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Mercado de trabalho formal no Jornalismo demite mais do que emprega em 2023

Segundo Caged, jornalistas perderam 883 postos de trabalho com carteira assinada ao longo do ano passado

Enquanto o emprego com carteira assinada cresceu 3,5%, o equivalente a quase 1,5 milhão de novos postos de trabalho celetistas no país, em 2023, o mercado formal de trabalho para a categoria dos jornalistas continuou em declínio, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Apesar de terem ocorrido mais de 9,5 mil contratações de profissionais do Jornalismo no período, o número de desligamentos foi maior: em torno de 10,4 mil, gerando saldo líquido negativo, uma redução de 883 postos de trabalho no ano. O dado faz parte de levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a pedido da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ).

Desagregando os mesmos dados por ocupação/função, verifica-se que, em 2023, houve crescimento líquido de postos de trabalho no período somente para as funções de: Designer Gráfico (+17 postos) e Repórteres de Rádio e Televisão (+ 62 vagas). De outro lado, as funções que apresentaram maior encolhimento no saldo de postos de trabalho foram: Editor (-238 postos no total), Revisor de Texto (-139) e Jornalista (-122).

Também é possível observar a desagregação dos dados de admissões, desligamentos e saldo por Unidade da Federação (UF). O maior número de contratações anuais foi verificado nos estados de São Paulo (2.988), Rio de Janeiro (915), Minas Gerais (740), Rio Grande do Sul (677) e Paraná (650).

Contudo, esses cinco estados apresentaram saldo líquido negativo, ou seja, perda de postos de trabalho, pois ocorreram mais demissões do que contratações. O estado de São Paulo gerou grande influência, pois
o saldo foi negativo em 510 postos de trabalho, dos 883 perdidos em termos nacionais.

De outro lado, ainda que com menor participação em termos quantitativos, os estados de Alagoas (+6 vagas), Bahia (+17), Ceará (+22), Mato Grosso do Sul (+ 11), Paraíba (+14), Piauí (+2), Rio Grande do Norte (+19) e Sergipe (+3) terminaram o ano com saldo positivo na geração de empregos.

Por fim, o Dieese levantou as 15 principais atividades econômicas, com base nas subclasses da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAEs), que apresentaram maior número de contratações em 2023, e da mesma forma, as 15 com maior número de desligamentos.

Para a presidenta da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Samira de Castro, os dados do Caged em 2023 confirmam o declínio do mercado de trabalho formal para jornalistas no Brasil, apontado pela entidade, por meio de pesquisas elaboradas pelo Dieese.

“Entre 2013 e 2021, o mercado de trabalho com carteira assinada no jornalismo encolheu 21,3%. Em números absolutos, perdemos 12.999 vagas. Isso, num país em que 2.712 cidades e 26,7 milhões de brasileiros que nelas habitam não têm acesso a notícias sobre o lugar onde vivem”, comenta Samira de Castro.

Fonte: Fenaj
Foto: Divulgação / Designed Freepik

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