadas pelo WhatsApp.

O ideal, então, é jamais clicar em links e prestar atenção na navegação. Ao baixar um app, mesmo que na Google Play Store, é importante ficar atento a comentários e números de downloads, que podem ajudar a indicar uma solução perigosa. Manter o sistema operacional sempre atualizado, com softwares antivírus em pleno funcionamento, também ajuda a bloquear e identificar os riscos.

Fonte: Canaltech | Foto: Canva

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