Auditores Fiscais do Trabalho reforçam a luta pelo fortalecimento da Inspeção do Trabalho nos 20 anos da chacina que vitimou quatro servidores durante fiscalização
Os Auditores Fiscais do Trabalho (AFTs) do estado da Bahia se mantém mobilizados pela valorização da fiscalização do trabalho no próximo domingo (28), Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. A data marca também o Dia Nacional do Auditor Fiscal do Trabalho. Graças à atuação direta da categoria, foram resgatados mais de 61 mil trabalhadores de condições análogas à de escravo entre 1995 e novembro de 2023. No último ano, o Brasil registrou recorde de denúncias de trabalho escravo.
Na última terça-feira (23), AFTs de todo o Brasil paralisaram as atividades e se mobilizaram nas sedes das Superintendências e Gerências Regionais do Trabalho e Emprego pelo fortalecimento da Inspeção do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego, da carreira e pelo acordo firmado com o governo em 2016. Em Salvador, o ato foi realizado na Superintendência Regional do Trabalho/Ministério do Trabalho e Emprego, no Comércio.
De acordo com o Auditor-Fiscal do Trabalho e presidente do SINAIT DS/BA, Diego Barros Leal, a categoria permance mobilizada. “Precisamos fortalecer essa luta em todo o país. E a Bahia segue firme nessa mobilização”, afirmou.
Desde que o Ministério do Trabalho e Emprego foi extinto e depois recriado, a estrutura do ministério e suas superintendências estão sucateadas. A mobilização busca a valorização da Inspeção do Trabalho, Ministério do Trabalho e dos Auditores-Fiscais do Trabalho que tem como atribuições o combate ao trabalho escravo e ao trabalho infantil, inclusão de aprendizes e de PCDs.
Outra atribuição dos Auditores-Fiscais do Trabalho é a fiscalização do recolhimento do FGTS. Importante fonte de recursos para financiamento de obras de habitação, infraestrutura urbana e saneamento básico.
O Dia Nacional
Instituída em 2009, a data homenageia as vítimas da Chacina de Unaí (MG). Em 28 de janeiro de 2004, os Auditores-Fiscais do Trabalho Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage, Nelson José da Silva, e o motorista Ailton Pereira de Oliveira, todos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), foram assassinados em uma emboscada na zona rural do município mineiro. Eles atuavam na investigação de trabalho escravo na região.
Fonte: ASCOM SINAIT DS/BA
Foto: Divulgação