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Ireuda Silva comenta o recorde de mulheres no mercado de trabalho: “Avanço insuficiente e desigual”

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na última quinta-feira (15) dados que apontam um novo recorde no nível de ocupação das mulheres no mercado de trabalho. No segundo trimestre deste ano, a taxa de ocupação feminina subiu para 48,1%, um avanço em relação aos 47,2% registrados no primeiro trimestre. Apesar desse progresso, o percentual de mulheres empregadas no Brasil ainda permanece abaixo de 50%.

A vereadora Ireuda Silva (Republicanos), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher na Câmara Municipal de Salvador, destacou a importância desse avanço, mas também alertou para os desafios que ainda precisam ser enfrentados. “Ver o nível de ocupação das mulheres atingir um recorde é, sem dúvida, um sinal positivo, mas é importante lembrar que estamos falando de menos da metade das mulheres brasileiras empregadas. Isso revela o quanto o mercado de trabalho ainda é desigual e resistente à plena inserção feminina.”

Ireuda, que tem como uma das bandeiras a defesa dos direitos das mulheres, ressalta que, embora o aumento do nível de ocupação seja um passo à frente, ele não é suficiente. “Ainda enfrentamos desafios significativos, como a disparidade salarial, a dupla jornada, e o machismo estrutural que impede muitas mulheres de alcançarem posições de liderança. Além disso, é fundamental que os avanços no mercado de trabalho estejam acompanhados de políticas públicas que ofereçam suporte e segurança, como o fortalecimento de programas de qualificação profissional e o combate à violência doméstica, que tantas vezes afasta mulheres do trabalho.”

Criadora da Patrulha Guardiã Maria da Penha, do Simm Mulher e do Nova Fase, a republicana reforçou a necessidade de continuar lutando por mais espaço e reconhecimento para as mulheres em todas as esferas da sociedade. “Enquanto o nível de ocupação das mulheres não ultrapassar a barreira dos 50%, e enquanto houver desigualdade de oportunidades e remuneração, nossa luta estará longe de acabar. A ocupação feminina no mercado de trabalho precisa ser não só quantitativamente expressiva, mas também qualitativamente justa.”

A série histórica do IBGE, iniciada em 2012, indica que o novo patamar é o mais alto já registrado, o que reflete tanto os esforços das mulheres quanto as pressões econômicas que as empurram para o mercado de trabalho. Para Ireuda Silva, o desafio agora é transformar esse movimento em um avanço sustentável e equitativo para todas as mulheres.

Fonte / Foto: ASCOM ver Ireuda Silva – Republicanos

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