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Hilton Coelho sugere isenção temporária de pagamento nos transportes para mulheres em situação de violência

Tramita na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) projeto de lei apresentado pelo deputado Hilton Coelho (Psol) que institui a isenção temporária de pagamento de tarifa nas linhas de transporte coletivo de ônibus metropolitano e do sistema metroviário às mulheres em situação de violência. Segundo o autor, “visa o acesso gratuito ao transporte público, uma medida justa e crucial para apoiar essas mulheres em sua jornada de recuperação e reconstrução de suas vidas”.

Segundo o projeto de lei, fará jus à isenção temporária de tarifa de transporte rodoviário metropolitano e metroviário a mulher em situação de violência a quem seja concedida medida protetiva de urgência, bem como aquela que esteja em processo de acompanhamento por serviços especializados de atendimento às mulheres, previstos pela mesma Lei. Caberá à Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) o cadastramento da mulher em situação de violência que necessite de isenção temporária no sistema de transporte público coletivo e de seus dependentes.

“A violência de gênero é uma triste realidade, que traz consequências que vão muito além das lesões físicas, estendendo-se ao domínio emocional, econômico e social. Nesse contexto, o acesso gratuito ao transporte público desempenha um papel significativo no apoio às vítimas”, afirma Hilton Coelho, acrescentando que “é fundamental reconhecer que muitas mulheres que sofrem violência enfrentam também a incerteza financeira. Muitas vezes, as vítimas são economicamente dependentes de seus agressores, o que dificulta sua capacidade de buscar ajuda ou de fugir de situações de abuso”.

Para o legislador, “com o acesso gratuito ao transporte público, se remove uma barreira financeira significativa, permitindo que essas mulheres busquem abrigos, serviços de apoio à violência doméstica ou instituições legais sem se preocupar com os custos adicionais de transporte. A gratuidade temporária promoverá autonomia e independência, possibilitando o acesso a serviços de saúde mental e física, a participação de programas de educação ou treinamento, a reconstrução de suas redes de apoio social, a diminuição da evasão dos serviços de acolhimento e facilitará a busca por emprego para garantia da independência financeira”.

Hilton Coelho conclui afirmando que “ao implementar o passe livre para mulheres vítimas de violência, estamos fazendo uma declaração importante como sociedade de que a violência de gênero não será tolerada e que estamos comprometidos em fornecer recursos e suporte às vítimas. Essa medida não apenas apoia as mulheres individualmente, mas também contribui para uma cultura de tolerância zero em relação à violência de gênero”.

Fonte: ALBA
Foto: Divulgação

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