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LGBT+60: idosos celebram conquistas em nova temporada da premiada série do #Colabora; assista

Criada por Yuri Alves Fernandes, a série que já soma mais de 2 milhões de views está de volta com cinco novas histórias: Ana Carolina Apocalypse, Denise Taynáh, Márcio Guerra, Luiza Gasparelly e Seu Franco.

A premiada websérie do #Colabora “LGBT+60: Corpos que Resistem”, que já soma mais de 2 milhões de views nas plataformas digitais, estreia nesta segunda-feira, 15, a sua terceira temporada. São cinco novos episódios repletos de histórias inspiradoras que revelam a trajetória de vida e celebrações de brasileiros LGBT+, que vivem a terceira idade em sua plenitude. Assista ao trailer abaixo!

Os episódios – dirigidos e roteirizados por Yuri Alves Fernandes – contam as nuances e conquistas por trás da vida da ativista Denise Taynáh Leite, de 74 anos; do jornalista Márcio Guerra, de 63 anos; da influenciadora Ana Carolina Apocalypse, de 65 anos; da drag queen Luiza Gasparelly, de 60 anos; e do aposentado Seu Franco, de 67 anos. “São histórias que nem todas as pessoas estão acostumadas a ouvir, seja na mídia ou em debates. São idosos LGBT+, de diferentes contextos sociais, que contam sobre suas experiências, muitas vezes dolorosas, mas também sobre conquistas e sonhos”, afirma o idealizador do projeto, que tem produção da Giulia da Graça/Vintepoucos e coprodução da RioFilme. Os episódios já estão disponíveis no nosso canal do YouTube e nas redes sociais

Conheça os episódios de ‘LGBT+60’:

Episódio 1: Ana Carolina Apocalypse
Verdadeiro fenômeno na internet, a paulistana Ana Carolina tem mais de 100 mil seguidores e comemora seu aniversário de 65 anos. Ela relata aspectos da sua transição de gênero, realizada a partir dos 59 anos, quando assistiu a novela “A Força do Querer”, que trouxe pela primeira vez à teledramaturgia brasileira um processo de transição. Ana aborda ainda a relação com a filha, o sonho realizado em colocar silicone e sobre o preconceito que sofre no ambiente virtual. “Nunca é tarde para ser feliz”, celebra.

Episódio 2: Denise Taynáh
A protagonista do segundo episódio é Denise Taynáh Leite, de 74 anos, mulher trans negra e carioca. Ativista, trabalha como Secretária dos Direitos LGBT+ na SEDSODH – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro, e conta no episódio sobre a violência familiar; a relação com o carnaval, arte e seus sete filhos; e sobre o emocionante momento em que se entendeu mulher. 

Episódio 3: Márcio Guerra
A história de amor e de coragem do jornalista Márcio Guerra, de 63 anos, nascido e criado em Juiz de Fora, também é um dos destaques da série. Há dois anos, Márcio e o seu companheiro de três décadas, Flávio, adotaram o jovem Phellipe. Hoje, a família vive unida, num ambiente de amor e acolhimento. Além da adoção tardia, Márcio reflete sobre as novas descobertas com a paternidade na terceira idade: “Eu renasci”. 

Episódio 4: Seu Franco
Seu Franco é um homem trans negro, de 67 anos, nascido em Porto Alegre, que saiu de casa aos 13 para morar nas ruas por não se sentir aceito. Aos 17, foi tomando consciência da sua identidade de gênero, mas somente anos depois se entendeu e se aceitou como uma pessoa transmasculina ao assistir uma entrevista com João Nery (convidado da primeira temporada de LGBT+60) na televisão. No quarto episódio, ele revela os bastidores da tão sonhada mastectomia masculinizadora, realizada aos 66: “Às vezes eu nem acredito, agora eu posso dizer que estou completo”. 

Episódio 5: Luiza Gasparelly
No último episódio, a drag queen carioca Luiza Gasparelly, de 60 anos, relembra como se entendeu como um homem gay e artista e suas vivências fora do país. Além disso, revela a perseguição e o preconceito contra as travestis e drag queens na ditadura, apresentações icônicas, a descoberta do HIV e conquistas tanto afetivas quanto profissionais de uma carreira nos palcos que ultrapassa quatro décadas. “Eu não tinha uma missão. Eu tinha a minha vida”. 

