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Correntina: Município tem 60 mil mudas de plantas nativas do Cerrado, frutíferas, ornamentais e exóticas em seu viveiro

Iniciativa é mantida pela Secretária de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMMARH).

Localizado no Parque Ecológico Municipal Monsenhor André Franz Bérénos, no alto da Extrema, saída para Barreiras, o viveiro tem como objetivo arborizar as ruas da cidade, recuperar nascentes e as margens dos rios, além de incentivar esta prática em todo o município.

De acordo coma secretária de Secretária de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Regina de Castro, o viveiro municipal funciona de segunda a sexta-feira das 7h30 às 11h e das 13:30h às 17h. Interessados devem procurar os funcionários do viveiro, José Pereira dos Santos (coordenador) e Alessandro Souza.

Regina conta como é realizado o procedimento para doação as mudas do viveiro. “O critério de doação é de até 10 mudas por propriedade no município de Correntina, sendo duas de cada espécie. Para fazer a retirada basta apresentar a identidade e o endereço na SEMMARH e assinar a autorização da retirada das mudas escolhidas. A autorização é válida por 30 dias. Temos mais de 80 espécies no viveiro entre mudas de cerrado, produtoras de água, nativas, frutíferas e ornamentais”, explica Regina.

Ainda de acordo com a secretária do Meio Ambiente, a intenção é distribuir para o máximo de propriedade possível e também potencializar as ações de Educação Ambiental promovidas pela SEMMARH, na restauração de áreas degradadas em parceria com as Associações das Comunidades Rurais, na recuperação de nascentes e plantio, além da reposição das praças e jardins da sede e dos povoados do município de Correntina.

Como as mudas são produzidas?

Após a coleta das sementes no cerrado, estas passam pelo processo de separação por qualidade.

Para poderem germinar, emergir e produzir, são necessários estímulos do ambiente. Sem eles, a produção fica comprometida. Portanto, algumas sementes apresentam bloqueios internos e/ou externos que impedem a germinação. Esse problema é conhecido como dormência.

A dormência em sementes é um processo evolutivo natural que busca a manutenção e sobrevivência da espécie. No entanto, é possível acelerar esses tempos de preparação natural com opções de tratamento direcionadas a cada espécie de sementes, afinal, cada uma possui um tempo específico.

Existem alguns métodos que podem ser utilizados para tentar despertar essas sementes e conduzi-las à germinação. São eles:

Escarificação química: é o processo de remover a pele das sementes de forma a permitir que os compostos necessários à germinação possam penetrar a derme e despertar o embrião. Esse método utiliza ácidos sulfúrico, clorídrico, entre outros;

Escarificação mecânica: similar ao método acima, a diferença desse método é que não são compostos químicos utilizados na escarificação e sim métodos mecânicos como lixa, atrito com superfícies ásperas, entre outros;

Choque de temperatura: é autoexplicativo, ou seja, é um método que busca o despertar das sementes por meio da alternância de temperatura;

Água quente: esse método é a imersão das sementes em águas em temperaturas altas de 76 a 100ºC. O período de imersão vai depender do tipo de semente;

Estratificação: esse método tenta fazer as trocas de nutrientes necessárias às sementes utilizando tratamento úmido em baixa temperatura.

Sementes de buriti e jatobá, por exemplo, passam por processos diferentes para despertar, mas nem todas as sementes coletadas precisam destes cuidados para despertar.

Projeto Plantando Sombras

O Projeto Plantando, organizado pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, além de fazer o plantio em praças, jardins e ruas, a iniciativa é responsável pelo plantio de mudas na recuperação de nascentes.

A recomposição vegetal de áreas degradadas beneficia, a médio e longo prazo, a população de Correntina como um todo, pois permite que a água penetre no solo, evitando erosões e deslizamentos, e recarregando, assim, ao longo do tempo, os lençóis freáticos que abastecem as bacias hidrográficas.

Ao longos dos últimos sete anos, o projeto  já dou mais de 45 mil mudas.

AnoMudas
20171.868
20185.849
201911.331
20209.874
202110.314
20226.080

Somente em 2023, de janeiro a maio, foram 443 mudas doadas e plantadas.
Ao todo, nos seis anos, foram 45.759 mudas doadas/plantadas.

Fonte / Foto: SECOM PMC

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