O dia 17 de maio foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), agência especializada das Nações Unidas (ONU), como o “Dia Mundial da Reciclagem”
Nesta sexta-feira (17) é comemorado o Dia Mundial da Reciclagem, o objetivo é estimular as pessoas e organizações a refletirem a respeito da importância de se fazer o descarte adequado dos resíduos sólidos que são produzidos nas residências e instituições, para que esses resíduos não poluam o meio ambiente e não sejam destinados para os aterros sanitários, pois os aterros devem receber somentes os rejeitos. Dessa forma, os resíduos sólidos retornam, como matéria-prima, para a cadeia produtiva.
Portanto, a celebração dessa data é fundamental para o engajamento e prática da coleta seletiva, tendo em vista que a coleta seletiva é uma das principais etapas para que haja a reciclagem, pois a separação dos materiais recicláveis é crucial para a promoção da reciclagem.
Neste sentido, os catadores e catadoras de materiais recicláveis são essenciais, pois esses profissionais autônomos ou organizados em associações e cooperativas promovem diariamente a coleta e destinação de toneladas de resíduos sólidos para diversas cadeias produtivas, desviando esses materiais de aterros sanitários, rios e oceanos. Estima-se que 90% de tudo que é reciclado no país passe pelas mãos dos catadores(as) de materiais recicláveis.
Mesmo desempenhando um papel estratégico para a reciclagem, os catadores(as) convivem com diversos desafios, entres eles, a falta de valorização pelos serviços ambientais prestados, a ausência de remuneração pelas Prefeituras, os baixos preços de venda dos materiais recicláveis, exploração de atravessadores, instalações físicas (galpões) de trabalho precárias, falta de equipamentos e caminhões para melhorar as condições de trabalho e renda desses profissionais.
Segundo Joilson Santana, catador de materiais recicláveis, pesquisador e coordenador executivo da ONG CAMA “há uma série de demandas dos catadores(as) de materiais recicláveis que historicamente ainda não foram atendidas, a exemplo, da contratação e remuneração pelos serviços de coleta seletiva prestados aos municípios. Outro ponto fundamental é a necessidade de reconhecimento da sociedade sobre a importância da atuação destes trabalhadores para a mitigação dos efeitos das mudanças do clima, assim como a superação do racismo ambiental que estão submetidos”, relata Santana.
Sobre o Centro de Arte e Meio Ambiente – O CAMA é uma organização socioambiental fundada em 1995, no bairro dos Alagados, em Salvador/Bahia. Desenvolve programas e projetos associados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), referenciados pela Agenda 2030 da UNESCO. A missão é fortalecer a luta por garantia de direitos de indivíduos e grupos vulnerabilizados, por meio da participação nos processos que proporcionem autonomia e inclusão sociopolítica, contribuindo para a construção de uma sociedade social e economicamente justa, democrática, ambientalmente equilibrada, antirracista, antissexista e contra todas as formas de exclusão.
Fonte: ONG CAMA
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