Nícolas apresentou na UFPR o seu projeto sustentável que teve o inventivo do Governo do Estado da Bahia.
Por Fulvio Bahia.
Nascido no município de Lauro de Freitas, Nicolas Moreira Natale, 17 anos, é um garoto que, como muitos outros de sua idade, gosta de praia, cinema, museus, concertos musicais, bichos e plantas. Estudante do 2º ano do ensino médio no Colégio Central, se tornou notícia esta semana, ao ser escolhido para representar a Bahia na 75ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, onde apresentou para os participantes o projeto “Papel com fibra da planta Espada de São Jorge”.
O caderno Baiano conversou com o jovem cientista e apresenta abaixo um pouco desse bate papo.
Quando percebeu sua vontade de ser cientista?
Acredito que desde pequenino, quando eu dizia que queria ser veterinário e brincava de ser alquimista com os tubinhos de água colorida. Claro que essa ideia foi se moldando até chegar hoje no meu desejo de cursar biologia e seguir carreira como pesquisador/Cientista.
A rede estadual de ensino lhe proporcionou essa conquista. Qual a visão sobre o sistema de educação que você tem hoje na Bahia?
O sistema de educação na Bahia proporciona, através do Centro Juvenil de Ciência e Cultura, uma expansão dos meus conhecimentos pela oferta de oficinas que trabalham com meus interesses e habilidades. Foi na oficina Sementes da Bahia, ministrada pela professora Laísa Macêdo Brandão, que eu desenvolvi o papel da fibra da Espada de São Jorge.
Qual o caminho que pretende seguir agora?
No momento pretendo continuar desenvolvendo meu trabalho: “Papel de Sansevieria Trifasciata: folha, água e nada mais!” levando-o a outros eventos científicos e buscando patrocínios para aprimorá-lo e quem sabe substituir o papel industrial de celulose por ele.
Falando em sustentabilidade, o quê te leva a crer que esse é o caminho que o mundo precisa seguir?
Diante do atual cenário ambiental de devastação da biodiversidade, irregularidades climáticas e escassez hídrica, pensar em alternativas de produção que sigam os Objetivos de Desenvolvimentos sustentáveis 12 (ODS) se torna crucial para contrapor esse caminho catastrófico, já anunciado pela ONU, que culmina o planeta.
Para finalizar, deixe uma mensagem para os estudantes que buscam acrescentar soluções práticas para os problemas que enfrentamos hoje, principalmente no quesito meio ambiente.
Eu diria para aproveitarem as oportunidades, lerem editais, acompanhar jornais e ficarem antenados a sua volta, pois na maioria das vezes as soluções estão debaixo dos olhos.
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