Futuro e longevidade

“Com os seus recortes, ‘LGBT+60’ mostra para toda a sociedade que não existe apenas um caminho traçado para nós. Existe, claro, o abandono resultado da intolerância familiar e da sociedade, que coloca muitos idosos, sobretudo pessoas trans, em variadas vulnerabilidades. Porém, existem diversos outros caminhos. O da construção do amor e do casamento; da construção da família e da paternidade ilustrado pelo Márcio na nova temporada; da sobrevivência e dos sonhos realizados, mesmo que tardiamente, como veremos com a Ana, o Seu Franco e com a Denise. O caminho da produtividade e da carreira, a exemplo da Luisa que segue brilhando nos palcos”, afirma Yuri Alves Fernandes.

Desde que estreou, em 2018, “LGBT+60” vem conquistando diversos prêmios, os mais recentes foram os de Melhor Roteiro e Melhor Direção, no Rio Webfest 2023, maior festival de webséries do mundo. “LGBT+60” também já levou o Prêmio Longevidade Bradesco Seguros na categoria Jornalismo Web (2019), o 20º Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade LGBT+ na categoria Audiovisual e Arte Cênicas (2021) e a Menção Honrosa na Mostra Cine Diversidade, do Rio de Janeiro (2021).

A equipe da websérie é composta majoritariamente por pessoas LGBT+, incluindo pessoas trans, como o codiretor Gab Meinberg. “É um tipo de série transgressora que gera mudança toda vez que é reproduzida. É por isso que a Vintepoucos ficou em êxtase ao produzir a 3ª temporada. É um projeto que prova que nós, da comunidade LGBT+, temos direito a um passado, presente e principalmente, um futuro”, reforça Gab.


A primeira temporada trouxe relatos fortes sobre luta, esquecimento e até mesmo crueldade. A segunda mostrou como o amor é possível para combater esse preconceito. Agora, a terceira traz a mensagem de que nunca é tarde para ser feliz e realizar sonhos. São corpos que resistem, amam e também celebram.

Yuri Alves Fernandes

Criador e diretor de LGBT+60

“Como homem gay e jornalista, é uma realização enorme ecoar essas histórias. Pela sensibilização, conseguimos alcançar milhões de pessoas e ocupar diferentes espaços: festivais, cinemas, universidades e museus. Eu sinto que esse projeto traz conhecimento mas também esperança. Sinto orgulho por saber do impacto que ele tem e do que ele ainda pode causar com a terceira temporada. A primeira trouxe relatos fortes sobre luta, esquecimento e até mesmo crueldade. A segunda mostrou como o amor é possível para combater esse preconceito. Agora, a terceira traz a mensagem de que nunca é tarde para ser feliz e realizar sonhos. São corpos que resistem, amam e também celebram. Tudo ao mesmo tempo!”, finaliza o mineiro Yuri Alves Fernandes.

A terceira temporada da série ‘LGBT+60+ Corpos que Resistem’ é resultado do programa de Fomento do Audiovisual Carioca 2022, gerido pela RioFilme, órgão vinculado à Secretaria de Governo e Integridade Pública (Segovi) da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. 

Ficha Técnica:

Roteiro e direção: Yuri Alves Fernandes
Codireção e Direção de fotografia: Gab Meinberg
Captação: Gab Meinberg, Le Jorge e Guilherme Maia
Produção Executiva: Giulia da Graça
Assistente de Produção: Tatiana Coelho
Som: Felipe Gali
Drones: Hugo Rodrigues, Diego Quetz e Vinicius Meirelles
Montagem: Giulia da Graça
Assistência de Montagem: Gabriel Melo
Finalização: Gab Meinberg
Desenho de Som/Mixagem: Felipe Gali e Caudo Feitosa
Pesquisa: Yuri Alves Fernandes
Arte Conceitual: Danilo Torres
Mídias Sociais: João Pedro Boaretto e Allana Gana
Produtora: Vintepoucos
Coprodutora: RioFilme
Apoio: Marins – Projetos e Soluções
Veiculação: Colabora – Jornalismo Sustentável
Assessoria: Prisma Colab

Fonte: COLABORA
Imagem: Divulgação

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