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Mulheres recebem máquina de costura e certificado por participação no projeto Bairro Empreendedor

O projeto é uma iniciativa da Setre em parceria com o Instituto de Projetos e Gerenciamento (INPG).

Mulheres participantes do projeto Bairro Empreendedor: Costurando Renda receberam certificado e uma máquina de costura durante solenidade de finalização da qualificação em corte e costura, na manhã da última segunda-feira (12), no espaço Crescer da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre). Ao todo, foram 119 mulheres certificadas nesta primeira etapa, residentes nos bairros do Uruguai, Sussuarana e São Marcos.

O projeto é uma iniciativa da Setre em parceria com o Instituto de Projetos e Gerenciamento (INPG) e prevê a qualificação de 200 mulheres chefas de família monoparentais e/ou pessoas trans ou jovens a partir de 18 anos de idade, com investimento total de R$ 500 mil. Nesta primeira etapa, foram investidos aproximadamente R$ 400 mil.

O evento contou com a presença do vice-governador, Geraldo Jr., e do secretário da Setre, Davidson Magalhães, entre outras autoridades. A ideia é a de que, após a qualificação e recebimento de equipamentos, as participantes formem cooperativas, a fim de ampliar os negócios e a autonomia econômica, gerando emprego e renda.

Sonho – Cozinheira há 25 anos, Vera Lúcia Gomes de Oliveira, 55 anos, moradora do bairro de São Marcos, sempre teve o sonho de trabalhar com costura. Mas, até então, não tinha dinheiro para fazer um curso ou adquirir uma máquina de costura que, no mercado, varia de R$ 1 mil a R$ 1,4 mil. O curso de corte e costura também está na mesma faixa de investimento.

“Eu tinha um sonho de aprender a costurar, mas não tive oportunidade de tomar o curso e também a gente não tinha condições de ter uma máquina. Uma máquina dessas é muito cara, o curso é caro. Ou fazia o curso ou colocava comida na mesa. Por isso, para mim foi um sonho, uma conquista que, graças a Deus, consegui realizar. Já tenho panos comprados, vou trabalhar com almofadas, capas de almofada, de couro, de tecido… e quero me especializar em costura”, conta Vera, que, além de ser chefa da família, ajuda a pagar a faculdade da filha, de 24 anos. 

Simone Rodrigues, 30 anos, que mora no bairro do Uruguai, faz bicos vendendo laços para cabelo e fantasias infantis. Ela costumava cortar os tecidos e pagar uma costureira para finalizar o trabalho, uma vez que além de não saber manusear o equipamento, e também não teve até hoje dinheiro para comprar a máquina de costura. Agora, vai abrir o Ateliê Maria Bonita, onde ela própria fará todo o trabalho.

“Foi gratificante e, a partir de agora, vou ter minha renda, vou conseguir trabalhar, já ganhei a minha máquina. Planos: trabalhar, abrir meu ateliê para fazer minhas fantasias, meus laços, tudo em um lugar só”.

Cooperativas – O secretário Davidson Magalhães lembrou que a certificação e o recebimento do equipamento deve ser só o início do processo. “Aqui estamos dando a qualificação e a máquina. Mas, não interessa que essa máquina fique lá criando teia de aranha. Temos que organizar cooperativas, para ajudar na compra de matéria-prima, comercializar os produtos e serviços. Só vamos ficar contentes, de fato, quando as pessoas ganharem autonomia, quando mudarem a vida de verdade”, disse o titular da Setre.

Ele lembrou, ainda, do mercado pujante dos reparos, consertos e customização de roupas. Coisa, aliás, que Manuela Cruz Ferreira da Silva, 46 anos, de Sussuarana Nova, já está de olho. “Pretendo continuar, mas quero seguir a linha de consertos, acho que é mais rápido e mais rentável. A gente sempre acha que é um bicho de sete cabeças. Mas, quando começa o curso vai aprendendo e vê que é possível. Agora, que tenho uma máquina, é só trabalhar”.

Promessa – O vice-governador Geraldo Jr. reforçou os planos do secretário Davidson Magalhães e prometeu impulsionar a economia popular a partir de egressos do projeto Bairro Empreendedor. O vice-governador se comprometeu em estimular parcerias com entidades e organizações para que demandas de costura e customização sejam realizadas por mulheres que participaram do projeto. “Vamos nos empenhar. Para isso, temos que nos organizar através de cooperativas”.

Fonte: Ascom/Setre
Foto: Yago Matheus/Setre

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