Competição começa nesta sexta-feira (15), com 10 brasileiros no tatame no primeiro dia de disputas individuais.
A seleção brasileira de judô está no Canadá para a disputa do Campeonato Pan-Americano e Oceania de Calgary 2023, que começa nesta sexta-feira (15). Na véspera da competição, a delegação brasileira teve a oportunidade de treinar no tatame onde serão as disputas, no Markin Macphail Centre, um centro de treinamento olímpico que recebeu os Jogos Olímpicos de Inverno em 1988.
“A gente deu mais uma soltada para tirar toda a carga do vôo, os últimos ajustes para dar uma suada logo que já tem pesagem. Foi mais para dar uma movimentada. O treino em si a gente já fez cada um no seu clube, chegamos bem preparados e vamos para cima, torcendo pro Brasil sair daqui com muitos ouros”, comentou Daniel Cargnin (73kg), que é tricampeão pan-americano no 66kg, mas ainda busca sua primeira medalha continental no 73kg.
Em 2022, ele sentiu uma lesão no Pan de Lima, e foi poupado da disputa pelo bronze, terminando em quinto lugar.
Brasil “abaixo de zero”
O treino de reconhecimento do tatame serviu também para a seleção se aclimatar à temperatura ambiente da arena, que foi adaptada em cima de uma pista de gelo que costuma receber jogos de hóquei, um dos esportes mais tradicionais do Canadá.
“Não tem como não sentir o clima, está bem frio aqui. O tatame é em cima de uma pista de gelo, mas é um bom estímulo para a gente ir mais forte, se dedicar na competição. A equipe do Brasil está com força total e eu acredito em excelentes resultados”, ponderou a experiente Ketleyn Quadros (63kg), que foi campeã pan-americana em 2021 e acabou ficando em 5º lugar no ano passado.
Apesar das condições atípicas, os brasileiros sabem que precisarão se superar para buscar as medalhas e os pontos importantíssimos do pan-americano, que valem muito na classificação para os Jogos Olímpicos de Paris 2024. Os 700 pontos do título pan-americano podem entrar como sexto ponto no ranking mundial e impulsionar os atletas até a zona de ranqueamento olímpico (18 primeiros por categoria).
“São pontos importantes para, primeiramente, classificar para as Olimpíadas e ainda tentar chegar como cabeça-de-chave. Vai ser uma competição difícil, mas temos potencial para sair daqui com a medalha de ouro”, avaliou Willian Lima (66kg), número 12 do mundo, e dono de um ouro (2021) e um bronze (2022) em pan-americanos sênior.
Em 2022, o Brasil conquistou 15 medalhas no Pan de Lima, sendo sete de ouro, cinco de prata e três bronzes. Dos sete atuais campeões, quatro tentarão defender seus títulos em Calgary: Larissa Pimenta (52kg), Beatriz Souza (+78kg), Guilherme Schimidt (81kg) e Mayra Aguiar (78kg), que fará sua primeira competição em 2023.
Jéssica Lima (57kg) e Eric Takabatake (66kg) não estão entre os convocados e Amanda Lima (48kg), que foi convocada para Calgary, acabou sendo cortada por lesão. Em seu lugar, a CBJ convocou a novata Nauana Silva (63kg), que já estava no Canadá para o Pan Júnior, onde foi campeã, e fará sua estreia na equipe principal. Ela venceu a última seletiva nacional deste ano e garantiu um lugar na seleção.
Confira abaixo a agenda completa do Pan-Americano
Sexta-feira, 15
Natasha Ferreira (48kg), Larissa Pimenta (52kg), Jéssica Pereira (52kg), Rafaela Silva (57kg), Ketleyn Quadros (63kg), Nauana Silva (63kg), Matheus Takaki (60kg), Michel Augusto (60kg), Willian Lima (66kg) e Daniel Cargnin (73kg).
Sábado, 16
Luana Carvalho (70kg), Mayra Aguiar (78kg), Beatriz Souza (+78kg), Guilherme Schimidt (81kg), Rafael Macedo (90kg), Leonardo Gonçalves (100kg), Rafael Buzacarini (100kg) e Rafael Silva (+100kg)
Domingo, 17
Equipes Mistas – Rodízio entre Brasil, Cuba e Canadá
Preliminares: 13h (Brasília)
Finais: 19h (Brasília)
Transmissão ao vivo: https://app.joymo.tv/judocanada
Fonte: ASCOM CBJ
Foto: Lara Monsores/CBJ