A vereadora é idealizadora da Patrulha Guardiã Maria da Penha
A vereadora Ireuda Silva (Republicanos) afirma que a capital baiana está se destacando como pioneira na proteção das vítimas de violência contra a mulher no Brasil. “Em uma iniciativa inovadora, a cidade será a única no país a implementar um serviço de patrulha para proteger as mulheres nas primeiras 48 horas após a denúncia de violência. Esse período é considerado o mais crítico, quando as vítimas correm maior risco de vida”, enfatiza a vereadora. Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, ela é a idealizadora da Patrulha Guardiã Maria da Penha.
A Patrulha Guardiã Maria da Penha, destinada a proporcionar atenção e proteção às mulheres vítimas de violência no município, foi lançada pelo prefeito Bruno Reis segunda-feira (17), no foyer da Prefeitura Municipal.
A patrulha será coordenada exclusivamente por mulheres da Guarda Civil Municipal. “A presença de uma guarda mulher não só aumenta a sensação de segurança, mas também promove uma empatia e um entendimento mais profundo das dificuldades enfrentadas pelas vítimas”, explica Ireuda.
Apoio psicológico
Além de garantir a segurança física das mulheres, a patrulha tem um papel fundamental na orientação e apoio psicológico. “Estamos falando de uma abordagem integrada, na qual a proteção física é combinada com suporte emocional. Queremos que as mulheres se sintam seguras e apoiadas em todos os aspectos”, destaca a vereadora.
A iniciativa foi bem recebida pela população e por organizações de defesa dos direitos das mulheres. “Essa patrulha não só protege as vítimas, mas também envia uma mensagem clara de que Salvador não tolera a violência contra a mulher. Estamos prontos para agir rapidamente e com firmeza”, enfatiza.
Ireuda Silva acredita que essa medida pode inspirar uma mudança nacional na forma como a violência contra a mulher é tratada. “Espero que outras cidades adotem medidas semelhantes e que possamos, juntos, criar um ambiente mais seguro e justo para todas as mulheres do nosso país”, diz a vereadora.
Barreiras
Ireuda Silva abordou a complexidade e a gravidade da violência doméstica, enfatizando que muitas mulheres ainda enfrentam barreiras significativas ao buscar ajuda. Ela mencionou que frequentemente as vítimas encontram falta de sensibilidade e compreensão ao prestar queixa, além de serem culpabilizadas pelas agressões sofridas, um fenômeno conhecido como revitimização, que perpetua o ciclo de violência. “Essa revitimização é inaceitável e contribui para o ciclo de violência, especialmente quando os agressores não são punidos”, disse.
De 2021 a 2023, os Centros de Referência e Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Doméstica ampliaram em cerca de 275% o número de atendimentos na capital baiana, com mais de 10 mil delas sendo assistidas pelo município. A Patrulha Guardiã Maria da Penha será coordenada pela agente Géssica Reis, que atua na instituição desde 2008 e tem mais de 15 anos de experiência no campo operacional e gestão de efetivo.
Fonte: ASCOM CMS
Foto: Divulgação