Os touros conseguiram segurar o nível de US$ 87 mil e imprimir uma nova alta acima de 1%, levando o Bitcoin para US$ 88 mil novamente e animando os traders que aguaram um teste em US$ 90 mil.
A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin – BTC está cotada na manhã desta terça-feira (22) em R$ 515.462,37. Os touros conseguiram segurar o nível de US$ 87 mil e imprimir uma nova alta acima de 1%, levando o Bitcoin para US$ 88 mil novamente e animando os traders que aguaram um teste em US$ 90 mil.

O mercado de criptoativos começou a semana com forte movimento de entrada institucional, especialmente em Bitcoin, mesmo diante da pressão sobre os mercados tradicionais. Segundo Valentin Fournier, analista da BRN, os ETFs de Bitcoin registraram US$ 381 milhões em aportes, enquanto os produtos ligados ao Ethereum tiveram saídas de US$ 25 milhões.
“O volume negociado dobrou em relação à média da semana passada. Isso confirma uma convicção crescente dos investidores, que voltam a apostar em ativos digitais como proteção macroeconômica”, explicou Fournier.
A força dos criptoativos contrasta com o desempenho dos ativos tradicionais. “Enquanto ações sofrem com o clima de aversão ao risco e o ouro sobe, o Bitcoin mantém estabilidade ou até mesmo avança. Isso reforça seu papel emergente como hedge alternativo em momentos de estresse global”, afirmou o analista.
Apesar disso, Fournier acredita que a resiliência do BTC pode perder força no curto prazo. “Os indicadores técnicos, como Stoch RSI e as Bandas de Bollinger, sugerem uma condição de sobrecompra. Um movimento corretivo saudável pode ocorrer antes da próxima alta.”
No cenário corporativo, o analista destaca que a acumulação segue firme, com empresas como a Strategy adquirindo US$ 555 milhões em BTC na última semana e a MetaPlanet comprando mais US$ 28 milhões. “A atividade das baleias desacelerou um pouco, mas isso parece mais uma pausa tática do que uma mudança de tendência.”
Sobre o cenário regulatório, Fournier também mostrou otimismo: “A posse oficial de Paul Atkins na presidência da SEC melhora o sentimento do mercado, com expectativas de avanços regulatórios para os ativos digitais.”
Posicionamento de Carteira – BRN (22/04):
- Exposição média em ativos digitais, com 45% em caixa
- Overweight em Bitcoin, focando na resiliência macroeconômica
- Neutro em Solana, com viés positivo, mas risco de correção
- Neutro em Ethereum, com bom potencial de longo prazo, porém fraqueza de curto prazo
Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, aponta um cenário positivo, destacando que novos investidores começaram a entrar no mercado. Segundo ele, a métrica dos últimos 10 dias mostra um sinal de compra.
“Padrões semelhantes no comportamento dos novos investidores foram observados durante a correção após a proibição da mineração na China em 2021 e na correção anterior do mercado, no nível de US$ 65 mil. Considerando a retórica de Trump e a pressão sobre Powell por uma redução urgente nas taxas de juros, a compra de ativos de risco parece razoável”, afirmou.

Segundo o analista e fundador da Outset PR, Mike Ermolaev, o Bitcoin superou uma importante barreira técnica nesta semana ao romper sua Média Móvel Exponencial (MME) de 200 dias, situada em US$ 85.000. Segundo Mike Ermolaev, analista de mercado e estrategista de criptoativos, essa resistência vinha segurando o preço do ativo desde 13 de abril.
“A alta de 2,74% na segunda-feira foi decisiva. O BTC finalmente conseguiu romper a MME de 200 dias, e agora, com o preço se mantendo acima de US$ 88.300, o cenário técnico se fortalece para novas máximas”, afirmou Ermolaev.
Com esse rompimento, o analista acredita que o próximo alvo esteja em um nível psicológico relevante. “Se o Bitcoin fechar acima de US$ 90.000, poderá acelerar para testar a máxima de US$ 95.000 registrada no dia 2 de março”, explicou.
