Massagem, rodas de conversa, café da manhã e cuidados com a beleza, são alguns dos serviços do Eco Folia Solidária, espaço localizado no Vale do Canela, dedicado às mulheres catadoras de material reciclável e que trabalham durante o Carnaval de Salvador. Uma parceria entre a Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e a Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM). Um investimento que ultrapassa R$ 3 milhões, envolvendo 16 cooperativas e 10 centrais de coleta.
“O Carnaval gera emprego e renda. E essa população vulnerável, que são os catadores, joga papel social importante de preservação de meio ambiente, e nós precisamos levar até eles, nessa atividade econômica, um trabalho decente. Através do Ecofolia, há 16 anos, o Governo do Estado tem feito esse investimento, não só no Carnaval, mas ao longo de todo ano. São 23 coorperativas assistidas”, destacou o titular da Setre, Davidson Magalhães.
A secretária de Políticas para Mulheres, Elisângela Araújo, reforçou a necessidade do cuidado. “É uma jornada muito grande de trabalho que elas enfrentam, com noites perdidas e todas situações que enfrentam durante este período, que deixam o mental e o físico precisando de cuidado. Então, aqui a gente recepciona essas catadoras, oferecendo café e conversa, depois partimos para o atendimento integrado, com as terapias, massagem, para que elas se fortaleçam e se energizem para garantir mais dias de trabalho, que também é oportunidade de gerar uma renda”, afirmou Elisângela Araújo, titular da SPM.
No circuito Barra/Ondina, foi montada a Central de Apoio para atender aos catadores durante o Carnaval. Foram distribuídos kits de EPI, para garantir a segurança desses trabalhadores. “Aqui, os catadores encontram infraestrutura e têm acesso aos equipamentos necessários, de bota a protetor auricular, além de mochila e saco de ráfia, para desenvolverem o trabalho de catação com dignidade durante o Carnaval”, explicou o diretor da Coperguary, Genivaldo Ribeiro, mais conhecido como Tico, destacando o trabalho consolidado da cooperativa.
A iniciativa voltada para mais de duas mil mulheres, catadoras de material reciclável, durante o Carnaval, foi aprovada. “Eu me sinto valorizada, porque a gente tem um espaço para tomar banho, tomar café, fazer uma massagem”, disse emocionada a catadora de material reciclável Tânia Regina de Santana.
Para Veranilda Ribeiro, que trabalha com reciclagem há cerca de sete anos, essa ação do Ecofolia é muito importante. “Nos dá condições de trabalhar em segurança, recebendo nosso material e ainda somos bem recebidos. Esse trabalho do Carnaval é uma renda extra, que me ajuda a pagar dívidas, e eu tenho muito orgulho”, ressaltou a catadora.
Fonte: SECOM GOVBA
Fotos: Fernanda Maia