O Programa de Residência Artística do MAM Bahia busca coletivos artísticos baianos que estão geralmente sediados em locais periféricos, como o Ilê que surgiu no Curuzu, no bairro da Liberdade da capital baiana.
Ainda tem vagas para as oficinas gratuitas que o icônico e pioneiro bloco afro baiano Ilê Aiyê está promovendo no Museu de Arte Moderna (MAM Bahia), em Salvador. As atividades se iniciam na oficina de dança com a professora Gisele Soares, nesta terça-feira (20), na quarta (21) e na quinta (22), sempre das 10h às 12h. Também na terça (20), dias 21 e 22, durante o turno da tarde, das 14h às 17h, o Ilê Aiyê promove a oficina de percussão com o professor Kehindê Boa Morte.
As inscrições são gratuitas, ainda estão abertas para qualquer interessado e devem ser feitas através do do disponível neste link https://linktr.ee/bahiamam, que está também na BIO do perfil @bahiamam do instagram. A Residência continua até o final deste mês, atuando com outras atividades, inclusive apresentação final do Ilê no museu. As atividades integram as comemorações pelos 50 anos de criação do Ilê Aiyê que se iniciaram em 2023 e seguem até 2024.
A abertura da Residência se deu em 13 de junho último, Dia de Santo Antônio, quando o fundador e presidente do Ilê, Antônio Carlos dos Santos, o Vovô, acompanhado por outros integrantes do bloco, estiveram no 2º Ato da exposição ‘UANGA’ no MAM que dentre outras produções do artista baiano, J. Cunha, mostra também cerca de 25 anos da história estética da agremiação durantes os carnavais de Salvador.
Liberdade e história
O Programa de Residência Artística do MAM Bahia busca coletivos artísticos baianos que estão geralmente sediados em locais periféricos, como o Ilê que surgiu no Curuzu, no bairro da Liberdade da capital baiana. A Residência foi concebida como laboratório proposto pelos coletivos convidados, em diálogo com os núcleos do museu, como curadoria, educativo, museologia, comunicação e outros. A inspiração vem do projeto original de Lina Bo Bardi (1914-1992), primeira diretora do MAM (1959-1963) e que desenhou uma Residência para o museu.
Fundado em novembro de 1974 por Vovô, a história do Ilê coincide com um momento histórico importante da década de 1970, quando surgiram vários movimentos que lutavam e incentivavam a cultura negra. O bloco surgiu e é sediado no terreiro Kwè Acé Jitolu, na ladeira do Curuzu. ‘Ilê Aiyê’ vem do idioma iorubá, utilizado em diversos países do continente africano, como Nigéria, Benim, Togo e Serra Leoa, com Ilê significando ‘casa’, e Aiyê terra.
Já participaram da Residência do MAM Bahia: Pinacoteca do Beiru (https://pinacotecadobeiru.art/), Instituto Oyá (https://institutooya.org/web/), Acervo da Laje (https://www.acervodalaje.com.br/) e Musas (Museu de Street Art Salvador, https://ilovemusas.wordpress.com/). O ILÊ AIYÊ é a quinta residência. Mais informações: (71) 31176132 e 31176139 (segunda a sexta, 9h às 12h e 13h às 15h). Acesse o @bahiamam no instagram e site o www.mam.ba.gov.br.
Fonte: Ascom/MAM
Foto: Carol Garcia/GOVBA