A vereadora Ireuda Silva (Republicanos), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice-presidente da Comissão de Reparação, comentou a recente condenação de cinco torcedores do Real Valladolid, na Espanha, por ataques racistas ao jogador brasileiro Vinícius Júnior. Os réus foram sentenciados a um ano de prisão e ao pagamento de uma multa de 1.620 euros (cerca de R$ 10 mil). A sentença, homologada pelo Ministério Público espanhol, é a primeira no país a reconhecer o racismo como crime de ódio no futebol.
“Essa decisão representa um marco no combate global ao racismo. A condenação não repara o sofrimento de Vini Jr., mas envia uma mensagem clara: o racismo não será mais tolerado como algo ‘normal’ dentro ou fora dos estádios. É um passo civilizatório, e que precisa inspirar outros países, inclusive o Brasil, onde tantos casos ainda são ignorados ou tratados com conivência”, declarou a vereadora, que é autora da lei que instituiu o Dia Municipal de Combate ao Racismo no Esporte.
O caso aconteceu no dia 30 de dezembro de 2022, durante partida válida pela LaLiga entre Real Valladolid e Real Madrid, no estádio José Zorrilla. Aos 43 minutos do segundo tempo, após ser substituído, Vini Jr. caminhava em direção ao banco de reservas quando foi alvo de gritos como “negro de merda” e imitações de sons de macaco vindos da arquibancada.
Para Ireuda, a punição é histórica não apenas por reconhecer o racismo como crime de ódio, mas por quebrar a impunidade que durante décadas blindou torcedores racistas ao redor do mundo. A vereadora também destacou a importância da educação antirracista e de políticas públicas eficazes para prevenir esse tipo de crime. “Racismo é estrutural, mas também é um comportamento que pode e deve ser enfrentado com firmeza, punição e educação. O esporte, especialmente o futebol, não pode mais ser um ambiente permissivo para práticas criminosas. Racismo é crime e precisa ser tratado como tal em qualquer lugar do mundo”, finalizou.
Fonte / Foto: Ascom ver Ireuda Silva – Republicanos
