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Festival SiribAção celebrou a Cultura Popular com programação intensa reunindo Mestres e Mestras da Bahia e do Brasil 

Com programação aberta e gratuita o festival movimentou o município do Conde com Rodas especiais de Capoeira, oficinas diversas, palestras, rodas de conversa, exposições e muito mais

Entre os dias 01 e 12 de abril a população do Conde-Ba, cidade localizada no Litoral Norte da Bahia, viveu momentos de grandes emoções, valorização e celebração da Capoeira e da nossa vasta Cultura Popular. O Festival SiribAção, realizado desde 2016 no município pela Associação Sócio Artístico Cultural e Ambiental do Conde – Siribeira, ganhou nova edição esse ano, com a co-realização do Ministério da Cultura, em parceria com a Tráfego de Ideias e o Instituto IDI, contando com apoio da Prefeitura Municipal do Conde e patrocínio da Pan American Silver Brasil, da Neoenergia Coelba e do Instituto Neoenergia, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. 

Com programação composta por oficinas socioeducativas, encontros entre Mestres e Mestras da Bahia e do Brasil, Caminhada Cultural com a presença e condução do Mestre Tonho Matéria e apresentações recreativas e artísticas, o Festival SiribAção abriu a primeira semana de atividades com entregas especiais nas 12 comunidades atendidas durante todo o ano pela Associação Siribeira, com aulas de Capoeira e Cidadania (com 3 Espaços próprios, 3 Associações/Espaço parceiros, além de 5 Escolas Municipais e 1 Estadual), celebrando os seus 20 anos de atuação ininterrupta. Durante o festival, as comunidades escolares vivenciaram momentos emocionantes com as homenagens especiais, entrega de brindes e de lanches, além das rodas de conversa e confraternização. Além destas atividades, a comunidade de Siribinha contou, também, no primeiro sábado do Festival, com oficina de Grafite com o artista e arte-educador Fael Primeiro.
 
Na segunda semana do festival que dá continuidade ao trabalho de fomento, reconhecimento e difusão das manifestações populares orquestradas há 20 anos pela Associação Siribeira, novas vivências, oficinas, palestras, sempre utilizando diversas ferramentas de desenvolvimento e possibilidades pedagógicas, como a Feira de Ciências e observação dos planetas, com a participação do Laboratório de Popularização das Ciências Físicas (LaPoCFis) da Universidade do Estadual de Feira de Santana (UEFS); Oficinas de Lettering, Desenho e Pintura com tintas naturais, confecção de bonecas Abayomis e amarração de turbantes; Oficinas e vivências sobre a Cultura Afro do Hip Hop com a professora Tati Milô; Frevo com Mestra Mônica; Capoeira infantil e a importância da preservação e do cuidado com a Mãe Natureza, com os Mestres Bolinho, Victor Paes e Léo Pivette; Cintura Desprezada (Balões Cinturados) com Mestre Bida; A Sequência de Ensino da Capoeira Regional e Suas Variantes com Mestre Paulão; Representatividade em Adereços com as artistas e professoras Beta Almeida e Maria Jatobá; Roda de capoeira especial com Mestre Tony Ecoar; Ritmos da Capoeira com Mestre Xalatão; Capoeira Angola com Mestre Soneca, Mestra Mônica e Contramestre Japa e muito mais. 

A programação do festival contou ainda com roda de conversa sobre sentimentos e ritmos a partir do som dos tambores, com Mestra Claudinha e Reconlagos; oficina Desenrolando na Musicalidade com Mestre Jan Ferral; Samba de Roda Nativas de Arembepe com Dona Bete; Samba de Roda Barquinha de Bom Jesus com Dona Rita da Barquinha; além de palestras sobre Tartarugas marinhas e aves do nosso litoral com João do Projeto Tamar; exposição Africanidades com Mestre Barthô e uma oficina especial de percussão com Eduane Rudhá, nomeada Marcelo Paiva, em uma homenagem especial ao artista e parceiro da Siribeira e da Capoeira que fez passagem durante a pandemia, em um quadro fatal de leptospirose. Com atuação marcante na história da Siribeira, Marcelo foi antigo Aluno da Primeira Turma da Siribeira desde 2004, ganhando também uma caricatura especial no Barracão da Siribeira, grafitada por Fael Primeiro durante o Festival. 

Foram inúmeras homenagens e emoções transbordadas. “Mestre Careca, uma simplicidade nesse grande homem. O que seria da Siribeira sem ele?  Ele simplesmente faz acontecer. Dudu e Robertinho são os pilares que dão suporte às edificações do Mestre Careca. E quanto exemplo de coragem, confiança, força pra lutar por seus objetivos, determinação, resistência e fé. Minhas reverências a esse festival!”, parabeniza Lucia Menezes, uma das criadoras dos Palhaços do Rio Vermelho, também presente durante o SiribAção.

Siribeira do Conde – Em setembro de 2004, as atividades da Associação foram iniciadas no município do Conde- BA, com o intuito de minimizar diversas lacunas assistenciais, culturais e educativas na formação das crianças, adolescentes e jovens do município e região. Em 2010, as ações da Associação Siribeira se ampliaram, passando a ser realizadas, também, em outras comunidades. Atualmente a Siribeira atua em 12 localidades focais, beneficiando centenas de crianças, adolescentes e jovens e suas famílias destas comunidades e também do seu entorno. “Estamos extremamente gratos por tudo que vivenciamos juntos nestas duas semanas. Foi um investimento imenso de energia e dedicação”,  ressalta Eduardo Câmara, Mestre Dudu, Coordenador de Projetos da Associação Siribeira.

Fonte: Assessoria de Imprensa
Foto: Marcelo Gandra

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