Do ponto de vista técnico, os indicadores reforçam a perspectiva otimista. “O RSI diário está em 59 e em inclinação positiva, o que indica um momentum de alta cada vez mais forte”, detalhou Ermolaev. Ele também chamou atenção para outro sinal importante: “Na semana passada, o MACD fez um cruzamento de alta, o que tradicionalmente representa uma oportunidade de compra e respalda a continuidade da tendência ascendente.”
Apesar do otimismo, o analista alertou para um ponto de atenção caso haja recuo. “Se houver correção, o suporte em US$ 85.000 tende a ser testado. Esse patamar agora atua como uma base sólida para novas movimentações”, concluiu.
Ouro ou Bitcoin
As tensões comerciais e as expectativas de cortes nas taxas de juros nos Estados Unidos reacenderam o debate sobre os papéis de Bitcoin e ouro como ativos de proteção. De acordo com a QCP Capital, as tarifas impostas pelo governo Trump voltaram a alimentar temores de recessão. Mesmo com a inflação sendo minimizada, o mercado já precifica múltiplos cortes de juros em 2025.
Na esteira dessa movimentação, o ouro ultrapassou a marca de US$ 3.400 por onça, segundo dados da Kobeissi Letter, enquanto o Bitcoin chegou a ser negociado a US$ 87.000 nas primeiras horas do mercado asiático. Apesar disso, os ETFs de Bitcoin ainda mostram fluxo modesto, com US$ 13,4 milhões de entrada líquida na semana passada.
Para Innokenty Isers, CEO da exchange Paybis, o cenário atual exige cautela. “Apesar da leve recuperação do Bitcoin nesta semana, vale lembrar que o mercado global está altamente sensível às políticas monetárias das grandes economias, especialmente dos Estados Unidos”, afirmou.
Segundo Isers, a forte concentração de investidores em ações de tecnologia amplifica os efeitos de mudanças nas políticas comerciais e nas intervenções do governo, o que afeta diretamente os índices-chave, como o Nasdaq. “Desde a posse presidencial nos EUA, a visão do Bitcoin como hedge contra a inflação deu lugar a uma percepção de ativo mais especulativo”, observou.
O executivo também destacou que investidores com perfil mais conservador podem buscar alternativas. “Com a maior volatilidade do BTC, quem evita riscos tende a preferir outras formas de proteção contra a inflação. Se a guerra comercial se estender e a inflação voltar a crescer, o papel do Bitcoin como refúgio pode ser diminuído”, concluiu.
Principais eventos da semana
A OKX destacou os principais eventos da semana para os investidores ficarem de olho
Quarta-feira, 23 de abril
- Início do GITEX Asia 2025 — Mais de 320 visionários de tecnologia e cripto sobem ao palco
- Blockchain Forum 2025 (Rússia) — Com a participação do fundador da TRON e do cofundador da Litecoin entre os palestrantes confirmados
- Divulgação dos dados globais do PMI (Índice de Gerentes de Compras) — Um termômetro da força econômica nos principais mercados.
Quinta-feira, 24 de abril
- Reabertura do staking da Babylon — Recompensas em BABY liberadas
Sexta-feira, 25 de abril
- Vencimento dos contratos futuros de Bitcoin nos EUA — Espere maior volatilidade à medida que os traders se reposicionam.
Trades em alta
- Tokens RWA se recuperaram de uma grande queda em valor de mercado e volume. HYPE, AAVE e stETH encerraram a semana no positivo.
- O volume de negociação de XRP disparou após o lançamento do primeiro ETF de XRP nos EUA.
Portanto, o preço do Bitcoin em 22 de abril de 2025 é de R$ 515.462,37. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0019 BTC e R$ 1 compram 0,0000019 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 22 de abril de 2025, são: Fartcoin (FARTCOIN), Kaspa (KAS) e POL (POL), com altas de 16%, 12% e 10% respectivamente.
Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 22 de abril de 2025, são: Filecoin (FIL) Internet Computer (ICP) e Aptos (APT), com quedas de -6%, -5,6% e -5,4% respectivamente.
Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil e do caderno Baiano. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão
Fonte: CoinTelegraph
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