BahiaInfraestruturaPrefeitura Municipal de SalvadorSalvador

Nova Orla de Pituaçu terá complexo de serviço com quiosques gastronômicos e espaços para atividades esportivas, culturais e de lazer

A Prefeitura de Salvador assinou nesta sexta-feira (11) o contrato de concessão do Parque Urbano da Orla de Pituaçu, novo equipamento que irá oferecer a soteropolitanos e turistas um verdadeiro complexo de serviços, com qualidade de forma democrática e plural, incluindo atividades esportivas, culturais e de lazer, além de variadas opções gastronômicas. A solenidade contou com a presença do prefeito Bruno Reis, da vice-prefeita e secretária de Cultura e Turismo, Ana Paula Matos; dos secretários municipais de Ordem Pública, Décio Martins, e de Infraestrutura e Obras Públicas, Luiz Carlos; do presidente da SalvadorPAR, Marcos Lessa, e de João Marcello Barreto, presidente e sócio-fundador da Orla Brasil, empresa vencedora da licitação para a gestão do espaço, dentre outras autoridades municipais.

Durante a agenda, a Prefeitura também inaugurou a colônia de pescadores da Boca do Rio, que contou com investimento de quase R$ 1 milhão para a construção. O local conta com área total de 500 metros quadrados e oferecerá mais conforto e segurança.

Agora, com o contrato assinado, a Orla Brasil apresentará à gestão municipal – dentro de um prazo de 30 dias – um plano de implantação, conforme estabelecido no edital, em conformidade com a Proposta Técnica aprovada na fase de licitação. Assim que concluída essa fase, a empresa divulgará o cronograma completo de execução de obras e demais intervenções no local.

“A nossa Orla é um dos principais ativos que temos; para nós que aqui vivemos podermos curtir a nossa cidade, mas também incrementar a renda, gerar empregos e oportunidades. A nossa expectativa é que vire um destino, mais um ponto da cidade para atrair milhares de visitantes e turistas”, ressaltou o prefeito Bruno Reis.

O chefe do Executivo municipal lembrou que este é o 33º trecho de Orla requalificado pela Prefeitura. “É o maior trecho de Orla requalificado, da Boca do Rio até Piatã. É praticamente o último trecho da Orla Atlântica que falta – em alguns trechos de Itapuã não tem espaço para fazer intervenções. Quando fizermos Escada, Periperi e Praia Grande, no Subúrbio, a gente chega a 100% da Orla de Salvador requalificada”, pontuou.

O Parque Urbano da Orla de Pituaçu abrangerá as praias da Boca do Rio, Corsário, Pituaçu e Patamares, e prevê uma série de atrativos, entre eles: 19 quiosques gastronômicos, 15 de conveniência (para aqueles que desejam uma alimentação mais rápida e prática), 26 espaços esportivos, parques infantis, academias públicas, parque pet, vestiários modernos para um melhor conforto e acessibilidade dos visitantes, além das 70 barracas e cadeiras anfíbias destinadas às pessoas com mobilidade reduzida para acesso à praia.

Já para Marcos Lessa, diretor-presidente da SalvadorPAR, empresa que apoia o Poder Executivo nas parcerias estratégicas com a iniciativa privada, a estruturação do projeto foi desenvolvida para transformar a orla de Salvador. “Todos os pontos da concessão foram cuidadosamente discutidos para termos o melhor modelo de operação neste trecho, com o profissionalismo, a capacitação e a organização que a nossa população merece”.

Transformação – A nova orla vai ser um espaço que respeita, integra e destaca o papel do permissionário, que contará com uma série de iniciativas, como capacitação garantida com cursos rápidos, práticos e acessíveis; entrega anual de materiais de trabalho; capital de giro para ajudar a colocar o negócio de pé e incentivo especial para zerar o aluguel mensal; e depósitos seguros para guardar os materiais e fazer a higienização com tranquilidade.

Além disso, será implantada uma central de compras equipada com câmaras frigoríficas, que funcionará como um “depósito pulmão” visando garantir uma melhor organização logística aos permissionários.

O objetivo é transformar a região em um importante equipamento turístico para moradores e visitantes, refletindo a cultura e a alma vibrantes de Salvador. A gastronomia, por exemplo, irá respeitar a identidade e a pluralidade da capital baiana, celebrando a sua diversidade de sabores.

Segundo João Marcello Barreto, sócio-fundador da Orla Brasil, a concessão vai ajudar a ressignificar a história e a beleza de um importante espaço para Salvador. “Queremos deixar um legado para a capital baiana, promovendo o desenvolvimento local e impactando positivamente a vida das pessoas. É extremamente gratificante termos sido escolhidos para contribuir com a transformação da Orla Pituaçu. Para que um parque possa se tornar um destino de excelência, é importante investir em cultura e na atração de serviços de qualidade, tornando o espaço mais acessível a todos. E é exatamente isso que iremos fazer em Pituaçu”, afirma Barreto.

