Em 2022, foram registrados 4.956 trotes.
Com o objetivo de cessar os trotes recebidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU Regional 192), a Prefeitura de Jequié, através da Secretaria de Saúde, deu início, na última segunda-feira, 20, uma campanha para sensibilizar a população acerca da gravidade dessa prática. A iniciativa do município ocorre depois de um levantamento que revelou que mais de 500 trotes já foram recebidos, somente de janeiro até agora, em vez de pedidos de ajuda ou solicitações de socorro.
Passar trotes aos serviços de emergência, como a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Samu é um crime previsto pelo artigo 266 do Código Penal Brasileiro, e o infrator pode pegar de um a seis meses de detenção. Além disso, crianças e adolescentes também podem ser punidos, pois esse tipo de chamada acabam prejudicando pessoas que necessitam de atendimento. Em 2022, foram atendidas 67.047 ligações e, dessas, 4.956 foram pedidos falsos de atendimento, ou seja, das ligações efetuadas para o SAMU, seja, 7,3% foram de trotes, no ano passado e, destes, foram enviadas ambulâncias para cerca de 10 casos.
O serviço conta com 17 Unidades de Suporte Básico de Vida (USB), duas Unidades de Suporte Avançado (USA), uma motolância e, em breve, uma USA em Jaguaquara e uma USB em Ibirataia. Prestam atendimento à população, trabalhando nessas unidades e na central de regulação do SAMU, onde são atendidas as ligações feitas, cerca de 270 profissionais, incluindo motoristas, socorristas, técnicos e auxiliares em enfermagem, enfermeiros, médicos e funcionários da área administrativa, que atualmente ocupam base de operações em 26 municípios, mais Jequié, sendo que a base local está funcionando provisoriamente na Avenida Rio Branco, bairro São José, de onde as equipes saem em plantão prestando atendimento.
“É um problema que causa vários danos, como a ocupação das linhas telefônicas, fazendo com que deixem de ser atendidas as ligações de situações reais, causa o acionamento da ambulância que, ao chegar ao local informado e não existindo a ocorrência, deixou de atender uma real situação de socorro, fora os gastos gerados desnecessariamente de combustível, depreciação da ambulância e até do desgaste dos profissionais envolvidos. Esse tipo de iniciativa é criminosa e esperamos contar com a sociedade, para que casos como esses não aconteçam mais.”, disse o coordenador geral do SAMU Regional 192, de Jequié, o médico Leandro Simões.
Fonte / Imagem: SECOM PMJ