Na Bahia, o transplante de córneas ganha novo impulso com a aquisição, pelo Sistema Estadual de Transplantes da Secretaria da Saúde do Estado, do Microscópio Especular, a ser utilizado pelo Banco de Olhos do Estado. O equipamento possibilita uma melhor avaliação das córneas doadas, com a contagem das células, resultando na maior utilização de córneas doadas.
Outro aspecto positivo do equipamento, segundo o médico Eraldo Moura, coordenador do Sistema Estadual de Transplantes, é a possibilidade de ser realizado o transplante lamelar, ou seja, em alguns casos uma só córnea pode ser utilizada em dois pacientes que necessitam do procedimento.
No último mês de junho, 1.216 pacientes se encontravam na fila esperando por um transplante de córnea. No mesmo mês, foram contabilizadas 107 doações. No caso de doação de múltiplos órgãos, foram registradas apenas 15 doações. O coordenador do Sistema Estadual de Transplantes esclarece que qualquer pessoa pode doar os órgãos, independentemente da idade, com exceção das córneas. Nesse caso, a doação só é possível até os 70 anos.
Processo de doação
O processo de doação de órgãos é iniciado com a identificação de um potencial doador nas unidades hospitalares. Após criteriosa etapa de exames e avaliações, é efetuado o diagnóstico de morte encefálica. Confirmada a morte encefálica, os familiares são informados sobre o óbito do paciente e uma equipe especializada e treinada presta apoio emocional à família e oferece a possibilidade de doação de órgãos e tecidos. Com o consentimento familiar procede-se a retirada dos órgãos e tecidos doados.
Todas as pessoas são doadoras em potencial, após avaliação médica da história clínica e das doenças prévias, e existem dois tipos de doadores: o vivo e o falecido. A família do doador precisa saber dessa decisão, pois é ela quem vai autorizar o médico a fazer o transplante. É possível doar coração, pulmão, fígado, rim, pâncreas, córnea, medula óssea, pele, osso, tendão e válvula cardíaca (tecidos).
Fonte / Foto: Ascom/Sesab