Sustentabilidade – A orla ganhará um novo projeto paisagístico, que irá transformar o local em um cenário ainda mais bonito, cheio de vida, com muito verde, sombra e frescor. As novas áreas verdes vão ajudar a refrescar o ambiente, trazendo alívio térmico e criando pontos de sombra ao longo do calçadão.

Já a proposta ambiental contempla iniciativas sustentáveis de curto a longo prazo, como o programa Lixo Zero, que visa promover a reciclagem local, além de compostagem de resíduos orgânicos e a proibição do uso de plásticos descartáveis. Menos de 10% dos resíduos gerados serão encaminhados para aterros sanitários, enquanto copos, embalagens e outros materiais serão reutilizados.

Haverá ainda ações voltadas para a reciclagem de embalagens de vidro no próprio local, com o uso de máquinas de trituração para facilitar a logística reversa, e outros resíduos serão destinados à reciclagem por meio de programas com cooperativas locais.

“A Orla Pituaçu é um ativo de todos e para todos. Nossa missão é conectar tanto os moradores locais quanto turistas e permissionários, sempre de forma responsável. Queremos transformar o espaço de forma significativa e totalmente integrada às necessidades de cada um. Desta forma, deixaremos um legado de regeneração econômica, sustentável e social para a capital baiana”, finaliza João Marcello Barreto.

Próximos passos – A partir do mês de maio, a Orla Brasil já irá promover algumas ações na orla de Pituaçu: no dia 1º, serão instalados postos de atendimento ao público no local; além disso, a empresa irá realizar, no dia 15 de maio, o primeiro encontro com os permissionários. Ambas as iniciativas têm como objetivo esclarecer as principais dúvidas sobre o projeto, ouvir e analisar as sugestões de atuação.

Colônia – A colônia de pescadores da Boca do Rio tem estrutura completa para oferecer mais segurança e conforto. O espaço conta com contenção em alvenaria de pedra, rampas de acessibilidade, vagas de estacionamento, além de quatro boxes para armazenamento e comercialização de pescados e 12 boxes de depósito.

O espaço ainda tem área para guarda dos barcos, limpeza de motores, vestiário com local para 72 armários individuais, banheiros e sala administrativa. A colônia conta também com um quiosque aberto para socialização.

O prefeito pontuou que a Boca do Rio é um dos bairros com mais obras realizadas pela gestão municipal e disse que a requalificação da colônia de pescadores ocorreu no mesmo molde do que foi feito em espaços semelhantes no Rio Vermelho, Amaralina, Pituba e Pituaçu. “Aqui não poderia ser diferente. Esta obra mostra o nosso compromisso, o nosso cuidado, o nosso carinho com os pescadores da nossa cidade. Então, parabéns a todos os pescadores da Boca do Rio, que agora sim tem condições dignas de trabalho, para guardar suas ferramentas, armazenar e comercializar os seus pescados. Isso significa mais renda, mais dinheiro, mais dignidade”, disse Bruno Reis.

O presidente da Associação dos Pescadores da Boca do Rio (Apebor), Téo Conceição, afirmou que as melhorias no espaço promoveram maior dignidade para os trabalhadores e também para os pescadores aposentados que frequentam o local. “Os mais velhos precisavam de um local para estar em paz, curtir a aposentadoria e, ao mesmo tempo, ganhar um dinheirinho com a venda dos seus peixes”, disse.

Com os boxes e equipamentos para armazenar os pescados, os trabalhadores terão melhores condições de comercialização dos produtores. “A gente saía correndo com o carro de mão para ir vendendo pelas comunidades, porque o peixe poderia estragar e a gente não tinha onde guardar, não tinha um freezer. Até o sacrifício que o pescador tem para pegar um peixe era quase que em vão, porque terminava vendendo barato ou até trocando por outras coisas”, lembra Conceição.

Segundo o presidente da associação, as mudanças promovidas tiveram impacto positivo inclusive sobre a segurança dos pescadores, que chegam à colônia ainda de madrugada. “Faltava iluminação para a nossa área, para a nossa segurança. Agora, com essa iluminação, já na obra mesmo melhorou. Para a gente que chega aqui uma hora, duas horas da da manhã, foi maravilhoso”, afirmou.

Fonte: Secom PMS
Foto: Valter Pontes/ Secom PMS

Related posts

Governos do Estado e Federal firmam parceria para implantação do Parque Tecnológico Aeroespacial na Bahia

Fulvio Bahia

Moradores do 2 de Julho fazem audiência hoje sobre revitalização da prefeitura

Fulvio Bahia

Operações de segurança pública afetam mobilidade urbana em Salvador

Fulvio Bahia

Deixe um comentário

Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência. Nós assumimos que você concorda com isso, mas você pode desistir caso deseje. Aceitar Leia Mais