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Lei que estabelece Áreas de Proteção ao Ciclista de Competição em Salvador é sancionada

De autoria do vereador André Fraga (PV), Lei 9.709/2023 estabelece que podem ser criadas até duas APCCs por prefeitura-bairro.

O prefeito Bruno Reis (UB) sancionou a Lei 9.709/2023, de autoria do vereador André Fraga (PV), que estabelece a criação de Áreas de Proteção ao Ciclista de Competição (APCCs) em Salvador. Tratam-se de vias que serão exclusivas, entre 4h e 5h30, para que atletas do ciclismo possam pedalar em alta velocidade.

De acordo com o projeto, as vias devem ter uma extensão de, no mínimo, 1,5 quilômetros lineares em cada sentido e poderão ser criadas até duas APCCs por prefeitura-bairro. O texto foi aprovado no plenário da Câmara de Vereadores de Salvador no dia 26 de abril e enviado para o prefeito Bruno Reis, que sancionou a lei sem nenhum veto na última terça-feira (13).

“É mais uma vitória que nosso mandato consegue para a galera do ciclismo de Salvador. Por causa das altas velocidades alcançadas durante os treinamentos, é inviável que os atletas do ciclismo fiquem restritos apenas a utilizar as ciclovias ou ciclofaixas. Agradeço ao prefeito e ao secretário de Mobilidade Fabrizzio Müller por entenderem a importância do projeto”, comemorou André Fraga.

Ainda segundo o vereador, o projeto vai trazer mais segurança para a cidade de uma forma simples. “As APCCs vão garantir mais segurança para todos e sem atrapalhar o trânsito, uma vez que a interdição da via será apenas durante 1h30 e pela madrugada, quando há menor tráfego de veículos na cidade. Além disso, criar APCCs é investir no esporte, o que pode favorecer o surgimento de novos atletas que hoje têm dificuldades para treinar”, disse.

A campeã pan-americana, tricampeã brasileira e decacampeã baiana nas categoria Estrada e Contrarrelógio, Cristiane Duque, é um exemplo disso. Apesar das conquistas, ela não esconde que só conseguiu chegar lá através de muito sufoco. “Mesmo iniciando os treinos às 4h15 para finalizar antes que o movimento nas ruas se intensifique, cruzo com pedestres, motociclistas e motoristas de carro e ônibus, o que representa riscos para a prática”, afirmou.

Esse cenário já gerou até acidentes. “Uma vez quebrei a clavícula e tive uma compressão do nervo. Isso sem falar dos assédios. No mês passado, precisei prestar queixa na polícia por conta da reincidência de um motorista em me seguir para tentar passar a mão em mim. Por isso, essa lei é um sonho! Poder planejar e executar treinos específicos, sem depender do fluxo do trânsito, é fundamental”, afirmou.

Fonte / Foto: ASCOM Ver. André Fraga

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