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Judô: Prata em Astana, Guilherme Schimidt comemora retorno ao pódio e entra no top 4 do ranking mundial

Brasileiro analisou positivamente seu desempenho no Grand Slam do Cazaquistão e projetou próximos desafios no Circuito IJF.

Ao desembarcar no Cazaquistão para disputar o Grand Slam de Astana, no último sábado (17), Guilherme Schimidt recebeu a desagradável notícia de que sua mala havia sido extraviada. Por precaução, os judocas costumam viajar com o material de competição – incluindo os quimonos – na bagagem de mão.

No entanto, Schimidt foi obrigado pela companhia aérea a despachar também sua bagagem de cabine. Para piorar, nenhuma bagagem chegou a tempo da competição e o brasileiro lutou um Grand Slam com quimono emprestado pela Federação Internacional de Judô.  

A “maré de azar”, contudo, ficou só na questão logística. No tatame, Schimidt conseguiu apresentar seu judô em alto nível e enfileirou adversários para conquistar a única medalha do Brasil na competição. Uma prata com gostinho especial depois de quase um ano sem subir ao pódio no Circuito Mundial.  

“A sensação foi muito boa de ter conquistado essa medalha. Apesar de estar feliz com meu desempenho, não estou satisfeito por ter perdido essa final. Mas, essa competição é muito importante na questão da pontuação e estava com um nível forte, com a volta de alguns atletas russos, dois no meu peso”, avaliou.  

Adam Tsechoev, vice-campeão mundial júnior em 2021, e Khasan Khalmurzaev, campeão olímpico no Rio, não chegaram a cruzar o caminho de Schimidt no Cazaquistão, mas entraram no radar de estudos do brasileiro para competições futuras, já que nunca se enfrentaram no circuito.  

Em Astana, por outro lado, ele precisou preocupar-se com outra pedra no sapato, o tadjique Somon Makhmadbekov, campeão mundial júnior no 73kg, em 2019, que venceu Schimidt pela segunda vez. Agora, na final de um Grand Slam.  

“A luta foi muito tática. Eu já tinha perdido para ele de punição, no Grand Slam de Tóquio. Dessa vez, ele conseguiu me anular taticamente, diminuindo as brechas para eu fazer meu ne-waza (luta de solo), que é um ponto forte. Ele teve um kumi-kata (pegada) melhor na luta e eu acabei perdendo taticamente para ele. Essa é minha avaliação. Mas, isso vai servir de aprendizado para as próximas competições-alvo, como o World Masters”, projeta.  

Como o próprio judoca indica, não há tempo para lamentar. O Grand Slam de Astana já é página virada e o foco, agora, se vira para a segunda competição mais importante do ano e uma das mais difíceis da temporada, o World Masters da Hungria, que será em agosto. Essa etapa reúne os melhores judocas do mundo porque apenas os 36 melhores ranqueados em cada categoria são convidados. 

Os pontos do Cazaquistão, porém, foram fundamentais para Schimidt melhorar sua posição no ranking, subindo cinco degraus e chegando à quarta posição. Um bom ranking ajuda a “fugir” de adversários mais duros nas primeiras rodadas. Mas, o brasileiro quer mais.  

“É sempre muito importante estar subindo no ranking mundial, no ranking olímpico, pensando em Jogos Olímpicos. Estar sempre bem colocado no ranking para cair num chaveamento melhor. Mas, o meu projeto é ser o líder do ranking, ser o melhor. Eu foco muito em ganhar competição”, conclui.  

Fonte / Foto: ASCOM CBJ

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