BrasilCombustívelEconomiaIBGE

IPCA-15 fica em 0,35% em setembro, influenciado pela alta da gasolina

Gasolina subiu 5,18%, e foi o maior impacto individual (0.25 p.p.) no índice de setembro.

A prévia da inflação ficou em 0,35% em setembro, 0,07 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada em agosto (0,28%). A maior variação (2,02%) e o maior impacto (0,41 p.p.) vieram de Transportes, devido, principalmente, à alta de 5,18% na gasolina. O IPCA-E, que se constitui no IPCA-15 acumulado trimestralmente (julho, agosto e setembro), situou-se em 0,56%, acima da taxa de -0,97% registrada em igual período de 2022.

No ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15, divulgado hoje (26) pelo IBGE, acumula alta de 3,74% e, em 12 meses, de 5,00%, acima dos 4,24% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2022, a taxa foi de -0,37%.

Seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em setembro. A maior variação (2,02%) e o maior impacto (0,41 p.p.) vieram de Transportes. O grupo Habitação (0,30% e 0,05 p.p.) desacelerou em relação ao mês anterior (1,08%). No lado das quedas, o destaque ficou com Alimentação e bebidas (-0,77%), que contribuiu com -0,16 p.p.

No grupo de Transportes, a gasolina subiu 5,18% e foi o subitem com o maior impacto individual no índice do mês (0,25 p.p.). Quanto aos demais combustíveis (4,85%), óleo diesel (17,93%) e gás veicular (0,05%) tiveram alta, enquanto o etanol (-1,41%) registrou queda nos preços. Após o recuo de 11,36% em agosto, houve alta de 13,29% nas passagens aéreas (13,29%) em setembro.

Ainda em Transportes, a alta do táxi (0,19%) deve-se ao reajuste de 20,19% nas tarifas a partir do dia 24 de julho em Fortaleza (5,54%). Em ônibus intermunicipal (1,05%), houve reajuste de 12,90% em Salvador (8,08%), a partir de 10 de agosto e de 6,00% em Porto Alegre (1,09%), a partir de 1º de agosto.

Habitação registra altas em energia e em água e esgoto e queda no preço do gás

No grupo Habitação (0,30%), destaca-se a alta da energia elétrica residencial (0,66%), influenciada pelo reajuste de 9,40% em Belém (8,81%), a partir de 15 de agosto. A alta da taxa de água e esgoto (0,12%) decorre do reajuste de 5,02% em Brasília (2,76%), a partir de 1º de agosto. Por sua vez, a queda em gás encanado (-0,46%) decorre de reduções tarifárias em duas áreas de abrangência: em Curitiba (-1,47%), redução de 2,23%, a partir de 4 de agosto; e no Rio de Janeiro (-0,84%), redução média de 1,70%, a partir de 1º de agosto.

Em Saúde e cuidados pessoais (0,17%), o destaque foi a alta no item plano de saúde (0,71%), decorrente dos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos contratados antes da Lei nº 9.656/98, com vigência retroativa a partir de julho. Desse modo, no IPCA-15 de setembro foram apropriadas as frações mensais dos planos antigos relativas aos meses de julho, agosto e setembro.

Queda do grupo Alimentação e bebidas foi influenciada pela deflação da alimentação no domicílio

A queda do grupo Alimentação e bebidas (-0,77%) foi influenciada novamente pela deflação nos preços da alimentação no domicílio (-1,25%), à exemplo dos três meses anteriores. Destacam-se as quedas da batata-inglesa (-10,51%), da cebola (-9,51%), do feijão-carioca (-8,13%), do leite longa vida (-3,45%), das carnes (-2,73%) e do frango em pedaços (-1,99%). No lado das altas, o arroz (2,45%) e as frutas (0,40%) subiram de preço, com destaque para o limão (32,20%) e para a banana-d’água (4,36%).

A alimentação fora do domicílio (0,46%) acelerou em relação ao resultado do mês anterior (0,22%). Foram registradas altas no lanche (0,74%) e na refeição (0,35%). Em agosto, as variações desses subitens haviam sido de 0,14% e 0,35%, respectivamente.

No cenário regional, apenas Salvador apresentou variação negativa em agosto

Quanto aos índices regionais, somente uma área apresentou variação negativa em setembro. A menor variação ocorreu em Salvador (-0,03%), cujo resultado foi influenciado pela queda nos preços da cebola (-16,60%) e das carnes (-3,95%). Já a maior variação foi registrada em Belém (1,00%), por conta da alta da energia elétrica residencial (8,81%) e da gasolina (6,51%).

Mais sobre a pesquisa

Para o cálculo do IPCA-15, a metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica. Os preços foram coletados no período de 15 de agosto a 14 de setembro (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de julho a 14 de agosto.

O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. Veja os resultados completos no Sidra. A próxima divulgação do IPCA-15, referente a outubro será em 26 de outubro.

Fonte: IBGE
Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias

Related posts

Bolsa abre em queda com VALE3, PETR4 e queda de commodities

Fulvio Bahia

Conselho de incentivo à Cultura aprova execução de R$ 352 milhões em projetos pela Lei Rouanet

Fulvio Bahia

Seleção brasileira de judô é convocada para os Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023

Fulvio Bahia

Deixe um comentário

Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência. Nós assumimos que você concorda com isso, mas você pode desistir caso deseje. Aceitar Leia Mais