Na última sexta-feira (7), no município de Entre Rios, no Litoral Norte, mais de 30 animais silvestres recuperaram sua liberdade após um período de reabilitação no Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). Uma das solturas ocorreu em Barro Preto, no Sul da Bahia, na quinta-feira (6), ampliando o alcance e o impacto das ações de preservação ambiental promovidas pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema).
A atividade foi marcada pela soltura de répteis, aves e roedores, incluindo espécies como o Gavião-carcará, a coruja orelhuda e a Iguana-verde. Esses animais, resgatados, apreendidos ou entregues voluntariamente para o CETAS, passaram por um processo cuidadoso de triagem, avaliação, recuperação e reabilitação, preparando-os para retornar ao seu habitat natural.
O secretário do Meio Ambiente, Eduardo Mendonça Sodré Martins, destacou que a maioria dos animais que são resgatados foi capturada ilegalmente, muitas vezes por pessoas que desconhecem as leis ou o impacto ambiental. “Hoje estamos nos preparando para mais uma soltura, similar a outras realizadas no interior do estado. O objetivo é compartilhar todo o processo, desde o recebimento, tratamento e reabilitação dos animais até sua posterior soltura no meio ambiente”.
O secretário pontuou ainda que é essencial que, além das ferramentas de comando e controle, é crucial promover a educação ambiental. “A população precisa entender a importância dos animais silvestres, saber como observá-los e apreciá-los sem o intuito de comercialização”, explica.
A reintrodução dos animais à natureza foi realizada em áreas especialmente designadas para esse fim, cadastradas no programa Áreas de Soltura de Animais Silvestres (ASAS) do Inema. Essas áreas foram escolhidas por suas características ambientais favoráveis, como vegetação preservada, presença de recursos hídricos e baixas ameaças à fauna local.
O Inema gerencia dois CETAS, um em Salvador e outro em Cruz das Almas, com um terceiro em fase de construção em Barreiras, região oeste do estado. Esses centros desempenham um papel fundamental na conservação da fauna silvestre, oferecendo cuidados vitais para animais resgatados de situações de maus-tratos, comércio ilegal ou entregues voluntariamente por criadores.
“Essa ação coordenada pelo Inema não apenas marca a conclusão bem-sucedida de um ciclo de cuidados, mas também representa um importante passo na preservação da fauna e na conscientização sobre a importância da conservação ambiental. Através do engajamento da comunidade, parcerias estratégicas e ações contínuas de conservação, podemos garantir um futuro mais sustentável para nossa biodiversidade”, explicou Maria Amélia Lins, diretora-geral do órgão.
O biólogo do CETAS, Haeliton Cerqueira, explicou que os animais resgatados e apreendidos passaram por um processo de reabilitação, que incluiu atendimento clínico veterinário quando necessário. Além disso, a reabilitação envolveu a formulação de uma dieta adequada e a avaliação do comportamento natural dos animais até que estivessem prontos para serem soltos.
O período de adaptação dos animais a esses locais pode variar, dependendo das diferentes espécies e grupos. Não é um processo imediato para todos os animais e pode levar algum tempo até que eles se ajustem completamente ao novo ambiente. “Essas solturas ocorrem em reservas ambientais. Essas áreas oferecem os recursos naturais necessários, como alimento e água, permitindo que os animais sejam reintegrados ao seu habitat natural.
Além disso, os cidadãos que encontrarem animais silvestres ou exóticos em situações de risco podem contatar o Disque Resgate do Inema pelo Whatsapp (71) 99661-3998 ou pelo telefone (71) 3231-5960 para solicitar ajuda ou informações sobre como proceder adequadamente.
Fonte: Ascom/Inema
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